UYARA TORRENTE LANÇA SHOW-CÊNICO COM MÚSICAS INÉDITAS EM CURITIBA


Acompanhada por artistas da música e do teatro, a atriz e cantora, idealizadora de “Vou Parir um Terremoto”, traz uma montagem sensível e humorada sobre a não-maternidade, com apresentações gratuitas no Portão Cultural e no Guairinha, entre os dias 18 e 24 de abril.

O que Maria Bethânia, Nara Leão, Linniker e Linn da Quebrada têm em comum com Uyara Torrente? Todas são cantoras e atrizes. A artista curitibana, vocalista da Banda Mais Bonita da Cidade, reconhecida por seu talento na música e nas artes cênicas, lança o show cênico “Vou Parir um Terremoto”, unindo as duas linguagens na montagem produzida pela la lettre criação. A curta temporada, com três sessões gratuitas, tem estreia nacional nos dias 18 e 19 de abril, no Auditório Antônio Carlos Kraide – Portão Cultural, com encerramento no dia 24 de abril no Teatro Guairinha, sempre às 20 horas.

Na trama, a atriz dá vida a uma personagem que enfrenta múltiplos dilemas, expressando suas dúvidas e incertezas enquanto investiga, principalmente, a condição da mulher no Brasil da atualidade. “Me encanta as contradições e complexidades que ela traz, com uma visão tridimensional, entre o “certo” e o “errado”. Ela não traz certezas e afirmações, e sim questionamentos para que possamos refletir junto ao público. Às vezes com humor e às vezes não”, conta Uyara.

A idealização do projeto nasceu em 2021, a partir de leituras e conversas entre Uyara e a escritora Lígia Souza – parceira e amiga da vida, autora do texto original do espetáculo – e a artista Nadja Naira, diretora cênica do show. Nesta montagem, as parcerias se estendem também na musicalidade, com a participação do produtor musical Vinícius Nisi, da Banda Mais Bonita, criador dos arranjos das canções do novo projeto. A coordenação geral fica a cargo de Pablito Kucarz, seu companheiro de palco desde o Teatro de Breque.

É por meio da linguagem híbrida, entre a música e o teatro, que o espetáculo acontece, tratando de assuntos relevantes. “Não é preciso levar a vida tão a ferro e fogo, é possível falar de temas como aborto, violência ou medo sem ser excessivamente dramático, por isso trazemos pra cena muitos elementos visuais do universo pop”, diz a diretora. Além disso, Nadja revela que “dirigir a Uyara é descobrir o universo da palavra e suas reverberações no corpo de uma mulher madura e de uma artista múltipla, cheia de magnetismo. Com certeza o público acostumado com a Uyara da Banda Mais Bonita vai se apaixonar novamente pela artista”, completa.

“Vou Parir um Terremoto” é ambientado num show de uma cantora pop e sua banda, formada pelas musicistas: Babi Age, na bateria, e a beatmaker e guitarrista Katze. Tudo é colorido e sintético. Ao mesmo tempo em que carrega uma estética mínima e concisa, contrasta com um texto e sonoridades barulhentas e verborrágicas, alicerçadas nas histórias reconhecíveis de tantas mulheres reais. O uso de diferentes linguagens artísticas, que se cruzam na dramaturgia e na música, criam a presença cênico-performativa instigante e potente, o que dá ainda mais força ao debate de assuntos pulsantes na sociedade atual.

As apresentações gratuitas, incluem recursos de acessibilidade, como tradução para Libras, além de transporte para grupos de mulheres em situação de vulnerabilidade, convidadas para assistir ao espetáculo. O show-cênico foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo do Governo do Estado do Paraná, com produção da la lettre criação.

Mulheridades nos tempos contemporâneos
O projeto ganhou força, com a provocação da música “Grávida” de Arnaldo Antunes, eternizada na voz de Marina Lima, refletida na condição feminina de contínua iminência de uma gravidez. “A canção desencadeou a possibilidade de discutir a não-maternidade por opção como uma forma de parto/criação de outras coisas, para além da escolha pela gestação de uma criança”, explica Ligia Souza.

O texto teatral é uma continuidade da pesquisa em dramaturgia criada por mulheres iniciada na primeira produção da companhia, Penélope. Já em “Vou Parir um Terremoto” a combinação entre textos e canções amplifica os debates sobre mulheridades tanto pautado na atualidade, inclusive temas polêmicos convidando à reflexão de questões que envolvem a mulher contemporânea cotidianamente.

Livro “Vou Parir um Terremoto”
A la lettre criação, além de produzir espetáculos, também é um selo de publicação de textos teatrais. Com a estreia de “Vou Parir um Terremoto”, mais uma publicação ganha vida, com uma tiragem de 800 exemplares. O material será distribuído gratuitamente nos teatros, durante as apresentações e, em espaços de leitura municipais e escolas da rede pública, como contribuição para os acervos permanentes para leitura e consulta pela população curitibana.

SERVIÇO:
Data: 18 e 19 de abril – sexta e sábado – às 20:00
Local: Auditório Antônio Carlos Kraide (Portão Cultural – República Argentina, 3.432, Curitiba)
Data: 24 de abril – quinta-feira – às 20:00
Local: Guairinha – Auditório Salvador Ferrante (Rua XV de Novembro, 971, Curitiba)
Entrada Franca: Retirada de ingressos a partir de 1 hora antes no local. Sujeito à lotação.
Classificação: 16 anos I Duração: 80 minutos
YouTube: @lalettreespacodecriacao
Instagram: @lalettrecriacao

SINOPSE
Entre a música e o teatro, Uyara Torrente dá vida a uma cantora que transforma o palco em um espaço de questionamento sobre a não-maternidade e os papéis femininos na sociedade. Em um show vibrante, marcado por humor e dramaticidade, a personagem enfrenta dilemas e reflexões sobre liberdade, medo e expectativas sociais. Com canções inéditas e uma estética pop, Vou Parir um Terremoto propõe um olhar potente e sensível sobre as contradições de ser mulher hoje.


Foto: Marco Novack.

