OFICINA DE CURADORIA FOTOGRÁFICA POR MILTON GURAN

O CLIF – Curitiba Luz Imagem Fotografia 2018, com patrocínio do Shopping Pátio Batel e • AIREZ • Galeria, traz a Curitiba a oficina “Curadoria fotográfica: o que você pode esperar de um curador e o que você pode fazer por si”, com Milton Guran.

Sobre o ministrante:
Milton Guran é fotógrafo e antropólogo. Ganhador da Bolsa Vitae de Artes (1991) e, por duas vezes, do prêmio Marc Ferrez da Funarte. Em 2016, foi contemplado no programa Rumos Itaú Cultural. Seus trabalhos fazem parte das coleções MASP-Pirelli, do MAM-Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAR – Museu de Arte do Rio e da MEP – Maison Européenne de la Photographie, dentre outras, públicas e privadas. Curador na área de fotografia, é coordenador-geral do FotoRio. e membro da diretoria da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil.

Sobre a oficina “Curadoria fotográfica: o que você pode esperar de um curador e o que você pode fazer por si”:

1. Apresentação:
A curadoria se afirmou como parte integrante de qualquer exposição, tanto no domínio da arte quanto nas diversas propostas museais. No campo da fotografia, a presença do curador é mais recente, mas talvez até mais decisiva, já que o fotógrafo normalmente se lança em várias direções e produz imagens em quantidade enormes. Através de estudos de caso e exemplos concretos vivenciados por nós, vamos apresentar os diversos aspectos da atividade curatorial, seus procedimentos e pressupostos, da construção de um conceito para a exposição até a escolha dos diversos aspectos operacionais de produção, tais como a construção de uma identidade visual, de um plano de montagem, estratégia de mídia etc.

2. Objetivo
Informar os participantes da atividade curatorial, com suas nuances e fronteiras, e, ao mesmo tempo, capacitar o fotógrafo para gerir a sua produção, pensar exposições e outros projetos de forma mais independente.

3. Plano de aula:
• A função social da curadoria
• A ação curatorial e seus limites
• Usos e abusos do trabalho curatorial
• Construção de um partido curatorial
• Pensar uma exposição como um todo: identidade visual, montagem, divulgação
• Como construir um projeto de exposição: elaboração de proposta, caminhos de financiamento

4. Público alvo:
• Fotógrafos profissionais e amadores avançados;
• Artistas visuais e pessoas interessadas em cultural visual;
• Galeristas, colecionadores, curadores;
• Estudantes de graduação e de pós-graduação nas áreas de comunicação social, ciências humanas, de ciências sociais e de artes plásticas;
• Jornalistas.

Serviço:
OFICINA DE CURADORIA FOTOGRÁFICA POR MILTON GURAN
Data: 26 de maio
Horário: 10h – 13h e 15h – 18h.
Local: • AIREZ • Galeria. Rua Treze de Maio, 778. Cj. 15, Centro de Curitiba.
Taxa única: R$70,00 (depósito ou transferência)
Apenas 10 vagas.
Inscrições: contato@airez.art.br ou 41.3088.7561 (seg-sex 13h-19h).
Página do evento no facebook: aqui
Mais informações: contato@airez.art.br  

OFICINAS GRATUITAS DE MARBLING E CRÍTICA DE ARTE SÃO REALIZADAS EM CASTRO NESTE SÁBADO

Ações educativas são promovidas pela exposição Infinitos Campos Gerais com o intuito de aproximar o público da arte contemporânea

A exposição coletiva Infinitos Campos Gerais, em cartaz na Fazenda Capão Alto, promove ações educativas para aproximar o público da arte contemporânea e suas diversas linguagens. Além de visitas guiadas para grupos escolares, quatro oficinas acontecem durante o período expositivo, todas gratuitas e com materiais inclusos. As primeiras ações ocorreram no dia 21 de abril, com cerca de 30 participantes. Neste sábado (5), será realizada a “Oficina Criativa de Crítica de Arte”, além da “Oficina de Marbling – Formas e texturas dos Campos Gerais”.

