NO SÁBADO, FESTIVAL DE ETNIAS VAI DEBATER DIVERSIDADE ÉTNICA, IMIGRAÇÃO E O DRAMA DOS REFUGIADOS

No Brasil, haitianos enfrentam hoje problemas similares aos que enfrentavam os imigrantes do século XIX. Foto: Brunno Covello.

Em 2017, pela primeira vez o Festival Folclórico de Etnias vai deixar por um momento os palcos do Teatro Guaíra para se concentrar em um debate sobre um tema bastante contemporâneo: as atuais ondas de imigração no Brasil e no mundo e o drama dos refugiados.

Para ficar apenas em um recente e chocante alerta emitido pela ONU, hoje existem aproximadamente 50 milhões de crianças deslocadas no mundo, das quais 28 milhões foram expulsas de suas casas por conta de conflitos armados, e tem necessidade urgente de ajuda humanitária e acesso a serviços essenciais.

“São crianças que, se não receberem suporte, tem forte potencial vulnerável a degradações sociais, como violência, drogas, terrorismo”, avisa Élisson de Souza e Silva, mestre em filosofia e produtor cultural, que será o mediador do debate.

A mesa acontece no sábado, 8, às 16h30, no Memorial de Curitiba. A entrada é gratuita. Também participam o professor de sociologia e estudioso da imigração Márcio Sérgio de Oliveira, a presidente da Associação Interétnica do Paraná (Aintepar), Blanca Hernando Barco, o repórter fotográfico Bruno Covello, que retratou a imigração haitiana no Brasil, e o professor de antropologia Lorenzo Gustavo Macagno.

O Festival Folclórico de Etnias é uma realização da Aintepar, em parceria com a Trento Edições Culturais e a Universidade Livre da Cultura (Unicultura).

Agora como antes
A discriminação enfrentada pelos expatriados é uma constante na história do mundo e do Brasil. “Os primeiros imigrantes, quando chegaram aqui, enfrentaram problemas similares aos que os haitianos enfrentam agora”, afirma Élisson.

Nesse aspecto, uma das principais características é que essas comunidades acabam ficando reclusas, pouco interagindo com o local onde vivem.

Os poloneses, por exemplo, são de longe a mais numerosa etnia a se estabelecer no Paraná – estima-se que cerca de 70 mil tenham chegado aqui a partir de 1870 –, mas não passaram incólumes ao processo de adaptação à nova terra. Hoje, Curitiba é conhecida como a “capital polaca do Brasil”, mas dentro da cidade a etnia tem certa invisibilidade, na avaliação do professor Márcio Sérgio de Oliveira. “A gente não tem um restaurante polonês na cidade, se você parar para pensar. Já os italianos têm um bairro gastronômico inteiro”, exemplifica. “E os dois grupos começaram a chegar aqui mais ou menos ao mesmo tempo, com os poloneses em muito maior número”, continua.

Diferentes povos migrantes que se estabelecem em uma mesma região também podem acabar criando conflitos. “Alemães e italianos nunca se bicaram muito”, exemplifica Márcio Sérgio.

Outro exemplo envolve mais uma vez os poloneses, que quando aqui chegaram, fugindo da fome e da opressão na terra de origem, encontraram outras etnias já estabelecidas. Com os alemães, tinham uma animosidade histórica, o que foi os tornando mais isolados.

Os reflexos disso podem ser facilmente percebidos hoje. O fato de as comunidades de imigrantes que se fixaram em Curitiba a partir do século XIX interagirem pouco entre si – até por não falarem a mesma língua – contribuiu para reforçar um dos traços tidos como mais marcantes na cultura curitibana: o caráter “frio” e “fechado” de seus habitantes. “Os imigrantes são responsáveis por nossa diversidade cultural, pujança econômica e variedade de produção agrícola, mas o caminho até isso não foi fácil”, destaca Márcio Sérgio.

