KING KONG FRAN – ÓPERA DE ARAME – 11/MAIO

Com direção e dramaturgia Rafaela Azevedo e Pedro Brício, e direção musical da cantora e compositora Letrux, o espetáculo usa a personagem “Fran”, sucesso da atriz no Instagram (@fran.wt1) para promover uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero.

Num misto de cabaré com circo e show de mulher-gorila, Fran diverte o público virando ao avesso os estereótipos do feminino: com humor e ironia, inverte a lógica machista e brinca com a plateia fazendo com que os homens ‘provem do seu próprio veneno’.

Numa fusão das linguagens de circo e teatro, o solo KING KONG FRAN, protagonizado pela personagem-título Fran, criação da atriz e palhaça Rafaela Azevedo, convida o público a conhecer o avesso dos estereótipos do feminino disseminados na sociedade.

Partindo de referências como a atração circense “Monga, A Mulher Gorila”, e King Kong, o gorila gigante do cinema, Rafaela questiona a sexualidade e a distinção de gênero na construção social.

Entre brincadeiras (consentidas), relatos e músicas, a atriz interage com os espectadores propondo que experimentem inversões dos estereótipos de gênero. Fazendo o papel secularmente atribuído aos homens, Fran os aborda fazendo convites e propostas. A plateia reage bem, e embarca na brincadeira.

Serviço:
KING KONG FRAN
Data: 11/05
Horário: 19h
Local: Ópera de Arame, R. João Gava, 920 – Abranches, Curitiba
Vendas, aqui!

KAÊ GUAJAJARA ESTREIA EM CURITIBA E ABRE A TEMPORADA 2025 DO BRASIS NO PAIOL

Kaê Guajajara no Rock in Rio. Crédito: Vans Bumbeers.

Artista indígena é a primeira atração da 13ª temporada do projeto e se apresenta no dia 24 de abril. Vendas estão abertas

A temporada 2025 do projeto Brasis no Paiol vai começar. Neste ano, o show de abertura fica por conta de Kaê Guajajara, no dia 24 de abril, quinta-feira, às 20h. Nascida no Maranhão e criada no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, a artista faz seu primeiro show em Curitiba. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia entrada) e estão à venda no site pixta.me

Kaê Guajajara é cantora, compositora, atriz, autora e ativista pelos direitos indígenas e meio ambiente. Em sua trajetória, apresentou-se em festivais como Rock in Rio, Rock the Mountain, MECA, C6 Fest, Pororoca NY e Brasil é Terra Indígena.

Seu trabalho musical tem como base a inovação e as raízes ancestrais indígenas, matriz da música brasileira com diversas influências culturais que continuam a moldar e redefinir o cenário musical no Brasil e além. Kaê é engajadora da MPO: Música Popular Originária, e expande a partir de suas composições e musicalidade, a visibilidade dos povos originários no contexto do mundo presente.

No Brasis no Paiol, ela apresenta show “Forest Club”, seu mais recente álbum. Mesclando gêneros como funk, french house, amapiano, eletrônica entre outros, com a música popular originária, o disco conta com a participação de Dino d’Santiago, Gaby Amarantos, Rincon Sapiência, Pablo Bispo, Felipe Cordeiro, Manoel Cordeiro, Joss Dee, DJ Salu, Ruxxel, DJCasDaGrock, Casa de Onijá e DJ Kaim.

Sobre a criação de todo o conceito pensado no futuro ancestral coexistindo com as espécies e com sonoridades vibrantes, Kaê Guajajara comenta: “Ele é uma expressão do futuro, onde uma jovem indígena no ano de 2087 está viva e feliz em uma cidade que coexiste com a natureza, onde a principal ostentação é o bem viver coletivo, celebrando a diversidade entre todos os povos. Neste álbum, eu dediquei o meu sonho de um melhor presente e futuro, convidando muitos parceiros musicais que partilham da mesma vontade.”

Confira os próximos shows do Brasis no Paiol 2025:
22/05 – Pecaos (PR)
05/06 – Saulo Duarte (PA)
26/06 – Sued Nunes (BA)
17/07 – Maria Beraldo (SC)
07/08 – Junio Barreto (PE)
21/08 – ímã + Cacau de Sá (PR/RS)
18/09 – Noe Carvalho (PR)
23/10 – Jean Tassy (DF)
13/11 – Mãeana (RJ)
18/12 – Tássia Reis (SP)

A 13ª temporada reforça o compromisso do projeto com a diversidade e o ineditismo, reunindo diferentes gêneros, linguagens e regiões do Brasil em uma programação que estimula o encontro e o reconhecimento da música contemporânea feita no país.

Em 2025, o Brasis no Paiol é viabilizado  com o apoio de Maria Leticia, Effex – Tecnologia e Criação, restaurante Na Casa Delas, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.

Brasis no Paiol
Iniciativa cultural realizada desde 2012 em Curitiba pela produtora Bina Zanette (Santa Produção) e pelo produtor Heitor Humberto (Fineza Comunicação e Cultura), o Brasis no Paiol realizou mais de 150 shows desde sua primeira temporada, sempre com artistas de diferentes regiões do país. É um dos projetos musicais independentes em atividade mais longevos do país, consolidando-se como importante veículo de divulgação de trabalhos contemporâneos independentes e de formação de público em Curitiba.

O projeto promove a circulação de artistas de diferentes partes do Brasil, consolidando-se como uma das mais importantes plataformas para a música autoral independente. Em mais de uma década de existência, trouxe nomes como Juçara Marçal, Luedji Luna,Tulipa Ruiz, Rael, Fióti, Katú Mirim, Jup do Bairro, Aíla, entre muitos outros.


Kae Guajajara. Crédito: João Falcão.

