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Artista sobe ao palco no dia 15 de agosto com live set eletrônico experimental, piano, instrumentos de sopro, corpo, voz e alma
A edição de agosto do projeto Brasis no Paiol chega com as experimentações musicais da multi instrumentista, performer, cantora, rapper e compositora Dharma Jhaz apresentando um show que mescla referências da cultura latina e afro-brasileira ao jazz e punk. Ela sobe ao palco do Teatro do Paiol no dia 15 de agosto, quinta-feira, às 20h. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos no site pixta.me.
Manifesto Punk Jazz é o projeto performance coletivo criado por Dharma Jhaz em parceria com a pianista, cantora e compositora Julia Klüber e o DJ, rapper e produtor musical Bface. Em formato trio, Dharma traz a sua pesquisa e trajetória artística na cena musical independente, com diversas linguagens e gêneros musicais para infundir o conceito e o estilo autoral auto-intitulado Punk Jazz.
Do DF para o mundo Dharma Jhaz, travesti multi instrumentista, cantora, produtora musical, rapper e performer sonora, desenvolve através dos instrumentos de sopro, voz, corpo, e performance, experimentações musicais empíricas baseadas em elementos intercontinentais, manifestando multi-artisticamente o seu conceito autoral de expressão, Punk Jazz.
Traz consigo suas referências da música brasileira no seu free jazz punk mestiço, apresentado em jam sessions e lives que participa em colaboração com diversos artistas da cena da música experimental e eletrônica nacional e internacional, como Malka Julieta, Kenya20Hz, Akin Deckard, MNTH e o trio alemão The Liz.
Integrante do coletivo Metanol FM em São Paulo, fez parte da produção do álbum “Movimento Paralelo Vol.1” (2021), trazendo uma nova dimensão à experiência sonora instrumental performática.
Do rap, soul, frevo e blues ao punk jazz, esteve em diversos festivais, entre eles The Town (SP), CHIII (SP), Novas Frequências 12 (RJ), Farol Live Santander (RS), Curitiba Jazz Festival (PR) e vários outros eventos, sendo reconhecida pelo ensaio “O Som Ao Redor”, da revista GQ Brasil, edição de agosto de 2020, que reuniu cinco vozes da novíssima cena musical brasileira.
Manifesto Punk Jazz Ressignificando sentidos através de um movimento de contracultura anti-elitista, o Manifesto Punk Jazz retoma a propriedade e liberdade ancestral de expressão do jazz sob uma nova linguagem, usando o experimentalismo, free jazz, flow, rap, música eletrônica e composições autorais, atribuídas às vivências e a realidade anarquista punk de ser uma artista travesti negra brasileira que toca jazz.
Ainda, Punk Jazz é um ato político de resistência e união contra toda e qualquer segregação, marginalização e higienização de corpos dissidentes da cena do jazz ou da arte independente, manifestado em performance – no formato live set eletrônico experimental, piano, instrumentos de sopro, corpo, voz e alma.
Confira a próxima data do Brasis no Paiol 2024: 12 de setembro: Kiko Dinucci (SP)
Brasis no Paiol O projeto Brasis no Paiol é uma iniciativa cultural realizada desde 2012 em Curitiba pela produtora Bina Zanette (Santa Produção) e pelo produtor Heitor Humberto (Fineza Comunicação e Cultura). Com mais de 140 shows apresentados desde sua primeira temporada com artistas de diferentes regiões do país, é um dos projetos musicais independentes em atividade mais longevos do Brasil, consolidando-se como importante veículo de divulgação de trabalhos contemporâneos independentes e de formação de público em Curitiba.
Cinco artistas selecionados para o Palco Difusor dividem o palco do Teatro Paiol em grande show com Bananeira Brass Band para lançamento do novo EP. Créditos: Miriane Figueira.
As cinco músicas gravadas com os cinco novos nomes da música autoral curitibana entram nas plataformas digitais dia 16 de julho e são apresentadas em grande show de lançamento, no dia 25 de julho, fruto da imersão em produção musical realizada pelo coletivo em 2023.