Dentro desse quadro, a manutenção de tradições folclóricas pode ser o único elo que resta entre o expatriado e sua terra de origem. “O imigrante é quase sempre alguém que perdeu a identidade. Ele é um estranho onde vive e será um estranho também se voltar para o seu lugar natal. Talvez o folclore, essa nostalgia, seja tudo que lhe resta”, finaliza Élisson de Souza.

Serviço
Debate: diversidade étnica, imigração e refugiados.
Sábado, 8 de julho, às 16h30.
No Memorial de Curitiba, R. Dr. Claudino dos Santos, 79 – São Francisco, Curitiba
Entrada gratuita.
Os ingressos devem ser retirados 30 minutos antes, na bilheteria do teatro.

TERÇA FEIRA É DIA DE “SAMBA DO COMPOSITOR PARANAENSE” NO TUC

Olá, povo do samba. Estamos aqui para lembrá-los que terça-feira é dia de samba autoral em Curitiba. É o projeto Samba do Compositor Paranaense apresentando sua 225˚ roda.

Fica aqui o convite para todos os apreciadores, músicos e compositores de samba, a fim de que fortaleçam a cena autoral local.

A roda acontece nesta terça-feira (04/07), no TUC (Teatro Universitário de Curitiba), na travessa Nestor de Castro s/n, galeria Júlio Moreira (centro da cidade) e tem início às 20h.

PRAZO PARA INSCRIÇÕES NO SEGUNDO EDITAL DO PROFICE É ESTENDIDO ATÉ QUARTA-FEIRA (05/07)

Proponentes têm até a próxima quarta-feira, dia 5 de julho, para inscrever seus projetos

A Secretaria de Estado da Cultura estendeu até as 17h50 da próxima quarta-feira (05/07) o prazo para inscrição de projetos no Edital Nº 001/2017 do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná (PROFICE). Previsto para encerrar no dia 29 de junho, o prazo foi prorrogado em razão da grande demanda de pedidos por parte dos proponentes. O aviso de prorrogação foi publicado nesta quarta-feira (28/06), no Diário Oficial do Estado Nº 9974. As orientações para a inscrição de projetos estão disponíveis AQUI.

De acordo com a Coordenação de Incentivo à Cultura (CIC), responsável pela condução do Profice, a medida tem como objetivo prioritário evitar prejuízos aos proponentes que estão inscrevendo suas propostas no Sistema de Informação da Cultura (SISPROFICE), considerando que, até o presente momento, a maioria dos projetos contabilizados pelo sistema ainda estão em composição, ou seja, não foram finalizados e enviados.

Outro ponto considerado pela CIC foi relativo ao grande volume de atendimentos a proponentes que ainda têm dúvidas nesta semana. O aumento do prazo vai possibilitar esclarecer todos os questionamentos e auxiliá-los para que consigam enviar seus projetos da forma correta e em tempo.

Segundo edital do Profice – Podem apresentar projetos os agentes culturais domiciliados ou estabelecidos no Estado do Paraná há no mínimo dois anos e também pessoas jurídicas de direito privado, que tenham como objeto atividades artísticas e culturais, domiciliadas ou estabelecidas no Paraná há no mínimo dois anos. O interessado deve fazer o cadastramento e manter atualizados os dados no Cadastro de Agentes Culturais do Estado.

Os projetos podem ser da área de Artes Visuais; Audiovisual; Circo; Dança; Literatura, Livro e Leitura; Música; Ópera; Patrimônio Cultural Material e Imaterial; Povos, Comunidades Tradicionais e Culturas Populares; e Teatro. Pelo edital estão previstas três faixas de abrangência para realização do projeto: em municípios com até 50 mil habitantes; em cidades entre 50.001 a 150 mil habitantes e com mais de 150 mil habitantes. Também estão previstas quatro faixas orçamentárias que variam de projetos com valores até R$ 50.000,00 a R$ 750.000,00.