Uyara Torrente
Atriz, cantora e compositora, Uyara Torrente é a fundadora e vocalista da Banda Mais Bonita da Cidade, projeto que ganhou notoriedade após o sucesso viral do vídeo “Oração”. Formada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Uyara construiu uma carreira sólida no teatro, cinema e música, participando de turnês internacionais em países como Portugal, França, Espanha e Venezuela. Como atriz, integrou diversos espetáculos teatrais, destacando-se no cenário cultural curitibano e nacional. Recentemente, lançou seu primeiro álbum solo e segue explorando a interseção entre as artes performativas e a música.


Nadja Naira

Diretora e iluminadora, atriz formada pela PUC/PR e Centro Cultural Teatro Guaíra. Em constante criação artística há mais de 30 anos, tem parcerias importantes, companhias de teatro, dança e música, recebendo prêmios como APTR, Shell e Gralha Azul. Dirigiu recentemente os espetáculos: O medo da morte das coisas, Dito e Lusco-Fusco. Como atriz, participou de diversas montagens, incluindo PRETO, PROJETO bRASIL e Descartes com lentes. Desde 2002, integra a companhia brasileira de teatro e, desde 2021 dirige os espetáculos da la lettre criação, dentre eles Penélope e Vou Parir um Terremoto.

Vinícius Nisi
Produtor musical e compositor, Vinícius Nisi é um dos co-criadores do sucesso da Banda Mais Bonita da Cidade, atuando como diretor musical e instrumentista. Formado em Produção Sonora pela Universidade Federal do Paraná, Vinícius tem uma carreira multifacetada que inclui a composição de trilhas sonoras para cinema e teatro, além de produção musical em diversos gêneros. Destaca-se por sua contribuição na trilha sonora do filme “Alice Júnior”, premiada no Festival de Cinema de Brasília. Sua atuação também abrange a produção de shows e clipes que alcançaram ampla repercussão, tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Ligia Souza
É escritora e pesquisadora. Doutora em Artes Cênicas pela USP e pós-doutora em Artes da Cena pela UNICAMP, com período de pesquisa na École Normale Supérieure e na Université Paris VIII na França. Autora de diversas obras publicadas e encenadas, trabalha com experimentações sobre questões de gênero e oralidade das palavras. Acompanhou processos artísticos na França, incluindo o trabalho do dramaturgo Valère Novarina. Idealizadora junto com Pablito Kucarz da la lettre criação, dedicada à publicação de dramaturgia brasileira contemporânea e produção de espetáculos.

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

 

FANZINE GRRRLS LAB PROMOVE FEIRA DE TROCA DE IMPRESSOS

O objetivo do evento é fomentar o intercâmbio de publicações no formato zine

Após a conclusão de um ciclo de vivências coletivas, o Fanzine Grrrls Lab, laboratório aprofundado de estudo, pesquisa e produção em zinagem, encerra suas atividades neste sábado (7), promovendo uma Feira de Troca de Zines. A atividade acontece a partir das 15h na Casa da Leitura Wilson Bueno (Avenida República Argentina, 3432).

O objetivo da feira é apresentar as criações desenvolvidas pelas pessoas participantes ao longo dos encontros da oficina. E mais: valorizar, especialmente, a cena fanzineira curitibana, bem como agentes que exploram o modo “faça você mesmo” de produzir e fazer circular arte. O evento visa promover o formato zine e estimular o escambo de autopublicações entre as pessoas participantes do laboratório com o público geral. A prática da troca é comum na cena underground, o que fomenta o intercâmbio não só de impressos, como também de ideias entre artistas e pessoas interessadas.

“Em Curitiba, as feiras de livros, impressos e produções gráficas são muito comuns e movimentam a cidade em torno da literatura e das artes visuais. Mas, quando se pensa em um espaço voltado apenas às zines, a gente ainda percebe uma grande lacuna”,
comenta Daniele Rosa, escritora, artista-zineira e uma das mediadoras do Fanzine Grrrls.

Realizado entre os meses de setembro e novembro de 2024, o laboratório foi uma experiência voltada a mulheres e pessoas não binárias de Curitiba, desenvolvida pelas artistas e pesquisadoras em zinagem Emanuela Siqueira e Hell, além de Daniele.

“Do it yourself!”

A fanzine é um formato de mídia independente e democrática, realizada com poucos recursos e em tiragens reduzidas, para circular entre um público interessado em determinado assunto. Entusiasta da cena zineira desde os 15 anos de idade, Emanuela
afirma que promover a zine enquanto plataforma acessível é fomentar a potência de ocupar os espaços com a arte. “É também potencializar a voz autoral de pessoas que não teriam condições de publicar seus trabalhos ou de quem prefere a liberdade estética frente às caretices do mercado editorial”, completa.

“Mesmo a zine sendo tão democrática, eu não achava que era pra mim. Por cobranças excessivas, procrastinação, perfeccionismo. Quando vi a oportunidade do lab, vibrei e, logo no primeiro encontro, fiquei inspiradíssima”, conta Acácia Freire, umas  das participantes. A partir do laboratório, a publicitária desenvolveu “Saber Odara”, zine que reúne recortes, fotos, escritos e dobraduras para falar sobre a experiência de conhecer
Salvador/BA sozinha. “Foi um processo terapêutico, complexo, mas muito divertido e gratificante”.

Além da zine de Acácia, a feira apresenta produções de outras 15 artistas, que transitam entre críticas de filmes, discos e cafés, discussões sobre gênero e sexualidade até histórias sobre freiras, sonhos e cinzas. Não haverá comercialização de fanzines, a fim
de endossar o movimento da troca. Além disso, durante a feira, acontece um bate-papo entre ministrantes, participantes e público, para partilha de processos criativos.