Dia 25 de julho, é o dia de celebrar e apresentar ao público o resultado de um ano de trabalhos imersivos na produção musical, realizado pelo coletivo Bananeira Brass Band em parceria com a Diversa Produções, o Palco Difusor. Artistas da cena autoral curitibana: Betania Hernandez, Dharma Jhaz, Princesas do Ritmo, Lele Farah e Sem Registro, são os nomes que estão no novo EP – Palco Difusor, que traz além de musicalidades diversas, uma troca de experiências que serão compartilhadas com a plateia que se formará no Teatro Paiol, em apresentação única e gratuita.
Antecede o grande show, o lançamento do EP – Palco Difusor, nas principais plataformas digitais no dia 16 de julho, e também as sessions no YouTube, com início no dia 18 a 23 de julho. De acordo com a produtora e gestora cultural, Pri de Morais, o acesso antes do show, vai permitir que o público conheça o trabalho e chegue no Paiol com as músicas em mente. “A ideia do projeto é impulsionar a carreira destes artistas com a produção de singles, vídeos, ensaios fotográficos e toda a vivência com outros musicistas em estúdio. Também trazer pro conhecimento do público o que a música autoral de Curitiba está fermentando de mais atual”, conta.
O projeto Palco Difusor nasceu do desejo de descentralizar ações culturais na capital. Dessa forma o coletivo Bananeira Brass Band e a Diversa Produções, criaram em 2023 o projeto, que circulou por cinco Regionais e selecionou em edital os cinco artistas com trabalhos autorais para uma imersão completa no processo da produção musical, incluindo vivência no Estúdio Aroeira e grande show de encerramento para apresentar ao público as novidades musicais.
De acordo com Audryn Souza, musicista integrante da Bananeira e idealizador do projeto, o intuito do circuito foi difundir o funcionamento do mercado da música autoral curitibana em três frentes de profissionalização: “os artistas selecionados ganham com a produção de material profissional; a Bananeira Brass Band ganha com o intercâmbio artístico; toda a equipe de produção, comunicação e estúdio ganha com o amadurecimento de sua atuação na cena da cidade”, revela.
Na primeira etapa foi lançado o edital de chamamento. Os 81 inscritos passaram por uma seletiva com os produtores musicais e curadores do Palco Difusor – Erica Silva, Bface e Gian Lucca, que levaram os cinco artistas selecionados para a próxima fase com encontros de criação junto a Bananeira Brass Band em estúdio para trabalhar e ensaiar repertório de show, gravação de single e live session.
Dentro do Palco Difusor, os artistas também tiveram acesso a apresentações nas Regionais de Curitiba. Segundo Pri de Morais, a ideia foi fazer do Palco Difusor um multiplicador nas comunidades, a fim de democratizar o acesso à produção e consumo cultural. “É uma proposta que visa a amplificação do ecossistema da música independente curitibana através da integração de diversas regiões da cidade buscando fortalecimento da economia cultural e profissionalização de todos os agentes culturais envolvidos”.
Com isso o projeto contou com ações sociais e integração com o público em cada Regional, com a realização de cinco oficinas de percussão direcionadas para instituições que atendem adultos em situação de vulnerabilidade social, seguidas de apresentações da Bananeira Brass Band, em cortejo acústico.
Palco Difusor é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba com o incentivo da Celepar e Phil Young’s.
SERVIÇO: Lançamentos: Dia 16 de julho: EP disponível em todas as plataformas digitais. Dias 18 a 23 de julho: lançamentos sessions no Youtube Show Palco Difusor Local: Teatro Paiol (Rua Cel. Zacarias, 51 – Prado Velho) Data: 25 de julho de 2024 Horário: 20h Ingressos: gratuitos (distribuição 1h antes) Classificação: 12 anos
Sobre a Bananeira Brass Band A Bananeira Brass Band é um coletivo de sopros e percussão que surge no cenário musical de Curitiba no ano de 2015 com o propósito de trazer a experiência que seus integrantes tiveram em sua formação musical através das bandas marciais e fanfarras difundindo e valorizando a música instrumental por meio de um show dançante em espírito festivo. A discografia da Bananeira Brass Band conta com o EP #PotassioNeles (2018) e o álbum Feira Livre (2021), indicado ao Grammy Latino 2022 na categoria Melhor Projeto Gráfico de um Álbum.
