FANZINE GRRRLS LAB PROMOVE FEIRA DE TROCA DE IMPRESSOS

O objetivo do evento é fomentar o intercâmbio de publicações no formato zine

Após a conclusão de um ciclo de vivências coletivas, o Fanzine Grrrls Lab, laboratório aprofundado de estudo, pesquisa e produção em zinagem, encerra suas atividades neste sábado (7), promovendo uma Feira de Troca de Zines. A atividade acontece a partir das 15h na Casa da Leitura Wilson Bueno (Avenida República Argentina, 3432).

O objetivo da feira é apresentar as criações desenvolvidas pelas pessoas participantes ao longo dos encontros da oficina. E mais: valorizar, especialmente, a cena fanzineira curitibana, bem como agentes que exploram o modo “faça você mesmo” de produzir e fazer circular arte. O evento visa promover o formato zine e estimular o escambo de autopublicações entre as pessoas participantes do laboratório com o público geral. A prática da troca é comum na cena underground, o que fomenta o intercâmbio não só de impressos, como também de ideias entre artistas e pessoas interessadas.

“Em Curitiba, as feiras de livros, impressos e produções gráficas são muito comuns e movimentam a cidade em torno da literatura e das artes visuais. Mas, quando se pensa em um espaço voltado apenas às zines, a gente ainda percebe uma grande lacuna”,
comenta Daniele Rosa, escritora, artista-zineira e uma das mediadoras do Fanzine Grrrls.

Realizado entre os meses de setembro e novembro de 2024, o laboratório foi uma experiência voltada a mulheres e pessoas não binárias de Curitiba, desenvolvida pelas artistas e pesquisadoras em zinagem Emanuela Siqueira e Hell, além de Daniele.

“Do it yourself!”

A fanzine é um formato de mídia independente e democrática, realizada com poucos recursos e em tiragens reduzidas, para circular entre um público interessado em determinado assunto. Entusiasta da cena zineira desde os 15 anos de idade, Emanuela
afirma que promover a zine enquanto plataforma acessível é fomentar a potência de ocupar os espaços com a arte. “É também potencializar a voz autoral de pessoas que não teriam condições de publicar seus trabalhos ou de quem prefere a liberdade estética frente às caretices do mercado editorial”, completa.

“Mesmo a zine sendo tão democrática, eu não achava que era pra mim. Por cobranças excessivas, procrastinação, perfeccionismo. Quando vi a oportunidade do lab, vibrei e, logo no primeiro encontro, fiquei inspiradíssima”, conta Acácia Freire, umas  das participantes. A partir do laboratório, a publicitária desenvolveu “Saber Odara”, zine que reúne recortes, fotos, escritos e dobraduras para falar sobre a experiência de conhecer
Salvador/BA sozinha. “Foi um processo terapêutico, complexo, mas muito divertido e gratificante”.

Além da zine de Acácia, a feira apresenta produções de outras 15 artistas, que transitam entre críticas de filmes, discos e cafés, discussões sobre gênero e sexualidade até histórias sobre freiras, sonhos e cinzas. Não haverá comercialização de fanzines, a fim
de endossar o movimento da troca. Além disso, durante a feira, acontece um bate-papo entre ministrantes, participantes e público, para partilha de processos criativos.

Com realização da Canô Produções e apoio cultural da Itiban Comic Shop e do Manifesto Cafe, Fanzine Grrrls Lab é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Serviço:
Feira de Troca de Zines | Fanzine Grrrls Lab
07/12 (sábado), a partir das 15h
Casa da Leitura Wilson Bueno | Portão Cultural
Avenida República Argentina, 3432 – Portão, Curitiba
Entrada franca

Ficha técnica:
Daniele Rosa e Emanuela Siqueira | ministrantes
Hell | consultoria em acessibilidade
Anna Carolina Azevedo | produção executiva e coordenação de projeto
Natasha Tinet | design gráfico

 

JULIA RAIZ E RONIE RODRIGUES PROPÕEM JOGOS DE CRIAÇÃO PARA REPENSAR A PALAVRA BRASIL

Oficina com Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Crédito foto: Jessica Stori

Projeto dos artistas vai promover oficinas de escrita poética em várias regionais de Curitiba

Estão abertas as inscrições para as duas primeiras edições de “Palavra Brasil: jogos de escrita”, um ciclo de oficinas de criação literária ministradas pelos artistas Julia Raiz e Ronie Rodrigues. Até dezembro de 2024, serão realizadas seis oficinas gratuitas em diversas casas de leitura de Curitiba.

