Blogue FATO Agenda divulga: 1) vagas e oportunidades em comunicação social, mkt e design em Curitiba e região. 2) Agenda cultural da cidade. 3) Livros e discos de vinil (do Sebinho FATO Agenda). Editado há 15 anos (desde 2009) pelo jornalista Leandro Hammerschmidt.
Próxima etapa do ciclo de atividades levará exercícios lúdicos para a Casa da Leitura Hilda Hilst
Como nos relacionamos com esse território chamado Brasil? Essa provocação é o ponto de partida do ciclo de oficinas de escrita poética “Palavra Brasil – Jogos de escrita”, que retoma as atividades em novembro. Em sua quarta edição, o projeto desenvolvido e realizado por Julia Raiz e Ronie Rodrigues concentrará suas atividades na Casa da Leitura Hilda Hilst, localizada no bairro Cajuru, de Curitiba.
A nova etapa de exercícios literários acontecerá nos próximos dias 8 e 9. A participação é gratuita e já pode ser garantida por meio de inscrição on-line ou direto na casa de leitura: aqui
Com propostas transdisciplinares e lúdicas, a oficina convida as pessoas presentes a trabalhar a escrita não apenas com palavras, mas também com o corpo. As ações englobam jogos de criação que atravessam temas como idioma, lugar e pertencimento.
SENTIDOS Participante de uma edição anterior do projeto, a poeta Raianna Bortoni recorda que uma das dinâmicas que mais a envolveu foi uma atividade de “escrita vendada”. “Ter que usar outros sentidos me conectou mais à escrita, aos meus pensamentos e lembranças. Exigiu mais do meu corpo e me transportou para lugares diferentes dos quais eu normalmente parto na hora de escrever.”
Ela considera que a atmosfera da oficina gera aproximação com outras pessoas participantes e imersão na criação. “Ali, nós nos abrimos, contamos nossos nomes e nossas histórias. Ocupar esses espaços públicos, no plural, nos conecta com a cidade, com o país, com a terra”, conta.
Desde agosto, o projeto já circulou por casas de leitura nos bairros Bigorrilho, Portão e Uberaba. “Palavra Brasil” tem como um de seus objetivos descentralizar o acesso às ações de formação criativa. Entre novembro e dezembro, o ciclo de oficinas também será realizado em Santo Inácio e Capão Raso.
MINISTRANTES Nascida em 1991, Julia Raiz é uma trabalhadora da escrita e trilha uma trajetória marcada pela criação e articulação coletiva. Doutora em Literatura pela UFPR, especializou-se em estudos feministas da tradução. Entre suas publicações estão p/ vc (7Letras, 2019), cidade menor (Primata, 2020), Terceiro mistério (Lola Frita Lab, 2022) e Metamorfoses do Sr. Ovídio (Arte & Letra, 2022). Em 2023, seu livro de estreia, diário: a mulher e o cavalo, foi relançado pela Telaranha Edições.
Escritor e pesquisador em Dança Contemporânea, Ronie Rodrigues também faz parte do coletivo Membrana. Como bailarino e pesquisador, participou de espetáculos como Pão com Linguiça, Cachaça sem rótulo, De maçãs e Cigarros e Swingnificado. Seus livros Apagar histórias com a língua (2020) e Roubar os mortos, lamber os vivos (2023) foram lançados pela Editora Urutau, e em 2024, publicou João, uma obra-performance pela Telaranha.
Serviço PALAVRA BRASIL: JOGOS DE ESCRITA Com Julia Raiz e Ronie Rodrigues Inscrições por meio de formulário digital ou diretamente no local de realização.
PALAVRA IV: Casa da Leitura Hilda Hilst Datas: 8 e 9 de novembro (sexta e sábado) Horário: das 13 às 17h Inscrições: aqui Local: Av. Prefeito Maurício Fruet, 2150 – Cajuru, Curitiba Vagas: 20 (vinte) por edição Público-alvo: pessoas com mais de 16 anos interessadas em escrita Participação gratuita
Oficina com Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Crédito foto: Jessica Stori
Projeto dos artistas vai promover oficinas de escrita poética em várias regionais de Curitiba
Estão abertas as inscrições para as duas primeiras edições de “Palavra Brasil: jogos de escrita”, um ciclo de oficinas de criação literária ministradas pelos artistas Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Até dezembro de 2024, serão realizadas seis oficinas gratuitas em diversas casas de leitura de Curitiba.