Com realização da Canô Produções e apoio cultural da Itiban Comic Shop e do Manifesto Cafe, Fanzine Grrrls Lab é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Serviço:
Feira de Troca de Zines | Fanzine Grrrls Lab
07/12 (sábado), a partir das 15h
Casa da Leitura Wilson Bueno | Portão Cultural
Avenida República Argentina, 3432 – Portão, Curitiba
Entrada franca

Ficha técnica:
Daniele Rosa e Emanuela Siqueira | ministrantes
Hell | consultoria em acessibilidade
Anna Carolina Azevedo | produção executiva e coordenação de projeto
Natasha Tinet | design gráfico

 

BAIRRO BLACK DO MUV OCUPA O PORTÃO CULTURAL PARA CELEBRAR A CONSCIÊNCIA NEGRA

Arte criada pela artista gráfica Paula Villa Nova com ilustração de personagens blacks de Ricardo Verocai, para o projeto Bairro Black Difusão do MUV, que acontece dia 3 de novembro a partir das 14h, no Portão Cultural.

Uma programação repleta de atrações para difundir a arte negra em Curitiba foi criada pelo MUV – Movimento Uniformemente Variado, dirigido por Ricardo Verocai e Kátia Drumond, vai reunir artistas da música e das artes da cena no dia 3 de novembro no Portão Cultural para homenagear o Dia Nacional da Consciência Negra.

O MUV – Movimento Uniformemente Variado, projeto musical com 25 anos de trajetória, é um dos principais representantes da música e da cultura preta em Curitiba. No mês de novembro, que relembra a morte de Zumbi dos Palmares e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência no Mês da Consciência Negra, o coletivo criou o projeto Bairro Black Difusão, que acontece no dia 3 de novembro (domingo), com uma programação que reúne diversas atrações da música, dança e contação de histórias no Portão Cultural ao longo do dia. “A ideia é reunir potências artísticas da cultura negra de diferentes linguagens para compor um dia especialmente significativo e divertido para pessoas de todas as idades, além de fazer referência ao maior líder quilombola do Brasil”, comenta Ricardo Verocai.

O encontro está marcado para às 14h, e vai ocupar os espaços do Portão Cultural. Um domingo de arte negra em que o MUV convida artistas locais para celebrar a resistência e a cultura afrobrasileira, com o pocket show de Wes Ventura e também de Noe Carvalho representando a cultura afro indígena. Outras atrações artísticas serão: o espetáculo de danças Afro Diaspóricas “Correntezas” da Cia  Correntezas e, para o público infantil, a contação de histórias “Enquanto Contava Chico Rei”, da Cia Girolê, na Sala Roseli Giglio. A programação conta também com a apresentação em formato de flash mob do Bloco Afro Pretinhosidade, que vai interpretar trechos de músicas do MUV em um breve cortejo a partir do  estacionamento do Portão Cultural, levando o público até o auditório Antônio Carlos Kraide,  para assistir ao show vibrante e dançante, cheio de groove do MUV que encerra o evento.

O projeto Bairro Black Difusão é fruto de uma parceria do MUV com a vereadora Giorgia Prates – MandatA Preta. Giorgia será a única vereadora preta na Câmara em 2025 e, para ela, o MUV é fundamental para a cena da cultura curitibana. “Como mulher negra e trabalhadora da cultura, é um orgulho apoiar o projeto Bairro Black Difusão do MUV. Mostra que estamos conseguindo descentralizar recursos dos editais, fazendo o dinheiro chegar onde não chegava. E estamos fazendo isso fortalecendo Zumbi, símbolo de resistência, mas também celebrando a rica diversidade cultural negra em Curitiba. Isso é fundamental para promover a igualdade e o respeito. Iniciativas como essa fortalecem nossas raízes e conectam gerações  com a música, dança e contação de histórias. É uma oportunidade única para todos se reunirem e celebrarem nossa cultura afrobrasileira no maior estilo”, diz.

Para a comemoração de 25 anos de trajetória em 2024, o MUV desenvolveu o projeto Difusão Bairro Black, com a realização de oito shows para lançar o EP “Bairro Black”,  criado em homenagem às personalidades negras do Paraná. Agora em novembro celebra a Consciência Negra dando continuidade ao Bairro Black com um novo formato do projeto: Bairro Black Difusão, no dia 3 de novembro. O MUV, criado no Rio de Janeiro e radicado em Curitiba  a partir de 2005, foi idealizado em 1999 pelo pelo produtor musical, tecladista, compositor e arranjador  Ricardo Verocai e pela cantora e compositora Kátia Drumond. A dupla dirige artística e musicalmente o MUV que também tem a assistência de direção do baixista e compositor Evangivaldo Santos. O coletivo se destaca pela criação em ritmos de origem negra, colocando a negritude como enfoque. “Não apenas como pauta, mas também como força criadora, movimentando mentes e corações, vibrando em potentes ondas sonoras”, diz Kátia.

SERVIÇO:
Bairro Black Difusão
Dia: 3 de novembro de 2024
Horário: 14h às 22h
Local: Portão Cultural (Av. República Argentina, 3.432 – Portão)
Entrada Franca
Classificação: Livre.
Para mais informações no Instagram: @muv.brasil

SOBRE O MUV:
O projeto musical MUV – Movimento Uniformemente Variado, mistura ritmos em um som único e tem a direção musical de Ricardo Verocai, e direção artística de Kátia Drumond, com assistência de direção do baixista e compositor Evangivaldo Santos. O grupo está entre as bandas que fazem música autoral de Curitiba e é formado por músicos do Rio de Janeiro, Salvador e do Paraná, que residem na cidade.

O MUV está na cena musical brasileira e no exterior com a proposta de reviver o movimento de música preta nacional surgido no Rio de Janeiro no final da década de 60.

Além do EP Bairro Black, lançado no início de 2024, a banda já lançou 03 álbuns. ‘Os Movimentos’ (2006) e ‘Minha Gente Brasileira’ (2011), ‘Acordes Daqui’ (2013) e os dois primeiros contam com participações do maestro, Arthur Verocai e têm músicas em parceria com Macau, e o segundo tem participação do cantor e compositor Carlos Dafé. Suas composições estão nas playlist de DJ’s nacionais e internacionais, tem reprodução em rádios da Alemanha, França, Sérvia, Rússia, Estados Unidos, Austrália, Itália, Espanha, Canadá, entre outros.