O projeto tem início nos próximos dias 30 e 31 de agosto, atendendo pessoas frequentadoras da Casa da Leitura Miguel de Cervantes, na Praça da Espanha. Já nos dias 5 e 6 de setembro, a oficina chega ao bairro Portão, na Casa da Leitura Wilson Bueno, dentro das instalações do Portão Cultural. As inscrições podem ser realizadas por meio do formulário digital, acessível a partir deste link, e também diretamente nas casas da leitura.

A dinâmica de “Palavra Brasil” parte da utilização de jogos de escrita como ferramenta para explorar a relação dos participantes com o território chamado Brasil, abordando temas como nação, língua, identidade e pertencimento. A proposta convida os participantes a experimentar a escrita de forma coletiva, incentivando a criatividade e o envolvimento com a literatura.

Um dos intuitos da iniciativa é o de descentralizar o acesso a ações de formação em literatura, contribuindo para o desenvolvimento da cena literária em regiões não centrais de Curitiba. Ao longo de sua execução, “Palavra Brasil” deve passar pelos bairros Bigorrilho, Cajuru, Pinheirinho, Portão, Santo Inácio e Uberaba.

“O projeto tem o potencial de ampliar o acesso à formação de pessoas leitoras e escritoras da comunidade curitibana e atende às políticas públicas culturais da nossa área”, partilha Julia Raiz que, ao lado de Ronie Rodrigues, assina a proposta.

Os dois são integrantes da Membrana, um ajuntamento de pessoas que escrevem em Curitiba. Com o coletivo, ambos participaram da antologia “Chão Brasil”, de 2023. Como ação de contrapartida social da publicação, realizaram a oficina “Ficção Brasil”, primeira imersão da dupla em propostas de escrita criativa a partir do corpo e suas ressonâncias. Do sucesso da empreitada, surgiu o atual “Palavra Brasil”, com a intenção de ampliar o rastro da parceria a outros recortes de público.

Sobre as pessoas ministrantes
Julia Raiz (1991) é um dos grandes nomes da literatura contemporânea em Curitiba. Trabalhadora da escrita, tem sua atuação marcada pela criação e articulação coletiva. É doutora em literatura (UFPR) com recorte específico em estudos feministas da tradução. Publicou  “p/ vc” (7Letras, 2019), “cidade menor” (editora Primata, 2020), “Terceiro mistério” (Lola Frita Lab, 2022) e “Metamorfoses do Sr. Ovídio” (editora Arte & Letra, 2022). Em 2023, “diário: a mulher e o cavalo”, seu livro de estreia, foi relançado pela Telaranha Edições.

Ronie Rodrigues (1985) é escritor e pesquisador em Dança Contemporânea. Atua como bailarino/pesquisador dos projetos/espetáculos “Pão com Linguiça”, “Cachaça sem rótulo”, “De maçãs e Cigarros” e “Swingnificado”. Já nas linhas da literatura, publicou “Apagar histórias com a língua (2020)” e “Roubar os mortos, lamber os vivos” (2023), ambos pela Editora Urutau. Em 2024, lançou o aclamado “João”, livro-performance também editado pela Telaranha.

Serviço:
“Palavra Brasil: jogos de escrita”
Com Julia Raiz e Ronie Rodrigues

PALAVRA I: Casa da Leitura Miguel de Cervantes

Datas: 30 e 31 de agosto (sexta e sábado)
Horário: das 9h às 13h
Local: Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1238 (Praça da Espanha)

PALAVRA II: Casa da Leitura Wilson Bueno
Datas: 5 e 6 de setembro (quinta e sexta)
Horário: das 14h às 18h
Local: Avenida República Argentina, 3430 (Portão Cultural)
Vagas: 20 (vinte) por edição
Público-alvo: pessoas com mais de 16 anos interessadas em escrita

Oficinas Gratuitas!