Para incentivar os proponentes a realizar atividades culturais em municípios menores, de até 50 mil habitantes, o edital propõe uma redistribuição dos percentuais dos recursos, aplicando 40% do total na primeira faixa de distribuição. Neste segundo edital também foram revistos alguns critérios para pontuação dos projetos enviados, com valorização da adequação orçamentária e do currículo dos profissionais envolvidos nos projetos.

O Profice permite o financiamento de 100% dos valores aprovados para os projetos selecionados e não veda a obtenção de recursos de outras fontes de incentivo direto ou indireto.

Exigências – Os projetos culturais deverão observar os objetivos de promover a criação, a formação, a produção, a manutenção, a difusão e a circulação artística e cultural; a preservação, a pesquisa e a difusão do patrimônio histórico, artístico e cultural; e, ainda, o estímulo ao acesso dos bens e valores culturais. Os projetos deverão apresentar, obrigatoriamente, pelo menos duas contrapartidas com vistas à democratização de acesso.

Serviço:
Prorrogado prazo de inscrições para o segundo edital do Profice
Prazo: 10 de maio a 5 de julho de 2017
Edital: CLIQUE AQUI
Mais informações: Coordenação de Incentivo à Cultura: (41) 3321-4733, 3321-4706, das 9h às 18h, ou pelo e-mail profice@seec.pr.gov.br
Fonte: SEEC

A MUSICOTECA

musicoteca oferece um catálogo de publicações com um “panorama” da produção musical brasileira dos últimos quinze anos. Sua curadoria é particular e conta com uma seleção de colaboradores de diversas localidades do Brasil e seus contatos com a música, os espaços e seus estimuladores e produtores. Essa amostragem é uma seleção baseada em suas vivências com os lugares, as histórias e suas experiências no encontro com a música.

Nesta plataforma de música você encontra álbuns e músicas de vários artistas para ouvir gratuitamente.

Muita gente talentosa hein: Estrela Leminski e Téo Ruiz, Iria BragaLeo FressatoSimonamiRubele/ouSiricutico, entres tantos outros.

Confira o site, aqui
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CONVERSA SOBRE “CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA PROJETOS CULTURAIS”

Dia 30 de Julho  (DAQUI 1 MÊS) acontece no Espaço de Arte, uma conversa sobre Captação de recursos para projetos culturais, com Simone Nunes da Saui Cultural.

Simone Nunes, vem ao Espaço de Arte conversar sobre os diversos benefícios fiscais, como renúncia no Imposto de Renda, ICMS, ISS e IPTU entre outras diversas formas de captação para projetos culturais. Além de dividir com o público presente, sua experiência à frente da Sauí Produções, atuando como interlocutora e facilitadora entre investidores e idealizadores de projetos.

A entrada é gratuita mediante inscrição através do e-mail: espacodearte@espacodearte.com.br ou do telefone 41-30156320

• Data: 03 de Julho
• Horário: 19:30h às 21:30
• Local: Espaço de Arte
• Endereço: Rua Alberto Folloni, N° 1534 – Ahú, Curitiba
• Telefone de contato: 41-30156320
• Inscrições: espacodearte@espacodearte.com.br
e 41-30156320 
• Iocal: Espaço de Arte – Artes Visuais e Cinema

Confira a página do evento, aqui

CAIXA CULTURAL CURITIBA RECEBE MATHEUS NACHTERGAELE EM PROCESSO DE CONSCERTO DO DESEJO

Ator usa a poesia de sua mãe, a escritora Maria Cecília Nachtergaele, para explorar as palavras conserto e concerto: “Quero consertar meu desejo com poesia, num concerto.”

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 21 a 25 de junho, o espetáculo Processo de Conscerto do Desejo, com o ator e diretor Matheus Nachtergaele. A peça é uma homenagem a sua mãe, Maria Cecília Nachtergaele, que faleceu em 1968. No palco, ele recita os textos da poetisa, em primeira pessoa, acompanhado do músico Luã Belik (violão) e do violinista Henrique Rohrmann.