A oficina inicial será ministrada pela arte-educadora Shana Lima, das 10 às 13h. As vagas são limitadas a 20 participantes, com faixa etária a partir de 18 anos. “A intenção é oferecer espaço para a construção de processos de compreensão e interpretação da arte a partir de conversas, trocas, rodas, exercícios, leituras e investigações. O encontro alterna atividades teóricas e práticas, tendo como principal objetivo ampliar a conversação sobre a crítica de arte por meio da criatividade”, explica Shana.

A segunda atividade ocorre das 14h30 às 17h30, com a arte-educadora e artista Ana Paula Luz. São 20 vagas disponíveis, para participantes acima de  13 anos. “Marbling é uma técnica turca de pintura orgânica na superfície da água através do contato das tintas com suportes como o papel e o tecido. Nesta oficina, iremos explorar as texturas presentes na vegetação e nas rochas dos Campos Gerais e reproduzir em Marbling estampas em papel”, conta Ana Paula.

Para facilitar a acessibilidade ao local, será disponibilizado transporte gratuito saindo da praça João Gualberto até a Fazenda Capão Alto, por meio de van, às 9h30 e às 14h. As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail infinitoscamposgerais@gmail.com, informando nome, RG, telefone e se necessita de transporte. O ingresso para entrada na Fazenda Capão Alto custa R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). As informações completas estão disponíveis no site do projeto.

Visitação
A exposição segue em cartaz até o 27 de maio de 2018, com visitação de terça a domingo, das 9h às 17h30, para públicos de todas as idades. A ocupação artística temporária apresenta obras de sete artistas visuais curitibanos: Constance Pinheiro, Fran Ferreira, Gio Soifer, Marcos Frankowicz, Maria Baptista, Ricardo Leiva e Willian Santos. Os trabalhos utilizam linguagens como pintura, instalação e intervenção.

A curadoria teve como base o conceito do site­-specific, uma abordagem em que as obras dialogam diretamente com o ambiente em que estão inseridas, seja o espaço construído, a natureza ao redor ou mesmo as camadas históricas, sociais, econômicas e simbólicas presentes no local. Segundo a coordenação do projeto, a escolha da Fazenda Capão Alto enquanto lugar específico também é um convite para se discutir a arte contemporânea em seus cruzamentos com a história, ecologia, patrimônio material e imaterial.

Infinitos Campos Gerais
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BLUEFOOT ABRE VAGA DE ESTÁGIO DE REDAÇÃO/CONTEÚDO

Agência Bluefoot abre vaga de estágio de redação/conteúdo. Vaga para estagiar em Curitiba. VAGA URGENTE!

“Estamos com uma vaga de estágio para compor o nosso time de conteúdo! O novo integrante vai atender grandes contas de diversos segmentos de atuação e usar toda a criatividade para escrever textos incríveis para a web!

Descrição das atividades:
– Produzir conteúdo para blogs, sites, e-mails e redes sociais de acordo com a linguagem/objetivo do cliente;
– Realizar postagem de conteúdo em plataformas;
– Pesquisa de palavras-chave para otimização de textos;
– Criar sugestão de pautas para os clientes;
– Revisar os materiais produzidos;
– Criar sugestão de texto e imagem para posts e materiais diversos;
-Participar de reuniões;
-Analisar dados;
-Otimização de conteúdo seguindo boas práticas de SEO.

Características:
Gostar de escrever e ler;
Ter uma boa gramática;
Criatividade;
Proatividade;
Boa comunicação;
Facilidade em trabalhar em equipe;
Vontade de aprender e crescer.

Interessados enviem email para camila.franca@bluefoot.com.br com CV e portfólio de textos (se tiver) com o assunto [VAGA] Estágio Redação – Seu Nome Completo.

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NINHO DIGITAL ABRE VAGA DE REDAÇÃO WEB PARA CONTENT MARKETING

Tem vaga de Conteúdo no Ninho Digital! Vaga para trabalhar em Curitiba.

Desejável: especialização em marketing digital e/ou cursos técnicos do segmento, experiência em ferramentas e técnicas de otimização de conteúdo, conhecimento básico de Inbound Marketing.

