VIDA E OBRA DA POETA ANA CRISTINA CESAR


Vida e obra da poeta Ana Cristina Cesar – 01/07/2016 – Jornal Futura – Canal Futura

A Festa Literária Internacional de Paraty, em sua décima quarta edição, homenageia a poeta Ana Cristina Cesar. Expoente da geração da poesia marginal, criou um personagem – Ana C. – e uma escrita atravessada por elementos do cotidiano e também aspectos da própria intimidade. Viveu um tempo em Londres, escreveu para revistas e jornais alternativos, lançou livros em edições independentes, escreveu muitas cartas e trabalhou na televisão. Ana Cristina Cesar tem hoje uma legião de fãs de muitas idades mas principalmente jovens que não puderam conviver com ela. A poeta suicidou-se no dia 29 de outubro de 1983, aos 31 anos de idade. A reportagem é de Juli Wexel.

fonte: Jornal Futura


O documentário BRUTA AVENTURA EM VERSOS, da diretora Letícia Simões, resgata a trajetória da poeta e tradutora brasileira Ana Cristina Cesar, ícone da Geração Mimeógrafo e Poesia Marginal, obras como A Teus Pés, suas pulsões, a vida e o processo de criação. Artistas, amigos e estudiosos relembram a poetisa.

A escritora Ana Cristina Cesar foi um ícone da poesia marginal dos anos 1970 no Rio de Janeiro. Ela se matou em 1983, aos 31 anos, deixando inúmeros leitores e adeptos. Partindo da apropriação de sua obra por outros artistas, o documentário procura captar a beleza e a originalidade de sua escrita através do olhar de atores, dançarinos e poetas. (fonte: Israel Lee)

A GERAÇÃO MIMEÓGRAFO (também denominado movimento Alissara) foi um movimento, ou fenômeno sociocultural brasileiro que ocorreu imediatamente após a Tropicália, durante a década de 1970, em função da censura imposta pela ditadura militar, que levou intelectuais, professores universitários, poetas e artistas em geral, em todo o país, a buscarem meios alternativos de difusão cultural, notadamente o mimeógrafo, tecnologia mais acessível na época. Da tecnologia mais usada vem o seu nome.

Sua produção literária não foi aceita por grandes editoras, pelo menos até 1975, quando a editora Brasiliense publicou  “26 Poetas Hoje” – livro organizado por Heloísa Buarque de Hollanda. Por estar à margem do circuito editorial estabelecido, sua poesia foi denominada poesia marginal. A produção artística desta geração igualmente não circulava em tradicionais galerias. A geração mimeógrafo também se expressou através da música, do cinema e da dramaturgia, sendo a sua produção poética a mais lembrada, possivelmente por ser aquela produção mais adequada às restrições de suporte impostas pela página mimeografada. As outras artes podiam ser divulgadas, porém não poderíamos ouvir uma canção ou ver um filme em um pequeno jornal ou revista mimeografados, ou fotocopiados.

Nos EUA, o termo “poesia marginal” é usado para designar a poesia feita pelos poetas chamados de pós-beats.

Fonte: Wikipédia