A peça estreou em julho de 2015, no Festival de Teatro de Ouro Preto e Mariana e tem emocionado o público nas cidades por onde passou, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Fortaleza, Brasília, Paraty, Uberlândia, Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, entre outras.

A construção do espetáculo, segundo o ator e diretor, acontece diante do público: “Preciso das pessoas como observadores emocionados. Quero ir consertando meu desejo de acordo com essa emoção, dia após dia. Como na vida. Como no teatro. Isso, só o teatro pode nos trazer”, diz Matheus.

Conserto e Concerto
Matheus Nachtergaele observa que poucas palavras se confundem tanto em nossa língua quantos ‘concerto’ e ‘conserto’. “Aqui, elas se mesclam vertiginosamente. Quero consertar meu desejo com poesia, num concerto”, diz ele.

O ator explica: “minha mãe faleceu quando eu era um bebê de três meses. Dela, me restaram seus poemas, lindos e maduros, escritos de uma jovem mulher moderna e triste, e essa veia que me marca a testa quando rio ou choro muito. Em Processo de Conscerto do Desejo, acompanhado pelo jovem violonista Luã Belik, direi finalmente os poemas que guardei nos olhos e na alma como única herança dela. O espetáculo é simples assim: um homem (que por acaso é um ator) diz no palco as palavras escritas por sua mãe. Um violão (não por acaso, pois Maria Cecília amava os violões) o acompanha. É só isso, se isso for pouco”.

Matheus Nachtergaele / Foto: Marcos Hermes

Sobre o ator
Matheus Nachtergaele é um ator e diretor com intensa atuação no teatro, cinema e televisão. Iniciou sua carreira teatral com o cultuado diretor paulista Antunes Filho, em 1989. No ano seguinte, ingressou na Escola de Arte Dramática (USP-SP), e logo estreou nos palcos profissionalmente. Com o Teatro da Vertigem o grupo, fundado em 1992 e dirigido por Antônio Araújo, protagonizou os espetáculos ‘Paraíso Perdido’ e ‘O Livro de Jó’, recebendo por estas atuações prêmios de melhor ator, entre eles os prêmios Shell, Mambembe e APCA. Em seguida, atuou nos espetáculos Da Gaivota, Woyzzeck e A Controvérsia, todos premiados e bem recebidos pelo público e pela crítica especializada.

Nos cinemas, estreou sob a direção de Bruno Barreto, em 1997, com o filme O que é isso, Companheiro?. Desde então, Matheus atuou em cerca de 30 longas-metragens, como Central do Brasil e O Primeiro Dia, de Walter Salles Jr; O Auto da Compadecida e O Bem Amado, de Guel Arraes; Cidade de Deus, de Fernando Meirelles; e Amarelo manga, Baixio das Bestas e Febre do Rato, de Claudio Assis. Por estes e outros trabalhos recebeu inúmeros prêmios como ator, incluindo APCAs, dois Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e outros muitos em Festivais de Cinema, como o Cine PE, Cine Ceará, e Festival do Rio.

Sua estreia cinematográfica como roteirista e diretor foi em 2008, com o longa-metragem A Festa da Menina Morta’, exibido na mostra Un Certain Règard, na Seleção Oficial do Festival de Cannes. O filme recebeu diversos prêmios em várias categorias em festivais de cinema no Brasil e no exterior. E no conceituado Festival de Chicago, no Festival de Cinema de Gramado e no Festival do Rio, Matheus Nachtergaele recebeu o prêmio de Melhor Diretor.

Na televisão, destacam-se trabalhos como Hilda Furacão, Os Maias, Decamerão, Ó Paí, ó!, Da Cor do Pecado, América, Cordel Encantado e no remake de Saramandaia, estrelando como o Seu Encolheu.