A formação instrumental da Bananeira Brass Band é inspirada nas bandas de rua de New Orleans e na cultura das Brass Bands (bandas de sopros). Apesar da influência de grupos estrangeiros, a banda busca trazer em seu repertório autoral a música brasileira, explorando ritmos dançantes de todas as regiões do Brasil, misturando gêneros musicais que vão do funk ao baião.
Formação atual da Bananeira Brass Band: Audryn Souza (trompete) Denusa Castellain (saxofone) Emilyn Shayene (trombone) Fernanda Cordeiro (trombone) Lucas Ramos (trompete) Luís Fernando Diogo (percussão) Luís Rolim (percussão) Pierre de Cerjat (sousafone)
Sobre os cinco novos nomes da música:
Betania Hernandez É musicista e começou muito cedo. Aos 8 anos, entrou no Sistema Nacional de Orquestra da Venezuela e formou-se em bacharel em Composição e Criação Musical, na Uniarte, em Caracas, na Venezuela. Logo depois da graduação, migrou para o Brasil, tornou-se mestre em Estudos Latino-Americanos pela Universidade Unila, em Foz do Iguaçu. A artista já lançou dois álbuns: Passos do Vento e Lua, Sol, Mar e Estrelas pela sua própria produtora. Fez parte do Palco Difusor e com a Bananeira Brass Band compôs a música: Tudo de Nós. Segundo Betania, enquanto mulher imigrante, é a liberdade que foi dada às mulheres artistas criadoras, o que tornou a experiência tão rica e necessária para o território curitibano e para todos.
Sem Registro O grupo veio somar ao projeto trazendo influências da música eletrônica, rap e do funk adicionando ao som orgânico da Bananeira Brass Band as nuances do sintético numa pegada mais cyberpunk do estilo “Garage”. O grupo tem como pilar principal e a ponte entre todos os integrantes o Rafael Ludvich. Foi ele quem uniu os fundadores há aproximadamente 6 anos. Sobre a trajetória do grupo, em 2022, em um evento organizado pelo artista “Bface” em parceria com a Budweiser fizeram a abertura do show da dupla de artistas do Rio de Janeiro “Pumapjl”. Para os integrantes do grupo, a participação no projeto deu uma experiência singular de conhecer um estúdio profissional e desenvolver um projeto com outros artistas.
Dharma Jhaz Travesti multi-instrumentista, cantora, produtora musical, rapper e performer sonora, desenvolve através dos instrumentos de sopro, voz, corpo e performance, experimentações empíricas baseadas em elementos intercontinentais da cultura latina, afro-brasileira, jazz e punk. Tem em suas referências a música brasileira no free jazz mestiço, manifestado nas Jam Sessions e Lives que participa em colaboração com diversos artistas da cena da música experimental e eletrônica nacional e internacional. A artista acredita que a possibilidade de consolidar o conceito autoral Punk Jazz no projeto, pode inspirar as novas gerações a conhecerem o que uma travesti pode fazer, muito além dos estigmas e preconceitos que nos limitam a estatísticas trágicas, e a marginalização.
Lele Farah Desde da infância envolvida com música por conta do trabalho do pai, que é produtor musical e multi-instrumentista. Após a pandemia juntou-se com um grupo de amigos que já estavam no processo de iniciar uma gravadora voltada ao gênero rap. Em sua trajetória, ela lançou uma sequência de singles que vem elaborando nos últimos 2 anos. As maiores conquistas profissionais foram as participações no palco do festival de bolso no Jazz Festval, aberturas de shows para artistas como Dalsin, Yago Oproprio e ADL do Favela Vive. A artista afirma que a participação no Palco Difusor possibilitou a troca artística com grandes músicos e de certa forma ter a experiência completa de fazer shows, gravação de estúdio, gravação de videoclipes, sessão de fotos e todo processo em si.