Atividades:
– Planejamento de Palavras Chave
– Monitoramento de ranking
– Adaptação e manutenção de estratégias editoriais
– Redação de Matérias para blogs segmentados
– Redação de Anúncios Web e composição de chamadas publicitárias
– Redação para Sites e E-commerces
– Redação para E-mails Marketing e outros materiais digitais

Ampla possibilidade de crescimento e planejamento de carreira para Gestão de Equipe especializada.

CURRÍCULOS para larissa@ninhodigital.com.br

fonte

obs.: oportunidade divulgada no Grupo (do facebook) “Vagas de Comunicação no PR

MOSTRA DE CINEMA PELA DEMOCRACIA

Entrada gratuita, em Curitiba. De 30 de abril a 6 de maio.

“Como você pode ser um artista e não refletir os tempos? Essa pra mim é a definição de ser artista.” Nina Simone

A arte é historicamente um campo de resistência.

Vamos inflar um telão junto dos coletivos que compõem o acampamento Lula Livre para somarmos (mais uma vez) às forças de resistência pela democracia incessantemente golpeada neste país.

Iremos resistir com arte, lutar nas ruas e nas telas!
Agir na disputa de narrativas que se trava no Brasil sob golpe legislativo, jurídico e midiático.

Nos dias 30, 2 e 3 estaremos juntos com Teatro, Circo e Música na Praça Santos Andrade! E nos dias 4, 5 e 6 projetaremos nossas imagens de Brasil no acampamento Lula Livre, sempre às 19h. Em defesa da democracia e contra a prisão política do presidente Lula.

A Mostra de Cinema pela Democracia tem a organização de produtores, cineastas, distribuidores, técnicos e artistas em uma organização coletiva e horizontal, unidos na luta pela democracia em todos os âmbitos, e contra os retrocessos que vêm sendo incessantemente impostos.

O grande Telão inflável está viajando do Acre à Curitiba de ônibus, carregando todo o simbolismo da vigília pela democracia que cruza o país!

Sessão de abertura:
O golpe em 50 cortes ou a corte em 50 golpes, de Lucas Campolina
Poesia na guerra, de Fernando Salinas e Guilherme Fernandez


O Processo, de Maria Augusta Ramos

Demais filmes confirmados:
Alana, de Sérgio Carvalho
Alma no olho, de Zózimo Bulbul
Chico, dos Irmãos Carvalho
Escolas em luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli
Joaquim, de Marcelo Gomes
Linha de montagem, de Renato Tapajós
Martírio, de Vincent Carelli
Na missão, com Kadu, de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito
Nóis por nóis, de Aly Murutiba e Jandir Santin
Peripatético, de Jéssica Queiroz

Em breve anunciaremos a programação completa aqui na página do evento!

Colaboram com a realização desse evento: Aggeo, Alexandre Barros,​ Alonso Pafyeze, Antônio Jr., Guilherme Aguiar, ​Janaína Oliveira, João Castelo Branco, João Vieira Jr., ​Julia Couto, Lis Kogan, Mariana Campos Carvalho, Patricia Fróes, Ricardo Alves Jr., Rodrigo Campos e Sérgio Carvalho.

Confira a página do evento, aqui

Organizado por Mostra de Cinema pela Democracia

AUTÔMATOS – SELF DA INEXISTÊNCIA

Autômatos / foto: Juliana Luz

Temporada do espetáculo: autômatos – self da inexistência no teatro novelas curitibanas de 03 a 13 de maio (quinta a domingo). Horário: 20:00

Sobre o espetáculo:
Um espetáculo sobre a vida líquida, quando o humano se desfaz em várias fases de liquidez.

Sobre a ausência de tudo e excesso do nada, sobre um olhar perdido que abraça o vazio e busca a inexistência sem nem saber o que se busca. Num discurso que instala a ambiguidade entre a autonomia e automatização, quando a existência se transforma numa metáfora indecifrável. Uma peça sobre tantas coisas, mas com a perspectiva no esvaziamento de sentido e da essência. Sobre a contradição. Quando se busca fotografar uma falsa essência e se convence que ela é verdadeira, mesmo que forjada pelo próprio fotógrafo. Assim é a self, o forjamento de um eu interior, de um eu construído.  