O grupo também realiza projetos de cunho artístico-educacional voltada à valorização da cultura negra e em novembro de 2022 e no início de 2023 realizou o projeto ‘O Som do MUV e a Música Negra nas Escolas Estaduais’.  Seus principais shows de 2022 e 2023 foram ‘MUV convida Paula Lima’, em comemoração aos 50 anos do Teatro Paiol, a convite da Prefeitura de Curitiba e da FCC e ‘MUV e Michele Mara’, na ‘7ª e 8° Marcha do Orgulho Crespo’, evento destinado à cultura afro-brasileira. Em 2023  participou também dos festivais : Encantadas Jazz Ilha do Mel e Jazz À Gosto (Ilha do Mel – PR) e 7ª edição Curitiba Jazz Festival. Em janeiro de 2024 levou seu groove ao litoral do PR, no Projeto Verão Maior – palco Sunset, Shangrilá.


MUV. Foto: Rafael Berthone

MUV:
Voz: Kátia Drumond
Teclados: Ricardo Verocai
Baixo: Evangivaldo Santos
Guitarra solo: Eduardo Ansay
Guitarra base: Jahir Eleutério
Bateria: Samir Souza
Backing Vocals: Brenda Calbaizer e Kabuto
Saxofone: Abdiel Freire
Trompete : Menandro Souza
Trombone: Lauro Ribeiro

Acesse os canais e acompanhe a história do MUV: https://beacons.ai/muv.brasil

FICHA TÉCNICA BAIRRO BLACK DIFUSÃO:
Direção Musical: Ricardo Verocai
Direção Artística: Kátia Drumond
Direção de Produção: Igor Augustho, Cindy Napoli e Kátia
Drumond
Direção técnica e Operador de som: Luigi Castel
Iluminação: Biaflora Lima
Produção técnica: Effex Tecnologia e Criação
Roadie: Antonino Rodrigues (Tonico Rasta)
Criação e direção de movimento de flash mob: Inês Drumond e Kátia Drumond
Figurino e Maquiagem: Tassy Dal Nergro
Equipe de Produção: Bruna Bazzo, Luciano França e Rebeca Forbeck
Assistentes de Produção: Monica Margarido, Simone Avelleda, Bárbara Sanson e Gabriela Reis
Assessoria de Imprensa: Bruna Bazzo [Comunica]
Programação Visual: Paula Villa Nova
Mídia Social: Drumond Trends
Fotógrafo: Marcos Pereira
Realização e Criação: MUV
Realização e Produção: Pomeiro Gestão Cultural e Rumo de Cultura

JULIA RAIZ E RONIE RODRIGUES PROPÕEM JOGOS DE CRIAÇÃO PARA REPENSAR A PALAVRA BRASIL

Oficina com Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Crédito foto: Jessica Stori

Projeto dos artistas vai promover oficinas de escrita poética em várias regionais de Curitiba

Estão abertas as inscrições para as duas primeiras edições de “Palavra Brasil: jogos de escrita”, um ciclo de oficinas de criação literária ministradas pelos artistas Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Até dezembro de 2024, serão realizadas seis oficinas gratuitas em diversas casas de leitura de Curitiba.

O projeto tem início nos próximos dias 30 e 31 de agosto, atendendo pessoas frequentadoras da Casa da Leitura Miguel de Cervantes, na Praça da Espanha. Já nos dias 5 e 6 de setembro, a oficina chega ao bairro Portão, na Casa da Leitura Wilson Bueno, dentro das instalações do Portão Cultural. As inscrições podem ser realizadas por meio do formulário digital, acessível a partir deste link, e também diretamente nas casas da leitura.

A dinâmica de “Palavra Brasil” parte da utilização de jogos de escrita como ferramenta para explorar a relação dos participantes com o território chamado Brasil, abordando temas como nação, língua, identidade e pertencimento. A proposta convida os participantes a experimentar a escrita de forma coletiva, incentivando a criatividade e o envolvimento com a literatura.

Um dos intuitos da iniciativa é o de descentralizar o acesso a ações de formação em literatura, contribuindo para o desenvolvimento da cena literária em regiões não centrais de Curitiba. Ao longo de sua execução, “Palavra Brasil” deve passar pelos bairros Bigorrilho, Cajuru, Pinheirinho, Portão, Santo Inácio e Uberaba.

“O projeto tem o potencial de ampliar o acesso à formação de pessoas leitoras e escritoras da comunidade curitibana e atende às políticas públicas culturais da nossa área”, partilha Julia Raiz que, ao lado de Ronie Rodrigues, assina a proposta.

Os dois são integrantes da Membrana, um ajuntamento de pessoas que escrevem em Curitiba. Com o coletivo, ambos participaram da antologia “Chão Brasil”, de 2023. Como ação de contrapartida social da publicação, realizaram a oficina “Ficção Brasil”, primeira imersão da dupla em propostas de escrita criativa a partir do corpo e suas ressonâncias. Do sucesso da empreitada, surgiu o atual “Palavra Brasil”, com a intenção de ampliar o rastro da parceria a outros recortes de público.

Sobre as pessoas ministrantes
Julia Raiz (1991) é um dos grandes nomes da literatura contemporânea em Curitiba. Trabalhadora da escrita, tem sua atuação marcada pela criação e articulação coletiva. É doutora em literatura (UFPR) com recorte específico em estudos feministas da tradução. Publicou  “p/ vc” (7Letras, 2019), “cidade menor” (editora Primata, 2020), “Terceiro mistério” (Lola Frita Lab, 2022) e “Metamorfoses do Sr. Ovídio” (editora Arte & Letra, 2022). Em 2023, “diário: a mulher e o cavalo”, seu livro de estreia, foi relançado pela Telaranha Edições.

Ronie Rodrigues (1985) é escritor e pesquisador em Dança Contemporânea. Atua como bailarino/pesquisador dos projetos/espetáculos “Pão com Linguiça”, “Cachaça sem rótulo”, “De maçãs e Cigarros” e “Swingnificado”. Já nas linhas da literatura, publicou “Apagar histórias com a língua (2020)” e “Roubar os mortos, lamber os vivos” (2023), ambos pela Editora Urutau. Em 2024, lançou o aclamado “João”, livro-performance também editado pela Telaranha.