O projeto tem início nos próximos dias 30 e 31 de agosto, atendendo pessoas frequentadoras da Casa da Leitura Miguel de Cervantes, na Praça da Espanha. Já nos dias 5 e 6 de setembro, a oficina chega ao bairro Portão, na Casa da Leitura Wilson Bueno, dentro das instalações do Portão Cultural. As inscrições podem ser realizadas por meio do formulário digital, acessível a partir deste link, e também diretamente nas casas da leitura.
A dinâmica de “Palavra Brasil” parte da utilização de jogos de escrita como ferramenta para explorar a relação dos participantes com o território chamado Brasil, abordando temas como nação, língua, identidade e pertencimento. A proposta convida os participantes a experimentar a escrita de forma coletiva, incentivando a criatividade e o envolvimento com a literatura.
Um dos intuitos da iniciativa é o de descentralizar o acesso a ações de formação em literatura, contribuindo para o desenvolvimento da cena literária em regiões não centrais de Curitiba. Ao longo de sua execução, “Palavra Brasil” deve passar pelos bairros Bigorrilho, Cajuru, Pinheirinho, Portão, Santo Inácio e Uberaba.
“O projeto tem o potencial de ampliar o acesso à formação de pessoas leitoras e escritoras da comunidade curitibana e atende às políticas públicas culturais da nossa área”, partilha Julia Raiz que, ao lado de Ronie Rodrigues, assina a proposta.
Os dois são integrantes da Membrana, um ajuntamento de pessoas que escrevem em Curitiba. Com o coletivo, ambos participaram da antologia “Chão Brasil”, de 2023. Como ação de contrapartida social da publicação, realizaram a oficina “Ficção Brasil”, primeira imersão da dupla em propostas de escrita criativa a partir do corpo e suas ressonâncias. Do sucesso da empreitada, surgiu o atual “Palavra Brasil”, com a intenção de ampliar o rastro da parceria a outros recortes de público.
Sobre as pessoas ministrantes Julia Raiz (1991) é um dos grandes nomes da literatura contemporânea em Curitiba. Trabalhadora da escrita, tem sua atuação marcada pela criação e articulação coletiva. É doutora em literatura (UFPR) com recorte específico em estudos feministas da tradução. Publicou “p/ vc” (7Letras, 2019), “cidade menor” (editora Primata, 2020), “Terceiro mistério” (Lola Frita Lab, 2022) e “Metamorfoses do Sr. Ovídio” (editora Arte & Letra, 2022). Em 2023, “diário: a mulher e o cavalo”, seu livro de estreia, foi relançado pela Telaranha Edições.
Ronie Rodrigues (1985) é escritor e pesquisador em Dança Contemporânea. Atua como bailarino/pesquisador dos projetos/espetáculos “Pão com Linguiça”, “Cachaça sem rótulo”, “De maçãs e Cigarros” e “Swingnificado”. Já nas linhas da literatura, publicou “Apagar histórias com a língua (2020)” e “Roubar os mortos, lamber os vivos” (2023), ambos pela Editora Urutau. Em 2024, lançou o aclamado “João”, livro-performance também editado pela Telaranha.
Serviço: “Palavra Brasil: jogos de escrita” Com Julia Raiz e Ronie Rodrigues
PALAVRA I: Casa da Leitura Miguel de Cervantes Datas: 30 e 31 de agosto (sexta e sábado) Horário: das 9h às 13h Local: Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1238 (Praça da Espanha)
PALAVRA II: Casa da Leitura Wilson Bueno Datas: 5 e 6 de setembro (quinta e sexta) Horário: das 14h às 18h Local: Avenida República Argentina, 3430 (Portão Cultural) Vagas: 20 (vinte) por edição Público-alvo: pessoas com mais de 16 anos interessadas em escrita
Estágio Design Gráfico / Mídias Sociais. Vaga para estagiar em Curitiba, no bairro Portão.
atividades: – Criação e edição de imagens e vídeos para redes sociais e materiais comerciais; – Criação de materiais digitais; – Criação de layouts, diagramas e programações visuais de peças de comunicação; – Realizar adaptação de conteúdo gráfico para mídias específicas; – Redigir conteúdo para as mídias sociais e SEO para o site; – Sugerir ações para ampliar a divulgação da empresa em mídia digital; – Criação de e-mails marketing e banners. – Desenvolver estratégias e apresentar ideias criativas; – Elaborar pesquisas de mercado e realizar comparativos entre clientes e concorrentes; – Auxiliar nas rotinas administrativas, como apoio ao setor comercial; – Demais atividades pertinentes a função.
Requisitos Obrigatórios: – Estar cursando Publicidade e Propaganda, Marketing ou Design Gráfico / Digital. – Experiência com Photoshop / Illustrator / Apps e programa de edição de fotos e vídeos.
Competências: Proatividade, Senso de Organização, Trabalho em Equipe, Criatividade.