Serviço:
Teatro: Processo do Conscerto do Desejo
Local: CAIXA Cultural Curitiba, Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR)
Data: 21 a 25 de junho de 2017 (quarta a domingo)
Horário: quarta-feira a sábado, às 20h. Domingo, às 19h
Ingressos: vendas a partir de 17 de junho (sábado). R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sábado, das 12h às 20h, e domingo, das 16h às 19h)
Classificação etária: não recomendado para menores de 16 anos
Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Informações e entrevistas:
Fabiana – (41) 9 8403.1653
fabiana.fernandes@grupoinforme.com.br

Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Curitiba (PR)
(41) 3544-5641
www.caixa.gov.br/imprensa | @imprensaCAIXA
www.caixa.gov.br/cultura

PRÊMIO DE CULTURAS POPULARES: MINC OFERECE 500 PRÊMIOS DE R$ 10 MIL PARA OBRAS DE CULTURA POPULAR


O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, lançou  o Edital Culturas Populares Leandro Gomes de Barros. Serão premiadas 500 iniciativas que fortaleçam as expressões culturais populares brasileiras, retomando práticas populares em processo de esquecimento e que difundam as expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem. Exemplos dessas iniciativas são o Cordel, a Quadrinha, o Maracatu, o Jongo, o Cortejo de Afoxé, o Bumba-Meu-Boi e o Boi de Mamão, entre outros. Só não estão incluídas Culturas Indígenas, Culturas Ciganas, Hip Hop e Capoeira, por já serem objeto de editais específicos lançados pelo MinC. As inscrições já estão abertas e seguem até 28 de julho.

Durante o evento de lançamento, o ministro da Cultura interino, João Batista de Andrade, lembrou a época de crise vivida no País, salientou que a cultura não deve ser vítima dela e falou sobre a importância da cultura popular brasileira. “A base fundamental da nossa vida é a cultura que nasce do povo e que se manifesta ali. Tem uma intensidade muito grande, além de ter grande capacidade de revelar a vida brasileira. A literatura de cordel é um fenômeno raro no mundo, tão popular com tantos autores, que movimenta uma indústria”, exemplificou.

Este é o primeiro edital de cultura popular lançado pelo Ministério da Cultura desde 2012. Segundo a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Débora Albuquerque, há uma preocupação da Pasta em manter viva e em preservar as manifestações culturais populares, os saberes populares e os seus mestres. “É o maior edital da cultura popular em número de prêmios e isso só reflete a preocupação do MinC em preservar a cultura popular, incentivar os fazedores de cultura popular e reconhecer o trabalho desses mestres, grupos e comunidades”, afirmou.

A secretária explicou ainda que, ao promover iniciativas como este edital, o Estado brasileiro dá importante passo no reconhecimento do protagonismo de mestres e mestras praticantes das culturas populares. “O incentivo à participação social de representantes desse segmento na elaboração de políticas públicas de cultura e o acesso a recursos públicos é outro passo na garantia de seus direitos culturais”, destacou.

Das 500 premiações, 200 serão destinadas a pessoas físicas, outras 200 a coletivos culturais sem constituição jurídica, 80 a pessoas jurídicas sem fins lucrativos e com natureza ou finalidade cultural e 20 a herdeiros de mestres já falecidos (In Memorian), em homenagem à dedicação do trabalho voltado aos saberes e fazeres populares e às expressões culturais, com reconhecimento da comunidade onde viveram e atuaram. Cada iniciativa selecionada receberá R$ 10 mil.

Inscrições

Cada candidato poderá apresentar apenas uma iniciativa para a seleção. As inscrições poderão ser feitas pela internet ou por via postal. Em caso de inscrição on-line, a documentação prevista no edital deverá ser preenchida, assinada e anexada ao Sistema de Acompanhamento às Leis de Incentivo à Cultura – SalicWeb.

Caso o candidato prefira realizar a inscrição por via postal, ela deverá ser enviada com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida para o endereço especificado no edital.

Para auxiliar candidatos a participarem da seleção, o MinC promoverá oficinas gratuitas e abertas ao público. Assim que as datas e locais forem definidos, o calendário será publicado no site do Ministério da Cultura.