Serviço:
“Palavra Brasil: jogos de escrita”
Com Julia Raiz e Ronie Rodrigues

PALAVRA I: Casa da Leitura Miguel de Cervantes

Datas: 30 e 31 de agosto (sexta e sábado)
Horário: das 9h às 13h
Local: Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1238 (Praça da Espanha)

PALAVRA II: Casa da Leitura Wilson Bueno
Datas: 5 e 6 de setembro (quinta e sexta)
Horário: das 14h às 18h
Local: Avenida República Argentina, 3430 (Portão Cultural)
Vagas: 20 (vinte) por edição
Público-alvo: pessoas com mais de 16 anos interessadas em escrita

Oficinas Gratuitas!

A participação nas oficinas está sujeita à seleção, conforme o limite de vagas disponíveis. Para mais informações, visite instagram.com/membranaliteraria ou envie um e-mail para palavrabrasil2024@gmail.com

PEÇA DE TEATRO O PEQUENO PRÍNCIPE É APRESENTADA DE GRAÇA EM CURITIBA, EM LIBRAS E PORTUGUÊS AO MESMO TEMPO

Cena de O Pequeno Príncipe, da Cia Fluctissonante. Foto de Elenize Dezgeniski.

Parte do projeto Difusão Fluctissonante, a peça adapta a história do Príncipe e do Aviador para contá-la a surdos e ouvintes, sem distinções, e cumpre temporada gratuita no mês de agosto no Portão Cultural.

A Cia. Fluctissonante, de Curitiba, traz novamente aos palcos da cidade o espetáculo O Pequeno Príncipe, inspirado no clássico da literatura mundial escrito por Antoine de Saint-Exupéry. As apresentações serão realizadas de 10 a 25 de agosto no Auditório Antônio Carlos Kraide, no Portão Cultural, e fazem parte do projeto Difusão Fluctissonante, que retoma espetáculos encenados pelo grupo até 2023, colocando-os novamente em contato com públicos da cidade. Os ingressos são gratuitos.

A versão do grupo para o clássico mantém a história original, mas agrega uma novidade: assim como todos os espetáculos do grupo, O Pequeno Príncipe é encenado em Libras e Português ao mesmo tempo. Assim, pessoas surdas e ouvintes podem assistir à peça simultâneamente, sem o uso de tradução para a Libras fora do palco, como é comum na maior parte das produções teatrais: aqui, são os próprios atores e atrizes que interpretam a peça nas duas línguas.

Na peça, três atores dão vida a mais de 8 personagens, contando a história do aviador perdido num deserto que encontra um principezinho de um planeta distante, o B612. A criança lhe pede para desenhar um carneiro. No decorrer da história, o menino narra as aventuras que teve até chegar na terra. O Pequeno Príncipe é interpretado por Catharine Moreira, atriz surda, ao passo em que figuras como a Raposa e a Serpente são vividos pelo ator Lucas dos Santos. O aviador e a rosa serão, nesta temporada, interpretados alternadamente por Helena de Jorge Portela e Igor Augustho.

Através de O Pequeno Príncipe, a Fluctissonante, deseja tanto aproximar as crianças surdas deste clássico da literatura quanto apresentar às crianças ouvintes seus primeiros sinais da Libras. Mas é claro que o público adulto também é convidado. A peça estreou em 2022 e é dirigida por Nautilio Portela. Ela volta à Curitiba depois de passar por Ponta Grossa – PR, Natal RN, Itajaí – SC, Piracicaba – SP e tem temporada confirmada para o mês de novembro, no Rio de Janeiro. São apenas 6 apresentações, todas gratuitas, que fazem um convite à reflexão, ao amor, à amizade, ao respeito às diferenças, a temas profundos e filosóficos.

A direção de Nautilio Portela alia o realismo à magia. Dunas de areia criam-se através de tecidos, enquanto um avião de grande proporção ocupa o palco feito de papelão e papel machê.  O projeto DIFUSÃO FLUCTISSONANTE é realizado através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba e reúne uma série de ações que reafirmam o compromisso e contato da Cia. Fluctissonante junto aos públicos surdos e ouvintes da cidade. Além de temporadas de 3 espetáculos do coletivo, o projeto promoverá também encontros entre artistas com deficiência de todo o Brasil e oficinas formativas.

SERVIÇO
O Pequeno Príncipe – Cia. Fluctissonante
De 10 a 25 de agosto de 2024.
Sábados e Domingos – sempre às 15 horas
Auditório Antônio Carlos Kraide, no Portão Cultural
(Av. República Argentina, 3430 – Água Verde)
Ingressos Gratuitos, distribuídos 1 hora antes das sessões.
Sujeito à lotação.

SINOPSE
Após um acidente, um aviador perdido no deserto encontra um principezinho que lhe pede para desenhar um carneiro. Este Pequeno Príncipe – que conheceu muitos planetas antes de chegar na Terra – passa, então, a contar suas aventuras: ele já conheceu um geógrafo, um homem de negócios e até mesmo um rei. Com cada um deles, aprendeu uma lição diferente. Juntos, os dois novos amigos convidam o público a conhecer esta história, apresentando ainda a melhor amiga do Príncipe: uma rosa linda, inteligente e divertida, que ele deve reencontrar em breve, quando voltará para seu planeta, o Asteróide B612. Nesta montagem da Fluctissonante, duas atrizes e um ator dão vida a todos os 8 personagens da história. O Pequeno Príncipe é interpretado por uma atriz surda e o texto bilíngue foi desenvolvido para que, mesmo aqueles que não dominam as duas línguas, possam entender o espetáculo plenamente.

FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e Direção: Nautilio Portela
Elenco: Catharine Moreira, Helena de Jorge Portela/Igor Augustho e Lucas dos Santos
Direção de Movimento: Kátia Drumond
Tradução Dramaturgia: Taepé – Libras e Cultura
Supervisão de Libras: Catharine Moreira, Talita Grünhagen e Peterson Simões
Trilha Original e Operação de Som: Chico Paes
Cenografia: Katia Horn
Iluminação: Lucas Amado
Figurinos: Ricardo Garanhani
Direção de Produção: Igor Augustho
Produção Executiva (Estreia): Diego Marchioro
Produção Executiva (Repertório): Bruna Bazzo e Rebeca Forbeck
Estagiário de Produção: Luciano França
Assessoria Jurídica e Contábil: Ivanes Mattos
Operação de Luz: Nicolas Caos
Design Gráfico (Difusão Fluctissonante): Adriana Alegria
Registro Fotográfico: Elenize Dezgeniski
Realização e Criação: Cia. Fluctissonante
Realização e Produção: Pomeiro Gestão Cultural 

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

CENTRO CULTURAL BOQUEIRÃO E TEATRO CLEON JACQUES RECEBEM APRESENTAÇÕES GRATUITAS DE “CONTOS PROIBIDOS DE ANTROPOFOCUS”

Contos Proibidos. Foto: Paulo Feitosa.

Ao todo, são duas exibições em cada espaço, sempre aos sábados e domingos; dias 28 e 29 de maio no Teatro Cleon Jacques e dias 04 e 05 de junho no Centro Cultural Boqueirão, em Curitiba

Após reestrear com plateia lotada no Portão Cultural, o espetáculo “Contos Proibidos de Antropofocus” segue sua temporada de circulação por mais dois espaços culturais curitibanos. As apresentações acontecem nos dias 28 e 29 de maio, no Teatro Cleon Jacques, anexo ao Parque São Lourenço, e nos dias 04 e 05 de junho, no Centro Cultural Boqueirão. Aos sábados, as sessões são às 20h e, aos domingos, às 19h, todas com entrada franca. As ações integram o projeto “Contos em todos os cantos – Humor além do Centro”, promovido pelo grupo Antropofocus, através da lei municipal de incentivo à cultura, com o incentivo da Celepar e do Ebanx.

Uma comédia sem diálogo
A comédia apresenta quatro cenas curtas, sem que os atores digam uma palavra sequer. Eles utilizam som, efeitos sonoros e música, mas nenhum diálogo. No elenco, estão os atores do Antropofocus, Anne Celli, Andrei Moscheto, Edran Mariano e Marcelo Rodrigues, e o ator convidado Bruno Lops.

Todas as cenas do espetáculo acontecem em ambientes onde pessoas desconhecidas se encontram, mas raramente iniciam uma conversa: uma marquise num dia de chuva, um banheiro público, dentro de um ônibus. Lugares que parecem absolutamente “normais” mas que, dentro da linguagem do Antropofocus, acabam revelando situações fantásticas.

Como o espetáculo não possui texto, pode ser assistido por pessoas com deficiência auditiva, que têm a oportunidade de acompanhar e aproveitar a apresentação sem a necessidade da presença de intérprete de Libras.

“Contos Proibidos de Antropofocus” é uma das criações de maior sucesso do grupo Antropofocus, com temporadas em cidades como São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e também em Córdoba, na Argentina, além de participações em importantes festivais de teatro no Brasil.

Além do Palco
A programação também contempla a realização de uma oficina de improvisação em cada núcleo regional da cidade, ofertada gratuitamente para atores e não atores. A atividade foi desenvolvida a partir da pesquisa artística do grupo, e visa promover o autoconhecimento por meio de exercícios teatrais e de criatividade, em que os participantes são, simultaneamente, intérpretes e dramaturgos. As informações de data, horário e local serão divulgadas no site www.antropofocus.com.br e nas redes sociais do grupo: @antropofocus.

Circulando por Curitiba
O projeto “Contos em todos os cantos – Humor além do Centro” propõe a circulação por três espaços culturais fora do eixo central da cidade, no período de abril a junho, apresentando um trabalho teatral de qualidade para compor a programação desses teatros, além de ações exclusivas para jovens de escolas públicas da comunidade.

As duas primeiras apresentações, que aconteceram no início de maio no Portão Cultural, marcaram a retomada presencial do coletivo. Edran Mariano, ator e produtor do grupo, comenta sobre o sucesso de público na reestreia:
“É muito legal ver o público ocupando os espaços culturais da cidade. Nessa primeira temporada da circulação, pudemos perceber que várias pessoas estavam indo pela primeira vez ao teatro. E muitas não conheciam o Portão Cultural como um espaço público que oferece programação de qualidade. Contribuir para a formação de novos públicos e para a difusão dos espaços culturais presentes na cidade, e principalmente fora do eixo central, nos deixa muito felizes”, relata.

O ator Marcelo Rodrigues destaca a emoção de voltar a atuar presencialmente neste momento. “Para nós, poder voltar aos palcos depois de um pouco mais de dois anos, foi uma celebração. Celebrar a arte e a resistência de mãos dadas com todo o grupo que, com muito esforço, fazemos do criar a nossa vida.”, finaliza Marcelo.

Sobre o Antropofocus
O Antropofocus surgiu em outubro de 2000 e tem como premissa artística observar o ser humano e seu comportamento no cotidiano, levando em conta que todas as suas ações podem ser consideradas cômicas, a depender do prisma pela qual é vista. O grupo sempre se propôs a investigar os paradigmas da comédia comercial, as possibilidades cômicas dos signos teatrais e a improvisação como técnica de criação dos espetáculos.

Neste ano em que comemora a conquista de 22 anos de trajetória, o Antropofocus irá celebrar retornando aos palcos e com uma programação intensa, que inclui a circulação do espetáculo “Contos Proibidos de Antropofocus” por espaços culturais de Curitiba e por mais cinco cidades paranaenses e a estreia de uma nova montagem, prevista para acontecer no segundo semestre.

