Blogue FATO Agenda divulga: 1) vagas e oportunidades em comunicação social, mkt e design em Curitiba e região. 2) Agenda cultural da cidade. 3) Livros e discos de vinil (do Sebinho FATO Agenda). Editado há 15 anos (desde 2009) pelo jornalista Leandro Hammerschmidt.
Após estrear CABARET MACCHINA no Festival de Curitiba, artistas da Casa Selvática iniciam circulação do espetáculo pelas regionais de Curitiba
A partir do dia 26 de abril, o coletivo curitibano Casa Selvática inicia a circulação do espetáculo CABARET MACCHINA por frestas, viadutos, vielas e fissuras da cidade de Curitiba. A curta temporada de 3 apresentações acontece nos dias 26, 27 e 28 de abril sempre às 20h com entrada franca no Museu Municipal de Arte – MUMA (Av. República Argentina, 3430, Terminal do Portão).
Os artistas da Casa Selvática vão às ruas de Curitiba em busca dos restos de um herói. O coletivo exercita assim uma nova possibilidade para o mundo, um espetáculo máquina desejante. No humor corrosivo de um famigerado cabaré, o dia-a-dia de vedetes encenando clássicos ocidentais em uma pós-ópera anti-edipiana. Dentro da cidade, personagens canônicas dos escombros de um teatro de guerra se encontrarão com os fantasmas de uma contemporaneidade que atira a tudo e a todos no grande vácuo do desuso
Serviço: CABARET MACCHINA – UMA PÓS-ÓPERA ANTI-EDIPIANA 26, 27 e 28 de abril (quinta, sexta e sábado), às 20h Museu Municipal de Arte – Av. República Argentina, 3430, Terminal do Portão – Portão, Curitiba ENTRADA FRANCA! Fotografias: cabaret macchina / credito: humberto araujo Confira a página do evento, aqui
PROJETO REALIZADO COM O APOIO DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA.
Comemorando seis anos de existência, o coletivo curitibano Selvática Ações Artísticas estreia seu mais novo espetáculo, Cabaret Macchina, nos dias 3 e 4 de abril na Praça Rui Barbosa, com entrada franca, integrando a Mostra Oficial do Festival de Curitiba.
Com direção de Ricardo Nolasco e dramaturgia de Francisco Mallmann e Leonarda Glück, a partir da obra do dramaturgo alemão Heiner Müller, o espetáculo é uma pós-ópera em formato de cabaré de rua, que além de reunir pela primeira vez todos os artistas do coletivo em um mesmo projeto, conta com a participação da cantora e compositora Karina Buhr.
Desde o lançamento do seu último álbum, intitulado Selvática (2015), Karina Buhr e os artistas do coletivo tem estreitado laços. Em 2015 a cantora pernambucana radicada em São Paulo lançou na Casa Selvática seu livro Desperdiçando Rima em um evento que contou com performances, sarau e pocket shows dos artistas “selváticos” e convidados.
A Casa Selvática tem sido uma das principais referências do estudo do cabaré como linguagem no Brasil, tendo realizado diversos espetáculos e proposto oficinas anualmente para seu aprofundamento. Cabaret Macchina pretende expandir a pesquisa do grupo, na construção de um espetáculo de teatro a ser realizado em espaço público, uma criação de dramaturgias que relaciona vivências, questões arquitetônicas e históricas da cidade.
Para o diretor Ricardo Nolasco: “O cabaré foi considerado um subgênero pela história oficial do teatro, justamente por seu caráter popular em oposição aos modelos dramáticos europeus.”. Assim, o coletivo tem mergulhado na investigação desse formato através de uma cena híbrida, que mescla elementos das artes cênicas, performáticas e literárias. “Acreditamos no cabaré como o formato ideal para falar sobre questões que nos atingem, de um modo humorado e irônico, o cabaré tem sido a principal forma com que artistas do mundo inteiro tem conseguido fazer seus trabalhos resistirem de forma independente tendo a precariedade e a arte em processo não como limitadores, mas como características importantes do nosso tempo e dos países em questão”, complementa Nolasco.
Para a atriz e dramaturga Leonarda Glück, a obra de Heiner Müller se torna cada vez mais insistente na contemporaneidade. “Nos dias que correm os totalitarismos da alma, do estado e das instituições estão tão presentes e tão fantasiados de livre democracia, que os escritos de Heiner Müller estão mais atuais do que nunca. A sua Alemanha se reergueu depois da queda, mas deixou boa parte do globo ainda derrubada até hoje. Nós conseguimos estabelecer uma conexão direta entre sua obra e o Brasil de 2018, e a levaremos para a arena pública”, dispara.