A nova montagem da Cia Laica tem como tema central a automatização e a efemeridade das relações humanas. Num tempo em que se precisa ter opinião sobre tudo, em que se é consumido por uma iminente angustia de não poder estar em todos os eventos e o desejo de ter um duplo se materializa. Nesse tempo em que a velocidade de neologismos boicotam a linguagem e criam uma babel, no qual se mata os desejos lambendo a representação. Quando se fotografa para existir ou para se apagar, instalando um misto de agonia e êxtase. Quando o aparato da cegueira, por contradição, é um aparato visual.

O espetáculo fala sobre a degradação humana, da linguagem. Ao ponto que as figuras, “personagens”, vão perdendo a linguagem.

Autômatos é um espetáculo cheio de referências, literárias, filosóficas, cotidianas e práticas, justamente para se conectar a esse mundo efêmero, sobreposto, virtualizado, eletrizado que vivemos, onde o pensamento vai se adaptando de forma vertiginosa a uma espécie de embriagamento, anestesia ou ansiedade existencial. Muitas dessas questões estão norteadas pela hipótese: como viver num tempo que só existe presente?

A “dramaturgia” vai se construindo a partir de ícones, com situações condensadas que se fecham em si como pequenos monólogos egoístas, mas também estão interligadas quase sempre pelo fator temático, da massificação, da perda de identidade, da escolha pelo simulacro em detrimento do real, entre outras questões, para aludir a linguagem da informação computadorizada. Para isso, a encenação explorou todos os elementos da linguagem teatral para dar suporte a linearidade do enredo que parece fragmentado. Além disso, a estrutura narrativa se utilizou também de alegorias, com o mesmo propósito.  

A montagem não se enquadra diretamente a nenhum gênero literário ou da linguagem teatral, isso, fortemente, pelo fator temático, mas também por uma opção estética do próprio grupo, que busca experimentar a dramaturgia da imagem associando a linguagem do teatro de animação.

Para o desenvolvimento temático e pedagógico-teatral, tivemos como fonte de estudo filosófico principal o livro “Vida Líquida” de Zygmunt BAUMAN, além dos contos “O Homem de Areia” e “Autômatos” de Ernst Theodor Amadeus Hoffmann. O processo de montagem teve como premissa investigar uma série de procedimentos que contemplem o OLHAR como elemento de linguagem, assim sendo, experimentamos o “Campo de Visão” de Marcelo LAZZARATTO, bem como alguns princípios do teatro de animação e exercícios que enfatizem o olhar. Esses recursos foram investigados e desenvolvidos no processo como principal elemento motriz para a construção dramatúrgica, entendendo dramaturgia como aquilo que organiza a emergência de signos da ação teatral. Esse entendimento é fundamental para reconhecer que a dramaturgia do espetáculo, bem como o processo, entendem que a encenação se faz pela sintaxe verbal, visual e sonora. Contudo, mesmo tendo essas fontes, pouco é possível se reconhecer algumas dessas referências literárias no trabalho, uma vez que elas tiveram mais uma função subjetiva que objetiva e que elas foram atualizadas e adaptadas para situações cotidianas e metafóricas. Um espetáculo polifônico e intertextual, excitado por esse estado de inúmeros atravessamentos, de pensamentos e de ausências.

SERVIÇO:
Companhia: Cia Laica
Data: Temporada 03 a 13 de maio (quinta a domingo)
Horário: 20:00
Local: Teatro Novelas Curitibanas (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco, Curitiba – PR)
Ingressos: Pague quanto quiser
Gênero: Musical experimental com teatro de animação
Técnica: Animação híbrida e máscaras
Faixa etária indicada: Classificação Indicativa +16 anos
Duração: 80 minutos.
Informações:
Janaina Graboski (Produtora) Telefone: (41) 9 9937 8807
Jean Cequinel (Produtor) Telefone: (41) 9 9615 7588
Email: cialaica@gmail.com 
Site: http://cialaica.webnode.com/espetaculos/automatos/