SERVIÇO
“Contos Proibidos de Antropofocus”

Teatro Cleon Jacques
Dias 28 e 29 de maio – sábado, às 20h; domingo, às 19h
Na Rua Mateus Leme, 4700 (anexo ao Parque São Lourenço), Curitiba
Informações: 41 3313-7190 | 41 99955-9172

Centro Cultural Boqueirão
Dias 04 e 05 de junho – sábado, às 20h; domingo, às 19h
Na Rua José Guercheski, 281 – Boqueirão, Curitiba
Informações: 41 99973-7636 | 41 99955-9172

Entrada gratuita, com retirada de ingresso uma hora antes da apresentação
Classificação Indicativa: 14 anos
Mais informações:
Facebook: https://www.facebook.com/antropofocus
Instagram: https://www.instagram.com/antropofocus
Site: https://www.antropofocus.com.br

FICHA TÉCNICA
Elenco: Anne Celli, Andrei Moscheto, Bruno Lops, Edran  Mariano e Marcelo Rodrigues
Sonoplastia e assistente de direção: Célio Savi
Operador de som: Célio Savi
Iluminação: Anry Aider e Paulo Rosa
Operação de luz: Paulo Rosa
Cenografia: Sérgio Richter & Antropofocus
Figurino e Adereços: Fabiana Pescara & Renata Skrobot
Designer Gráfico: Lula Carneiro
Fotos: Paulo Feitosa
Assessoria de Imprensa: Platea Comunicação e Arte
Diretor de Produção: Edran Mariano
Produção Executiva: Janaina Micheluzzi
Direção Geral: Andrei Moscheto
Realização: Antropofocus
Incentivo: Celepar e Ebanx

“PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA.”

NOVOS DEBATES SOBRE A PÓS-MODERNIDADE

Noite Ciborgue e Natura in Data de Aricia Machado chegam ao MuMA em dezembro

Curitiba sedia, a partir do mês de dezembro, as videoinstalações da artista Aricia Machado. A dobradinha imprevista (porém bem-vinda) de Natura in Data, aberta ao público no dia 02, e Noite Ciborgue, que inicia no dia 10, acontecem no MuMA, no Portão Cultural. Com curadoria de Guilherme Zawa, as exposições convidam o espectador a um cenário de instalações imersivas, vídeos com audiodescrição, esculturas e ilustrações de processo, que apresentam indagações e convidam o espectador a novas discussões sobre a pós-modernidade, a humanidade e a nossa relação com a tecnologia. “Aricia transita entre a biologia e as artes”, comenta Zawa, “da mesma forma que suas indagações sobre os temas aos quais se debruça transitam pelo vídeo, escultura e instalação”. Para a artista, que também é diretora de arte no cinema, “As questões sobre o excesso de tecnologias e redes artificiais deixam uma camada, fruto de um certo otimismo perante as tecnologias, intocável e simultaneamente sublime. Mas ao mesmo tempo há uma outra camada mais bruta, distópica, que é fruto de um processo orgânico, que não se governa pelo Homem e dá margem para tantas interpretações’’

Noite Ciborgue é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo do Ebanx e apoio da Casa 4 Ventos.

Natura In Data é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba e teve apoio do Passaúna Paddle Club.

SERVIÇO
O evento de abertura das exposições acontece no dia 11 de dezembro, com um bate-papo com a artista e o curador, das 17h30 às 19h.


Natura in Data:
De 02 de dezembro de 2021 à 06 de fevereiro de 2022


Noite Ciborgue:
De 10 de dezembro de 2021 à 20 de fevereiro de 2022

Local: Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural
Endereço: Av. República Argentina, 3430, Terminal do Portão – Portão, Curitiba-PR.

Contato:
(41) 3329-2801
portaocultural@fcc.curitiba.pr.gov.br
Horário de funcionamento:
10h às 19h (3ª feira a domingo)
Instagram: @ariciamachado

COM INÍCIO NESTA QUINTA-FEIRA (20), FIMS REÚNE AGENTES DA PRODUÇÃO MUSICAL NACIONAL E INTERNACIONAL EM CURITIBA

crédito foto: Nicolas Salazar

A terceira edição da Feira Internacional da Música do Sul – FIMS traz neste ano além da programação diversos shows no ‘Circuito Off’

Entre os dias 20 e 22 de junho, o Portão Cultural, em Curitiba, recebe a terceira edição da Feira Internacional da Música do Sul – FIMS. Considerado um dos principais eventos de negócios do setor musical no sul do país, além da programação oficial, a Feira apresenta diversos shows nos espaços culturais da cidade. 

Neste ano, palestras, mesas, debates, rodadas de negócios, showcases e o circuito off, atraem o público e diversos agentes da cadeia produtiva da música nacional e internacional.

Em 2019, as inscrições nos showcases superaram a edição passada. Para o desempate, foi utilizado o critério de distribuição geográfica com foco na região sul.

Entre os selecionados estão, A Banda Mais Bonita da Cidade (Curitiba), Janine Mathias (Curitiba), Caburé Canela (Londrina), Dandara Manoela (Santa Catarina), Yangos (Rio Grande do Sul), Modernas Ferramentas Científicas de Exploração (Rio Grande do Sul), MARTTE (São Paulo) e o rapper Sucio Bang (Colômbia).

Neste ano, duas palestras compõem a grade. A diretora de pesquisa do DATA SIM (núcleo de pesquisa da SIM São Paulo), Dani Ribas retrata a importância de dados e informações confiáveis para o desenvolvimento do mercado da música.

O diretor de design estratégico da Rizoma Aceleradora de Projetos Culturais, Iuri Freiberger, traz a discussão sobre o desenvolvimento de novas formas do design para projetos criativos no mercado da música.

Ao todo, seis temáticas englobam as mesas tendo como pano de fundo o contexto da tecnologia. Com destaque para as mesas sobre ‘o papel da pesquisa musical na era da infobesidade’, ‘ dificuldades de se lançar um álbum independente’ e ‘música brasileira no exterior’.

Entre artistas, jornalistas e produtores participam, Lio Soares (Tuyo), Pena Schmidt (Lista das Listas), Fer Isella (Limbo Music / SoL Madrid), Fabi Pereira (Papo de Música / FARO), Tony Ayex (Tenho mais discos que Amigos), Melina Hickson (Porto Musical), David McLoughlin (Brasil Calling), Filip Košťálek (Festival Colours) e outros.

No eixo profissionalizante da FIMS, seis cursos de curta duração trazem diversos especialistas do mercado da música, entre eles, a gerente de marketing da Habro Music, Renata Gomes; os produtores, Alec Haiat e Samuel Galdino do Projeto Suspechos; o produtor musical e proprietário do Grupo UN Music, Barral Lima; os produtores do Centro Europeu/AIMEC, Alonso Figueroa e Danilo Bencke (AIMEC); a brand da agência Talquimy, Tathy Moura e o curador e programador do espaço Agulha (RS), Guilherme Thiesen Netto.