Princesas do Ritmo As integrantes da Banda se conheceram na Ong Passos da Criança, na Vila Torres, em Curitiba, que tem como princípio básico fortalecer o empoderamento feminino através da musicalidade afro. Maíra, Geovana, Sabrina, Catherine e Polyana se uniram para formar uma banda de percussão e levar a música a diferentes espaços públicos, descentralizando a cultura, aproximando a comunidade a sua ancestralidade. A banda já recebeu Menção Honrosa e também elas já participaram de eventos em parceria com a Sanepar em diversos espaços e projetos culturais celebrando o mês da Consciência Negra. No Palco Difusor, as Princesas trouxeram o swing do axé, do samba reggae promovendo autoestima e o protagonismo de mulheres pretas. De acordo com as integrantes da banda, houve um grande crescimento musical.
Juliana Linhares e Josyara. Fotografia de Elisa Mendes.
Nomes de destaque da música contemporânea brasileira, dupla é atração de julho em projeto realizado no Teatro do Paiol
Duas das mais celebradas artistas da música brasileira se uniram para criar um show cheio de beleza, potência e poesia. A potiguar Juliana Linhares e a baiana Josyara trazem a Curitiba essa parceria inédita, em show na edição de julho do projeto Brasis no Paiol. O encontro será no dia 18 de julho, quinta-feira, às 20h, no Teatro do Paiol. Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) e serão vendidos pela plataforma pixta.me a partir de 01 de julho, às 7h.
O primeiro encontro das duas artistas no palco aconteceu há oito anos. “Cantamos pela primeira vez em Salvador. Isso foi em 2016, no show do Pietá, projeto do qual a Juliana faz parte. De lá pra cá, foram muitos encontros musicais em palcos, vida e amizade”, relembra Josyara.
Para o Brasis no Paiol, o show terá canções de ambos os trabalhos autorais, além de algumas releituras que ligam artisticamente Juliana Linhares e Josyara.
Juliana Linhares Cantora, compositora e atriz potiguar, lançou em 2021 seu álbum de estreia, “Nordeste Ficção”. Artista nascida em Natal, Juliana foi viver no Rio de Janeiro em 2010, mudança que deu a ela um lugar de observação privilegiado a respeito dos clichês com que o resto do país enxerga o Nordeste. Com o sucesso do álbum, a faixa “Bombinha”, foi trilha sonora da novela “Mar do Sertão”, da Rede Globo, que contou também com participação de Juliana Linhares como atriz em um dos capítulos. A música também foi regravada no último álbum de Daniela Mercury, lançado para o carnaval de 2022. Em 2023, a faixa “Balanceiro” tornou-se tema da personagem de Juliana Paes no remake de “Renascer”.
Josyara Cantora, compositora, instrumentista e produtora musical natural de Juazeiro, no interior da Bahia, Josyara traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano e sua história, embaladas por um violão percussivo e potente. Em 2018, lançou seu primeiro disco, “Mansa Fúria”, pelo Edital da Natura Musical, sendo um dos discos mais elogiados do ano pela imprensa musical e que lhe rendeu as indicações para melhor disco do ano pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) e Revelação do Ano, no Prêmio Multishow. Em 2020, em parceria com Giovani Cidreira lançou “Estreite (Joia Moderna)”. Em 2022, a artista lançou seu segundo disco solo pela Deck Music, “ÀdeusdarÁ”.
Confira as próximas datas do Brasis no Paiol 2024: – 15 de agosto: Dharma Jhaz (PR) – 12 de setembro: Kiko Dinucci (SP)
Brasis no Paiol O projeto Brasis no Paiol é uma iniciativa cultural realizada desde 2012 em Curitiba pela produtora Bina Zanette (Santa Produção) e pelo produtor Heitor Humberto (Fineza Comunicação e Cultura). Com mais de 140 shows apresentados desde sua primeira temporada com artistas de diferentes regiões do país, é um dos projetos musicais independentes em atividade mais longevos do Brasil, consolidando-se como importante veículo de divulgação de trabalhos contemporâneos independentes e de formação de público em Curitiba.
Em 2024, o Brasis no Paiol conta com o apoio do mandato Maria Leticia, Effex – Tecnologia e Criação, restaurante Na Casa Delas, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.