FICHA TÉCNICA: 
PRODUÇÃO: Cia Laica
DIREÇÃO: Fábio Nunes Medeiros
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Fernando Vettore e Vinícius Précoma
DRAMATURGIAS (verbal e visual): Fábio Nunes Medeiros
ELENCO: Jade Giaxa, Janaina Graboski, Jean Cequinel, João Muniz, Mauricio Gabardo, Paulo Soares, Robson Rosseto, Tainá Roma;
MÚSICA ORIGINAL E ARRANJOS: Ariel Rodrigues
LETRAS DAS MÚSICAS: Fábio Nunes Medeiros, Ariel Rodrigues
PREPARAÇÃO VOCAL: André de Souza
PROJEÇÕES: Pedro Carregã e Renan Turci
ILUMINAÇÃO: Nadia Luciani
CENÁRIO E FIGURINO: Fábio Nunes Medeiros
PREPARAÇÃO CORPORAL: Elke Siedler
VISUALIDADES E FORMAS ANIMADAS: Anne Caetano, Fábio Nunes Medeiros, Flávio Marinho, Janaina Graboski, Janilson Pacheco, Jean Cequinel, João Daniel Vidal, Luiza Moura, Vitor Hugo Von Holleben
MAQUIAGEM: Janaina Graboski
COSTURA: Deo Araújo e Juraci Carneiro
STORYBOARD: Vitor Hugo Von Holleben
ASSISTÊNCIA DE PALCO: Ana Paula Melgarejo; Francisco Junior
OPERAÇÃO DE PROJEÇÃO: Pedro Carregã e Daniele Mariano
OPERAÇÃO DE SOM: Ariel Rodrigues
OPERAÇÃO DE LUZ: Nadia Luciani; Vinícius Précoma; Ana Paula Melgarejo
EQUIPE DE MONTAGEM: Ana Paula Melgarejo; Anne Caetano; Lucas Berthier Cardoso
DESIGNER GRÁFICO: Renan Turci
FOTOGRAFIA: Juliana Luz, Janilson Pacheco, Renan Turci, Vitor Hugo Von Holleben,
TEASER: Renan Turci
FILMAGENS: Renan Turci e Vitor Hugo Von Holleben
REALIZAÇÃO: Cia Laica
APOIO INSTITUCIONAL: FAP – Faculdade de Artes do Paraná da UNESPAR:
Grupo de pesquisa Campo de Visão: formação do espectador-artista-professor de Teatro; Projeto de Extensão Poéticas Tridimensionais;
LABIC – laboratório de iluminação cênica

CAIXA CULTURAL TRAZ A CURITIBA O ESPETÁCULO KRUM

krum / foto: Annelize Tozetto

A premiadíssima montagem da companhia brasileira de teatro, em parceria com a atriz e produtora Renata Sorrah, faz nova temporada em Curitiba

Até que ponto é possível sonhar a mudança? Será que estamos condenados a repetir indefinidamente os mesmos ritos incompreensíveis, a viver uma sucessão interminável de casamentos e funerais que, vistos sem ilusões, não significam nada? Por que continuar? Para que continuar? Essas são questões que a peça KRUM traz para o palco. Escrita pelo dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999), foi encenada pela primeira vez no Brasil pela companhia brasileira de teatro, de Curitiba.

KRUM é uma peça com dois enterros e dois casamentos. Não existem grandes feitos, tudo é ordinário. Entre as duas cerimônias, acontece uma sequência de cenas curtas, o quadro da vida dos habitantes de um bairro remoto. “É uma peça sobre pessoas. O que está em jogo é a matéria humana. Habitam o mundo de KRUM seres pequenos, sem pudor na palavra, vivendo sob um teto baixo. Há um olhar, ao mesmo tempo, cruel e generoso sobre vidas mínimas ou, como em Tchekhov, sobre o que existe de mínimo no ser humano”, sublinha o diretor Marcio Abreu.

A história tem início com o retorno ao lar do personagem-título, que, depois de perambular pela Europa em busca de experiências e quiçá de aprendizado, volta para casa – na periferia de uma cidade– de mãos vazias. Ao chegar, Krum confessa que não viu nada, não viveu nada, que nem mesmo no estrangeiro foi capaz de encontrar o que buscava.