Regime de Contratação: Estágio
Jornada de Trabalho: De segunda a sexta-feira, das 09:00 às 16:00 horas
Bolsa Auxílio: R$ 1.300,00
Benefícios: Vale Alimentação ou Refeição, Vale Transporte ou Auxílio Combustível, Plano de Saúde.
Estágio design gráfico / mídias sociais. Vaga para estagiar em Curitiba, no bairro Portão.
atividades: – Criação e edição de imagens e vídeos para redes sociais e materiais comerciais; – Criação de materiais digitais; – Criação de layouts, diagramas e programações visuais de peças de comunicação; – Realizar adaptação de conteúdo gráfico para mídias específicas; – Redigir conteúdo para as mídias sociais e SEO para o site; – Sugerir ações para ampliar a divulgação da empresa em mídia digital; – Criação de e-mails marketing e banners. – Desenvolver estratégias e apresentar ideias criativas; – Elaborar pesquisas de mercado e realizar comparativos entre clientes e concorrentes; – Auxiliar nas rotinas administrativas, como apoio ao setor comercial; – Demais atividades pertinentes a função.
Requisitos Obrigatórios: – Estar cursando Publicidade e Propaganda, Marketing ou Design Gráfico / Digital. – Experiência com Photoshop / Illustrator / Apps e programa de edição de fotos e vídeos. – Competências: Proatividade, Senso de Organização, Trabalho em Equipe, Criatividade.
Regime de Contratação: Estágio
Jornada de Trabalho: De segunda a sexta-feira, das 09:00 às 16:00 horas
Bolsa Auxílio: R$ 1.300,00
Benefícios: Vale Alimentação ou Refeição, Vale Transporte ou Auxílio Combustível, Plano de Saúde.
E que assim seja quando o próximo passo for o abismo. E ao invés da floresta imensa que resiste e resistirá por breve tempo talvez (ou não), veremos a ordem e o progresso dilacerando animais, humanos, terra, tudo. Plantando casas em lugares outros, com suas famílias, carros e celulares, como todas as famílias desse mundo de deus.
No Organismo in Cyber de Arícia Machado, essa cena pode acontecer – caso se consiga parar para olhar o abismo. E acuado, olhar para os índios que despertam como que de um grande porre, cercados por monitores de tubo, antigos. Mas não são indígenas naturais, são pessoas como eu e você pintados de neon. Há essa transposição entre realidades, inclusive temporais. Esse anacronismo e desencaixe entre as peças colaboram para o cenário distópico, retratado principalmente nos corpos.
São quatros filmes em looping projetados em três paredes – o que também sugere um teatro invertido, ou jaula. Cada uma das imagens obedecem, fora uma ou outra dissonância, uma única cena própria, num único plano fixo, como nos primórdios do cinema. As imagens são coloridas e possuem uma luz bem trabalhada, que acentua o brilho do fogo e do neon na noite escura.
No eixo formado pelas paredes laterais, notamos a dicotomia entre o despertar e o desfalecer. O despertar da tribo e o agonizante fim do pajé. Na projeção frontal duas cenas: 1. Um rito onde homens-índios encarnam uma dança em transe, caminhando para o primeiro plano, para o close da câmara, retirando fios de nylon de suas bocas, como tantas tartarugas no facebook. 2. Mulheres-índias e homens-índios estão corpo-a-corpo, deitados uns sobre os outros, como uma orgia filmada no bumerangue do insta, um movimento de vai e vem sem ir nem vir – por isso sem sensualidade, talvez.
Em alguns momentos esses cyber-índios nos encaram de frente, como se pudessem nos ver. Apesar do looping há uma sequência proposta, um ciclo pontuado pelo despertar e pela morte. No meio, o sagrado e o sexo, atravessado pela profusão de imagens que nos cercam, que desafiam a atenção e o entendimento. Uma entropia tão humana quanto a vivência de um mundo capturado em diferentes telas e pixels.
Essas imagem eu vi no abismo de Arícia Machado. Imagens muito bem produzidas pela sociedade mais tecnológica de todos os tempos, mas que retratam um mundo sem esperanças, conectado por redes de todos os tipos, que nos prendem em todas as partes num lento afogar. É como se estivéssemos cercados por toda nossa sucata e dejetos, condenados ao destino daqueles que exterminamos para construir o Brasil do futuro.
Serviço: Vídeo Instalação ”Organismo In Cyber” no CACC Data: de 27 de fev até 12 de março, das 10h às 19h Local: Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão Cultural, Av. Rep. Argentina, 3.432 – Portão, Curitiba Entrada gratuita! Confira a página do evento, aqui