No complexo do Portão Cultural, a Casa da Leitura Wilson Bueno será o espaço dedicado para a troca de ideias entre os profissionais de entidades do Sesi Cultura (PR), DaleGig, Sarau As Mina Tudo (SP), Soundscape, Tenho mais discos que Amigos e Rádio Butiá Brasil.

Além da programação oficial no Portão Cultural, após as atividades, acontecem paralelamente em diversos espaços da cidade, os shows com Lemoskine (PR), Leo Fressato (PR), Fernando Lobo (PR), Thaïs Morell (PR), Janine Mathias (PR), Kia Sajo (SC), Bananeira Brass Band (PR), Cida Airam (PR), Trabalhos Espaciais Manuais (RS) e DJ Manoel Canepa (RS).

Para os interessados em participar de todas as atividades da FIMS, o  credenciamento deve ser feito pela plataforma do Ingresso Nacional (a partir de R$40). Confira a programação detalhada no site oficial: fims.com.br

Serviço:

3ª Feira Internacional do Música do Sul
Onde: Portão Cultural –  Av. Rep. Argentina, 3.432 – Portão, Curitiba
Quando: Entre os dias 20 e 22 de junho de 2019
Site: fims.com.br

BACK TO CWB: LEON & THE KNOPZ

Sem as amarras da formalidade e sem a pretensão de serem rock stars: Assim é Leon & The Knopz, uma banda 100% curitibana. A fundação, de 2014, é de Leon Knopfholz que há tempos está imerso no universo artístico passando pela literatura, cinema até chegar a música.

É a paixão poética e também a busca por profundidade que inspira canções autorais como Alquimia, Meu Amor Já vem e Burra registradas no álbum Made In CWB. Além de Tio Hostil e Sweet Sweet Girl, que chegaram a ser indicadas ao Grammy Latino e Internacional de 2016.

Com show agendado para o próximo dia 13 de junho no Portão Cultural, Leon & The Knopz também traz em seu setlist um resgate dos Beatles e Elvis Presley, duas referências essenciais para a banda.

A formação atual conta com Deni Ribas na Guitarra, Rafael Tobias Guidolin, no baixo, Fernando Garcia na Bateria, Raquel Girardi nos Backs e Leon Knopfholz no Vocal: Um retorno ao cenário musical que dá nome à turnê “Back to CWB” e exalta a capital de Leon & The Knopz.

Serviço:
Leon & The Knopz – Back To CWB
Data e horário: 13 de junho às 20h
Local: Teatro Antônio Carlos Kraide – Portão Cultural
Endereço:  Av. Rep. Argentina, 3430 – Água Verde, Curitiba
Ingresso: R$ 10,00 (vendas 1h antes do show na bilheteria do teatro)  
Contato comercial: (41) 3229-4458

Assessoria de Imprensa:
(41) 99177-0010
valimsilvia@gmail.com

TEXTO SOBRE A VÍDEO INSTALAÇÃO ORGANISMO IN CYBER, MUMA

Por Diogo Woiczack

E que assim seja quando o próximo passo for o abismo. E ao invés da floresta imensa que resiste e resistirá por breve tempo talvez (ou não), veremos a ordem e o progresso dilacerando animais, humanos, terra, tudo. Plantando casas em lugares outros, com suas famílias, carros e celulares, como todas as famílias desse mundo de deus.

No Organismo in Cyber de Arícia Machado, essa cena pode acontecer – caso se consiga parar para olhar o abismo. E acuado, olhar para os índios que despertam como que de um grande porre, cercados por monitores de tubo, antigos. Mas não são indígenas naturais, são pessoas como eu e você pintados de neon. Há essa transposição entre realidades, inclusive temporais. Esse anacronismo e desencaixe entre as peças colaboram para o cenário distópico, retratado principalmente nos corpos.

São quatros filmes em looping projetados em três paredes – o que também sugere um teatro invertido, ou jaula. Cada uma das imagens obedecem, fora uma ou outra dissonância, uma única cena própria, num único plano fixo, como nos primórdios do cinema. As imagens são coloridas e possuem uma luz bem trabalhada, que acentua o brilho do fogo e do neon na noite escura.

No eixo formado pelas paredes laterais, notamos a dicotomia entre o despertar e o desfalecer. O despertar da tribo e o agonizante fim do pajé. Na projeção frontal duas cenas: 1. Um rito onde homens-índios encarnam uma dança em transe, caminhando para o primeiro plano, para o close da câmara, retirando fios de nylon de suas bocas, como tantas tartarugas no facebook. 2. Mulheres-índias e homens-índios estão corpo-a-corpo, deitados uns sobre os outros, como uma orgia filmada no bumerangue do insta, um movimento de vai e vem sem ir nem vir – por isso sem sensualidade, talvez.

Em alguns momentos esses cyber-índios nos encaram de frente, como se pudessem nos ver. Apesar do looping há uma sequência proposta, um ciclo pontuado pelo despertar e pela morte. No meio, o sagrado e o sexo, atravessado pela profusão de imagens que nos cercam, que desafiam a atenção e o entendimento. Uma entropia tão humana quanto a vivência de um mundo capturado em diferentes telas e pixels.

Essas imagem eu vi no abismo de Arícia Machado. Imagens muito bem produzidas pela sociedade mais tecnológica de todos os tempos, mas que retratam um mundo sem esperanças, conectado por redes de todos os tipos, que nos prendem em todas as partes num lento afogar. É como se estivéssemos cercados por toda nossa sucata e dejetos, condenados ao destino daqueles que exterminamos para construir o Brasil do futuro.


Serviço:
Vídeo Instalação ”Organismo In Cyber” no CACC
Data: de 27 de fev até 12 de março, das 10h às 19h
Local: Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão Cultural, Av. Rep. Argentina, 3.432 – Portão, Curitiba
Entrada gratuita!
Confira a página do evento, aqui