Ao recusar a possibilidade de qualquer transformação existencial e de qualquer escapatória de um mundo onde o céu parece sempre tão baixo, o ar tão pesado e as estruturas sociais tão opressoras, Krum questiona a existência e a partir de tais questionamentos. Nesse contexto acontece o reencontro do recém-chegado com os curiosos habitantes de seu mundo: sua mãe, seus amigos, a antiga namorada e os vizinhos. Breves episódios de suas vidas desenrolam-se diante dos espectadores, que são instados a se identificar com a perspectiva distanciada e irônica de Krum. “O fim está no começo e, no entanto, continua-se”, as palavras de Beckett descrevem com perfeição o princípio estrutural de Krum.

A companhia brasileira de teatro e Renata Sorrah
A estreia do autor israelense no Brasil é o segundo projeto produzido a partir da bem-sucedida parceria entre a atriz Renata Sorrah e a companhia brasileira de teatro. A primeira foi Esta Criança, do autor francês Joël Pommerat, sucesso de público e crítica que estreou no Rio de Janeiro, no fim de 2012 e, ainda hoje, viaja pelas principais cidades do país. Em mais de 40 anos de carreira, com impactantes atuações em espetáculos, no cinema e na televisão, Renata Sorrah é um dos grandes nomes do teatro brasileiro. Ao lado dela, neste projeto, está a premiada companhia brasileira de teatro, fundada há 17 anos, em Curitiba, pelo ator, dramaturgo e diretor Marcio Abreu.

A companhia é considerada pela crítica especializada como uma das mais consistentes do país, responsável por montagens marcantes para a história recente da dramaturgia e da encenação teatral brasileira. Curiosamente, Renata e a CBT têm em comum, entre outras investigações artísticas, a descoberta de dramaturgos contemporâneos, inéditos no Brasil, como o siberiano Ivan Viripaev (Oxigênio) e Jean-Luc Lagarce (Apenas o fim do Mundo), espetáculos dirigidos por Abreu; o alemão Botho Strauss (Grande e Pequeno, 1985) e o norueguês Jon Fosse (Um dia, no verão, 2007), trazidos em espetáculos produzidos por Renata Sorrah que, por sua vez, também atuou nas montagens do alemão Rainer Werner Fassbinder (Afinal…Uma Mulher de Negócios, 1977; As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, 1982).

Sobre o Texto
Para essa montagem, KRUM foi traduzido diretamente do hebraico para o português. Com humor ácido e lirismo pungente, fala sobre o fracasso e a precariedade de vidas mínimas voltadas para os pequenos desejos, sempre forçados pela sociedade de consumo. O texto foi escrito em 1975 por Levin, que era, à época, um jovem autor influenciado por Tchekhov e Beckett – em um país mergulhado em conflitos e contradições. Durante seu período de vida, de 1943 a 1999, o autor testemunhou sete guerras. Essas vivências deixaram marcas evidentes em seus trabalhos. “Há em Tchekhov do entretempo, Beckett do pós-guerra, Levin do final do séc. XX e nós, hoje, algo em comum. Enquanto o mundo turbulento destila suas violências, as pessoas tentam seguir suas vidas, muitas vezes, sem brilho, confinadas em suas casas ou alimentando expectativas, sonhos de consumo, esperança de dias melhores”, analisa Marcio Abreu.

Ao reler, em chave política, a dialética entre a vulgaridade e o lirismo, esta aparece como um debate entre o conformismo e a necessidade de mudança. Sublinhar o lirismo é, em larga medida, afirmar o inconformismo, o poder utópico do teatro de não apenas quebrar a quarta parede de que falava Brecht, mas de quebrar também as outras três paredes que o separam da vida social. Assim, o fato de a companhia brasileira de teatro ter decidido montar a peça de um autor israelense como Hanoch Levin em um momento histórico como o nosso, de acirramento do conflito Israel-Palestina e da explosão dos mais diversos fanatismos é, por si, só significativo. Se, como diz o próprio Krum, a certa altura da peça, “para algumas pessoas a palavra impossível não é uma brincadeira”, para outras, como os artistas envolvidos nessa produção, o mais importante é ser realista, é demandar o impossível.

A trajetória de KRUM
A montagem estreou em março de 2015, no Rio de Janeiro e, além de Curitiba, já circulou por Belo Horizonte, São Paulo, São José do Rio Preto, Salvador e Porto Alegre. A direção é de Marcio Abreu. Além da atriz Renata Sorrah, atuam em Krum outros nomes de destaque na cena teatral contemporânea: Grace Passô, Inez Vianna, Cris Larin, Danilo Grangheia e Rodrigo Andreolli (stand by). Compõem o elenco ainda integrantes e colaboradores da companhia brasileira de teatro: Edson Rocha, Ranieri Gonzalez, Rodrigo Bolzan e Rodrigo Ferrarini.