Critérios de avaliação

Uma comissão de seleção será responsável pela avaliação das iniciativas na fase de classificação. Contará com, no mínimo, 20 membros, sendo 10 titulares e 10 suplentes e será composta por servidores públicos e representantes da sociedade civil.

Entre os critérios avaliados estão: contribuição sociocultural que o projeto proporcionou às comunidades; melhoria da qualidade de vida das comunidades a partir de suas práticas culturais; e impacto social e contribuição da atuação para a preservação da memória e para a manutenção das atividades dos grupos, entre outros.

Cultura popular

A cultura popular nasce do conhecimento, dos costumes e tradições de um povo. Expressa-se em saberes, fazeres, práticas e artes produzidos pela comunidade e pelos seus mestres e mestras. Dessa forma, o Edital busca premiar iniciativas já realizadas que envolvam as práticas dos saberes tradicionais no campo da música, cantos, danças e festejos, narrativas simbólicas, medicina popular, culinária, literatura, cordel, contos, formas de plantios, jogos e brincadeiras populares, entre outros.

As expressões culturais populares abarcam manifestações que fazem parte da própria identidade do País. A literatura de cordel, as quadrilhas juninas, o jongo, o maracatu e o bumba-meu-boi, festa folclórica tradicional brasileira, são alguns exemplos.

Homenagem a Leandro Gomes

O edital leva o nome de Leandro Gomes de Barros para homenagear o cordelista paraibano nascido em 1865, no município de Pombal (PB). Considerado o rei dos poetas populares do seu tempo, também foi chamado de “príncipe dos poetas”, em 1976, por Carlos Drummond de Andrade. Gomes morreu em 1918, no Recife.

Presente à cerimônia de lançamento do edital, Ione Severo, diretora da cordelteca Leandro Gomes de Barros, localizada em Pombal (PB), e pesquisadora da obra do cordelista há mais de 20 anos, observou que o homeageado do edital foi “o maior distirbuidor da literatura de cordel do Brasil”.

Em edições anteriores, foram homenageados o cineasta e ator Amácio Mazzaropi (2012) e a artesã, ceramista e bonequeira do Vale do Jequitinhonha mestra Izabel Mendes da Cunha (2009). Além disso, o edital fez tributo ao mestre maranhense Humberto Barbosa Mendes, por sua contribuição para a promoção de expressões culturais típicas de sua região, como o Bumba Meu Boi (2008), e o músico Mestre Duda, por seu papel de destaque na construção da história do frevo (2007).

fonte: Ministério da Cultura

EVENTO SOLIDÁRIO EFIGÊNIA ROLIM

“Efigênia Rolim dispensaria apresentações, mas para quem ainda não conhece lá vai:

Artista, mulher, brasileira, sem estudo adequado, mãe, esposa, cuidadora, religiosa, inquieta e sonhadora com seus 86 anos já encarou muitas lutas na vida, nossa amiga é boa no combate, mas ainda assim, está passando por mais um momento difícil. Ela está com os pulmões comprometidos e proibida pelos médicos de trabalhar com lixo reciclável, consequentemente sua situação financeira está abalada, também cuida de um filho que depende de cuidados especiais e está muito debilitado. Conhecida Rainha do Papel de Bala consagrada por ter seus trabalhos expostos em vários lugares do mundo se prepara para mais um marco na sua carreira: 08/06 Exposição no MON abertura do 66º Salão Paranaense. Essa jovem artista tardia alcança vôos cada vez maiores apesar de todas as dificuldades.


O objetivo desse evento é reunir o maior número de pessoas pra comprar os trabalhos de Efigenia, criar uma rede de Solidariedade com o propósito de valorizar o artista vivo, uma das melhores formas de fazer isso é comprando seus trabalhos.


Os trabalhos estarão expostos a partir do dia 10/06 na loja Camargo Arte, são gravuras, desenhos, objetos de arte, mobiles, livro, camiseta, etc… os valores são a partir de R$ 50,00. Será aceito como pagamento apenas dinheiro ou cheque, pois os valores serão repassados integralmente para a artista.