A participação nas oficinas está sujeita à seleção, conforme o limite de vagas disponíveis. Para mais informações, visite instagram.com/membranaliteraria ou envie um e-mail para palavrabrasil2024@gmail.com

COM INÍCIO NESTA QUINTA-FEIRA (20), FIMS REÚNE AGENTES DA PRODUÇÃO MUSICAL NACIONAL E INTERNACIONAL EM CURITIBA

crédito foto: Nicolas Salazar

A terceira edição da Feira Internacional da Música do Sul – FIMS traz neste ano além da programação diversos shows no ‘Circuito Off’

Entre os dias 20 e 22 de junho, o Portão Cultural, em Curitiba, recebe a terceira edição da Feira Internacional da Música do Sul – FIMS. Considerado um dos principais eventos de negócios do setor musical no sul do país, além da programação oficial, a Feira apresenta diversos shows nos espaços culturais da cidade. 

Neste ano, palestras, mesas, debates, rodadas de negócios, showcases e o circuito off, atraem o público e diversos agentes da cadeia produtiva da música nacional e internacional.

Em 2019, as inscrições nos showcases superaram a edição passada. Para o desempate, foi utilizado o critério de distribuição geográfica com foco na região sul.

Entre os selecionados estão, A Banda Mais Bonita da Cidade (Curitiba), Janine Mathias (Curitiba), Caburé Canela (Londrina), Dandara Manoela (Santa Catarina), Yangos (Rio Grande do Sul), Modernas Ferramentas Científicas de Exploração (Rio Grande do Sul), MARTTE (São Paulo) e o rapper Sucio Bang (Colômbia).

Neste ano, duas palestras compõem a grade. A diretora de pesquisa do DATA SIM (núcleo de pesquisa da SIM São Paulo), Dani Ribas retrata a importância de dados e informações confiáveis para o desenvolvimento do mercado da música.

O diretor de design estratégico da Rizoma Aceleradora de Projetos Culturais, Iuri Freiberger, traz a discussão sobre o desenvolvimento de novas formas do design para projetos criativos no mercado da música.

Ao todo, seis temáticas englobam as mesas tendo como pano de fundo o contexto da tecnologia. Com destaque para as mesas sobre ‘o papel da pesquisa musical na era da infobesidade’, ‘ dificuldades de se lançar um álbum independente’ e ‘música brasileira no exterior’.

Entre artistas, jornalistas e produtores participam, Lio Soares (Tuyo), Pena Schmidt (Lista das Listas), Fer Isella (Limbo Music / SoL Madrid), Fabi Pereira (Papo de Música / FARO), Tony Ayex (Tenho mais discos que Amigos), Melina Hickson (Porto Musical), David McLoughlin (Brasil Calling), Filip Košťálek (Festival Colours) e outros.

No eixo profissionalizante da FIMS, seis cursos de curta duração trazem diversos especialistas do mercado da música, entre eles, a gerente de marketing da Habro Music, Renata Gomes; os produtores, Alec Haiat e Samuel Galdino do Projeto Suspechos; o produtor musical e proprietário do Grupo UN Music, Barral Lima; os produtores do Centro Europeu/AIMEC, Alonso Figueroa e Danilo Bencke (AIMEC); a brand da agência Talquimy, Tathy Moura e o curador e programador do espaço Agulha (RS), Guilherme Thiesen Netto.

No complexo do Portão Cultural, a Casa da Leitura Wilson Bueno será o espaço dedicado para a troca de ideias entre os profissionais de entidades do Sesi Cultura (PR), DaleGig, Sarau As Mina Tudo (SP), Soundscape, Tenho mais discos que Amigos e Rádio Butiá Brasil.

Além da programação oficial no Portão Cultural, após as atividades, acontecem paralelamente em diversos espaços da cidade, os shows com Lemoskine (PR), Leo Fressato (PR), Fernando Lobo (PR), Thaïs Morell (PR), Janine Mathias (PR), Kia Sajo (SC), Bananeira Brass Band (PR), Cida Airam (PR), Trabalhos Espaciais Manuais (RS) e DJ Manoel Canepa (RS).