”Heiner Müller partia da reescrita dos clássicos a fim de reaproximar estes de seus contextos, dialogar com ele e sua obra é para nós necessariamente adaptar mais uma vez, atualizar em nossos contextos, corpos e histórias” finaliza Ricardo.
Cabaret Macchina 3 e 4 de abril às 21h Festival de Curitiba Rua da cidadania Matriz – Praça Rui Barbosa, centro de Curitiba Entrada Franca Página do evento, aqui
Ficha Técnica: Dramaturgia: Francisco Mallmann e Leonarda Glück (a partir da obra de Heiner Müller); Direção Geral: Ricardo Nolasco; Direção de Movimento: Gabriel Machado; Direção Musical e Sonoplastia: Jo Mistinguett; Figurino: Cali Ossani, Stéfano Belo e Patricia Cipriano; Iluminação: Semy Monastier e Patricia Saravy; Maquiagem: Nina Ribas e Stéfano Belo; Elenco: Amira Massabki, Cali Ossani, Cesar Mathew, Leonarda Glück, Leo Bardo, Matheus Henrique, Nina Ribas, Patricia Cipriano, Patricia Saravy, Semy Monastier, Simone Magalhães, Stéfano Belo e Victor Hugo; Artista Convidada: Karina Buhr; Consultoria: Amabilis de Jesus; Mapeamento Urbano: Renata Cunali; Direção de Produção: Cacá Bordini; Assistência de Produção: Bruna Costa; Imagens: Amira Massabki; Design Gráfico: Thalita Sejanes; Captação de Recursos: Meire Abe; Realização: Selvática Ações Artísticas e O Estábulo de Luxo;
Na busca pela sobrevida de seu espetáculo, coletivo apresenta Cutelo Assassino – Uma tragédia Grega de Atrocidades no Bar Ornitorrinco, no Espaço Cultural La Bamba e no Espaço Cultural Casa Selvática de forma independente
Na próxima segunda feira, dia 7, o coletivo curitibano Selvática Ações artísticas apresenta seu espetáculo Cutelo Assassino – Uma Tragédia Grega de Atrocidades no Ornitorrinco Bar. Esta ação integra o projeto de circulação do espetáculo em espaços alternativos da capital, de forma independente, na tentativa de prolongar a sobrevida da encenação proposta pelos artistas Ricardo Nolasco e Patricia Saravy. Na terça feira, às 20h, a peça será apresentada no espaço cultural La Bamba, e na quarta feira na sede do coletivo, a Casa Selvática.
A peça trata-se de uma montagem inédita do texto de Leonarda Glück, dramaturga transexual, que estabelece diálogo com o mundo de forma crítica e ácida discutindo, intertextualmente, a contemporaneidade em face da tradição grega. O espetáculo apresenta o fim do relacionamento entre Amygdalota e Tartariam, onde tudo é posto em cheque: a dominação cultural, tecnológica e de gênero.
Após mais uma tentativa de dominação através da cultura, do sexo e do território de um ser social sobre o outro, ambos chafurdam e patinam nos papéis de dominador(a) e dominado(a). Na busca pelo reconhecimento entre os gêneros, Amygdalota e Tartarian descem ao Hades. A casa torna-se uma câmara de tortura por onde a dramaturgia de Leonarda Glück ironiza a tradição grega como pano de fundo para uma tragicomédia mordaz e ácida. Onde estará a luz nas trevas?
Um ambiente híbrido entre o cinema e o teatro em uma tragicomédia em que duas personagens travam um embate onde mitologia e paradigmas clássicos são pano de fundo para refletir sobre sociedade ocidental e relações de opressão.
A circulação do espetáculo opta por dialogar com espaços diversos como o bar Ornitorrinco, o espaço cultural LA BAMBA e o espaço cultural Casa Selvática – colocando em movimento a encenação e desafiando a plasticidade do espetáculo.
Este espetáculo conta com o apoio do público para manter sua vida. Sempre de forma independente, Cutelo Assassino – Uma Tragédia Grega de Atrocidades, mais uma vez entra em cena para convidá-los para um jantar.