Vamos nos solidarizar? afinal como diz Hélio Leites amigo e parceiro artístico de Efigênia: Solidariedade não dói!!


Ultima coisinha: quem não puder colaborar com dinheiro ajude na divulgação, qualquer tipo de ajuda faz bem ao coração!

Gratidão.”

Serviço:
EVENTO SOLIDÁRIO EFIGÊNIA ROLIM
local: Camargo Arte, Rua Itupava, 644 – Alto Da XV, em Curitiba
data: Sábado, 10 de junho, das 10:00 às 16:00
Página do evento, aqui

LEITURA DEPOIMENTOS REAIS SOBRE PESSOAS FALSAS

Seis personagens com seus conflitos existenciais. Indivíduos subjugados por afecções que são relações sociais.

Elenco: Alanis Mahara, Bianca Lopes, Juliane Santos, Raquel Zanini, Rosemeire Gomes e Siba Quirino.

Texto: Diego Marcell

Local: Prédio Dom Pedro I – Anfiteatro 400, centro de Curitiba
Data: 1 de junho, das 14:00 às 15:00
Entrada gratuita
Ilustração: Mariana Godoy

Página do evento, aqui

ESPETÁCULO LINDA BLAIR ENTRA NA SALA RETORNA À CASA SELVÁTICA

espetáculo transita pelos cômodos da sede do coletivo, um sobrado cor de rosa localizado no bairro Rebouças

A partir do dia 26 de maio, o coletivo curitibano Selvática Ações Artísticas retorna em sua sede, o sobrado cor de rosa localizado no bairro Rebouças, com o espetáculo Linda Blair Entra na Sala, e permanece em temporada até dia 18 de junho, de sexta à domingo, sempre às 20h. A montagem é centralizada na figura da mulher como anti-heroína: em uma sequência de cenas do cotidiano Linda está sempre em oposição a figuras masculinas. As cenas, que culminam em situações absurdas, são carregadas de mensagens feministas e evidenciam como a cultura ocidental tende a demonizar a imagem da mulher historicamente.

Escrita em 2003 pela dramaturga Leonarda Glück, Linda Blair Entra na Sala, apesar de levar no título o nome da atriz de cinema do clássico O Exorcista, foi escrito em um período em que a dramaturga assistia ao filme O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski, em que uma mulher sempre é levada ao erro por seus parceiros e familiares. “Todos os planos dessa mulher fracassam e ela está presa numa situação que aparentemente não tem solução”, comenta Glück.

Segundo a autora, o próprio título do texto é uma brincadeira com o fato de a atriz Linda Blair ter ficado por anos estigmatizada por um único filme e posteriormente “ficar presa numa maldita trap do sistema fazendo participações especiais e filmes de menor visibilidade”.

O ponto inicial do projeto foi em 2015 no evento “Clássicos Inéditos de Leonarda Glück”, um ciclo de leituras dramáticas promovido pelos artistas da Casa Selvática, evento esse que apresentava ao público diversos dos textos de Leonarda, que é a primeira dramaturga transgênera a ser publicada no país.

A encenação, assinada pela artista selvática Semy Monastier, carrega um universo de referências pop que vão, além da óbvia Linda Blair.

Equipe de Criação
Texto: Leonarda Glück
Direção: Semy Monastier
Elenco: Patricia Cipriano, Lucas Tatarin, Matheus Henrique, Ricardo Nolasco e Victor Hugo
Sonoplastia: Jo Mistinguett
Iluminação: Fábia Regina
Imagens: Amira Massabki

Serviço:
LINDA BLAIR ENTRA NA SALA
De 26 de maio a 18 de junho, sempre às 20h na Casa Selvática
Rua Nunes Machado, 950 – Rebouças, em Curitiba
R$20 e R$10 (meia entrada)
www.selvatica.art.br