A equipe de criação conta com Giovana Soar (tradução), Nadja Naira (iluminação e assistência de direção), Fernando Marés (cenografia) e Felipe Storino (trilha e efeitos sonoros). De lá para cá, a montagem recebeu diversos prêmios – Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro): Melhor Espetáculo Teatral de 2015, Melhor Iluminação (Nadja Naira); Prêmio Cesgranrio de Teatro: Melhor Espetáculo Teatral de 2015; Prêmio Questão de Crítica: Melhor Iluminação (Nadja Naira) e Melhor Elenco; Prêmio SHELL: Melhor Ator (Danilo Grangheia) e Melhor Cenário (Fernando Marés). As últimas apresentações na capital paranaense, em maio de 2017, foram um grande sucesso, com teatro lotado todos os dias e sessões extras.

Outras informações sobre a companhia brasileira de teatro: aqui

Serviço:
Teatro: KRUM
Local: CAIXA Cultural Curitiba. Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR).
Data: 04 a 06 de maio (sexta, sábado e domingo)
Horário: 19h
Ingressos: vendas a partir de 28 de abril (sábado). R$ 10 e R$ 5 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 14h às 19h.)
Classificação etária: 16 anos
Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)

Informações e entrevistas:
Maria Celeste Corrêa – (41) 9 9995 0169 / 9 8786 4465
fernandezcorreamc@gmail.com

Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Curitiba (PR)
(41) 3544-5641
www.caixa.gov.br/imprensa | @imprensaCAIXA
www.caixa.gov.br/cultura

INOMINÁVEL CIA DE TEATRO: ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES NESTA TEMPORADA DO ESPETÁCULO DO CÃO FEZ-SE O DIA

Grupo sobe ao palco do Teuni – UFPR, praça Santos Andrade, em curitiba – nos dois próximos finais de semana(5 e 6, 12 e 13 de maio)

Chegou a vez  do Teuni (Teatro Experimental da UFPR) receber o espetáculo Do cão fez-se o dia! Criada como resultado do estudo das obras do escritor português Valter Hugo Mãe, a peça trata de dificuldades e tragédias da alma humana em um país em guerra, buscando um canto de esperança em um contexto de conflitos.

Um garoto que encontra nos livros uma maneira de lidar com a dor, uma mãe e seu desespero, a partida do pai e o peso da ausência e uma filha rejeitada cuja infância se molda devido à guerra são alguns dos elementos da história contada com traços autobiográficos pelos atores Fabiane de Cezaro, Lucas Buchile, Rafael diLari e Lilyan de Souza, que também assina a direção.

Serviço:
DO CÃO FEZ-SE O DIA NO TEUNI
5, 6, 12 e 13 de maio às 20h (UFPR Câmpus Histórico – Praça Santos Andrade, Centro de Curitiba)
INGRESSOS: R$ 20 e 10
Mais informações:
www.facebook.com/InominavelCompanhia

Ficha técnica:
Do cão fez-se o dia, livremente inspirado nas obras de Valter Hugo Mãe
Dramaturgia: Marcelo Bourscheid
Direção: Lilyan de Souza
Elenco: Fabiane de Cezaro, Lilyan de Souza, Lucas Buchile e Rafael diLari
Participação especial: Jossane Ferraz (Namorada Francesa)
Direção de produção: Lilyan de Souza
Assistente de Produção: Igor Augustho
Iluminação: Lucas Mattana
Cenário e figurinos: Manu Assini
Diretor Musical: Bruno Leão
Criação sonora/música original: Bruno Leão, Daniel D’Alessandro e Pedro Sasamoto
Direção de vídeo: Alana Rodrigues
Cinegrafista: Tania Gazola Baes
Edição de vídeo: Felipe Aufiero
Designer gráfico: Ricardo Braga
Projeções: Lucas Mattana
Assessoria de Imprensa: Daniel D´Alessandro