Para os interessados em participar de todas as atividades da FIMS, o  credenciamento deve ser feito pela plataforma do Ingresso Nacional (a partir de R$40). Confira a programação detalhada no site oficial: fims.com.br

Serviço:

3ª Feira Internacional do Música do Sul
Onde: Portão Cultural –  Av. Rep. Argentina, 3.432 – Portão, Curitiba
Quando: Entre os dias 20 e 22 de junho de 2019
Site: fims.com.br

O PROJETO NARRATIVAS ITINERANTES INCENTIVA A LEITURA E A NARRAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS EM ESPAÇO PÚBLICOS DE CURITIBA

Serão 20 oficinas, 4 saraus e mais 350 encontros de contações de histórias promovidas pelo Circuito Cultural Ademilar

As crianças moradoras da periferia são o foco principal do projeto Narrativas Itinerantes, promovido pelo Circuito Cultural Ademilar, com oficinas, contações de histórias e saraus que passarão por todas as regiões de Curitiba. A primeira delas, o encontro de contação de histórias começa no próximo dia 07 de julho, na Casa da Leitura Wilson Bueno no Portão Cultural e vai até 24 de novembro, sempre aos sábados. A classificação é livre e a entrada é gratuita.

O projeto entende a contação de histórias como uma ponte que aproxima as pessoas da literatura. De fácil acesso e baixo custo, é um estímulo para que a comunidade se mobilize para compartilhar histórias e movimentar as Casas da Leitura de Curitiba.

Contação de Histórias
As contações de histórias utilizam três abordagens diferentes: o livro em mãos, a história decorada e o reconto ー a reconstrução oral de um texto já existente. Ao término o participante tem a oportunidade de levar consigo os livros apresentados, que serão emprestados nas Casas de Leitura.

Os encontros duram cerca de uma hora e, segundo a idealizadora do projeto, Fabiane de Cezaro, os contos selecionados foram escolhidos a partir da versatilidade literária: “A curadoria de histórias foi realizada por profissionais com vasta experiência no trabalho de incentivo à leitura, dentro de Curitiba e em outras cidades do Paraná”, afirma Cezaro. Foram indicados autores como Luís da Câmara Cascudo, Malba Tahan e Ricardo Azevedo, entre outras versões e releituras de contos populares.

Os mais de 350 encontros de contação serão divididos entre as 10 regionais de Curitiba. Além disso, 5 deles acontecerão dentro de Casas de Leituras: espaços públicos que visam aumentar o índice de leitura em crianças, jovens e adultos.

Até o dia 24 de novembro, durante todos os sábados acontecerão contações na Casa da Leitura Wilson Bueno, no Portão Cultural. Todas abertas ao público.

Saraus
Organizados pela Inominável Companhia de Teatro, serão realizados quatro saraus literários, que têm como objetivo democratizar o acesso a literatura e divulgar o trabalho dos artistas das comunidades. Logo após as apresentações programadas, o espaço fica aberto para quem quiser compartilhar suas próprias narrativas.

Os saraus acontecerão nas regionais Matriz, Portão, Santa Felicidade e Boa Vista, todos abertos à comunidade.

Oficinas
O projeto Narrativas Itinerantes conta ainda com a realização de 20 oficinas, que têm a finalidade de explorar a arte da narrativa por meio da contação de histórias.

A proposta das oficinas é possibilitar os meios práticos para explorar a palavra como forma de se aproximar do ouvinte. Segundo Fabiane de Cezaro, uma das ministrantes da oficina, a ação é importante pois cria uma familiaridade entre o contador e a narrativa. “Isso possibilita uma apresentação mais sincera e orgânica, que permite alcançar o público mais intimamente”, explica.

As oficinas serão ministradas pelas contadoras de histórias Lilyan de Souza e Fabiane de Cezaro, têm duração de 4 horas e são destinadas a professores e pessoas interessadas em aprender a arte da contação de histórias.

Circuito Cultural Ademilar
Narrativas Itinerantes é uma das apostas da segunda edição do Circuito Cultural Ademilar, uma iniciativa que fomenta a cena artística da cidade e incentiva cerca de 20 projetos de música, arte, teatro e dança. O projeto foi viabilizado via Lei do Mecenato Municipal pela Ademilar, uma das maiores incentivadoras da área privada de Curitiba.

Serviço:
Contação de História – Narrativas Itinerantes
De 07 de julho a 24 de novembro
Horário: 15h
Local: Casa da Leitura Wilson Bueno – Portão Cultural
Entrada gratuita