Serviço:
Brasis no Paiol 2025 apresenta Kaê Guajajara
Dia 24 de abril, quinta-feira, 20h
Local: Teatro do Paiol – Praça Guido Viaro, s/n
Ingressos: R$ 30 e R$ 15
Vendas: https://pixta.me/u/brasis-no-paiol-apresenta-kae-guajajara
Informações: @santaproducao

CELEBRANDO A CULTURA DJ EM CURITIBA

Curitiba recebe a primeira edição do 041GROOVE, um evento dedicado à cultura DJ! Com feira de discos, roda de conversa e sets exclusivos, o encontro promete celebrar a música e a arte da discotecagem.

Idealizado pelo DJJeff Bass, pelo Discotecário Bob e pela produtora cultural e atriz Monica Margarido, com o objetivo de fortalecer e valorizar a cultura DJ na cidade. A proposta é promover intercâmbio, troca de ideias e uma grande celebração da arte dos toca-discos.

Nesta estreia, o 041GROOVE traz uma Feira de Discos, reunindo seis expositores locais (Sebinho FATO Agenda participa!), que apresentarão uma seleção especial de vinis. Além disso, o evento conta com a presença dos DJs idealizadores e de dois importantes nomes da cena paulistana, que compartilharão suas experiências e processos criativos em dois momentos especiais: uma roda de conversa e uma apresentação no comando dos toca-discos.

Com um formato dinâmico e interativo, o evento pretende ser um espaço de conexão entre DJs, colecionadores, pesquisadores da música e o público em geral, fortalecendo a cena e ampliando o diálogo sobre a cultura do vinil e da discotecagem.

Instagram @041groove

SERVIÇO:
Evento: 041GROOVE – Valorização da Cultura DJ em Curitiba
Data: 1 de Maio de 2025
Local: Basement Cultural, R. Des. Benvindo Valente, 260, São Francisco, Curitiba-PR
Horário: a partir das 14h
Entrada gratuita

FICHA TÉCNICA:
Produção | Monica Margarido
Assistente de produção | Jamille Reddin
Programação visual e mídia social | Paula Villa Nova
Intérpretes de libras | Nathan Sales e Jessica Nascimento
Catering | Padaria comunitária Cecopam
Realização | 041Groove

SELETIVA PARA NÃO ARTISTAS ESTÁ ABERTA PARA NOVO ESPETÁCULO DE TEATRO DO AP DA 13

O diretor Eduardo Ramos e a atriz e bailarina Flávia Massali em: Procura-se cinco NÃO ATORES e NÃO ATRIZES para compor o elenco da nova montagem do AP da 13 e da Setra Companhia, com remuneração para os participantes que vão estrear dia 21 de agosto no palco do Teatro Novelas Curitibanas.

O espetáculo teatral MULTIDÃO abre inscrições para seleção de não artistas, para um processo de audições e oficinas para participação de cinco pessoas comuns na temporada que estreia em agosto no palco do Teatro Novelas Curitibanas.

Estão abertas as inscrições para pessoas comuns, para a escolha de cinco NÃO ARTISTAS fazerem parte da nova montagem do AP da 13 e da Setra Companhia de Curitiba, a partir do dia 10 de abril, com encerramento previsto para o dia 11 de maio. Os selecionados vão estrear no espetáculo MULTIDÃO, que já tem data marcada para o dia 21 de agosto, no Teatro Novelas Curitibanas – Claudete Pereira Jorge. Por meio de uma seletiva, os cinco novos integrantes vão compor o elenco que terá mais quatro artistas e um músico em cena, somando 10 atuantes no palco.

A ideia, de acordo com Eduardo Ramos, diretor e dramaturgo da peça, é encontrar pessoas que queiram compartilhar suas experiências pessoais, de diferentes áreas profissionais, em cima do palco, como oportunidade de se tornarem atores e atrizes em 18 apresentações durante a temporada. “Criamos histórias a partir da literatura, fazemos inúmeras releituras de textos teatrais já existentes, o teatro é sempre a partilha de algo que nos toca e que julgamos pertinente para os tempos atuais” comenta o diretor. Eduardo acredita que trazer NÃO ARTISTAS para o processo criativo é uma maneira de ampliar o alcance do teatro. “Queremos pessoas que estão por aí, atuando de alguma forma na vida real, e que verdadeiramente nos inspiram para contar uma boa história”, revela.

Os não artistas serão selecionados por meio de uma curadoria formada pelo diretor e profissionais da equipe, e vão integrar o elenco fixo, que além de atuar, vão dar suporte para que os amadores se sintam à vontade e possam vivenciar o processo de criação de um espetáculo de teatro. “Multidão significa um agrupamento de pessoas atuando ao mesmo tempo, então queremos também explorar a relação destes não artistas, que já são atuantes na sociedade, e que através da arte, possam encontrar um novo significado sobre sua subjetividade”, diz Eduardo.

Um dos critérios de seleção é a diversidade, pois a dramaturgia também será pautada por questões raciais, de gênero, sexualidade, e etarismo, ou seja, pessoas acima de 60 anos, de outras raças e gênero, pessoas com deficiência, e também de regiões descentralizadas de Curitiba. Haverá ainda uma remuneração para os participantes do processo criativo e da temporada, com duração de 2 meses e meio. Os selecionados vão participar de oficinas e audições de teatro para desenvolvimento do não artista no palco.

Para as inscrições, basta o interessado enviar um vídeo de até 2 minutos para o whatsapp da produção do espetáculo (41 998470906), com uma breve apresentação e além de dizer porque sua história deve ser escolhida para estar nos palcos.

Multidão é realizado com recursos do Programa de Apoio, Fomento e Incentivo à Cultura de Curitiba – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

SERVIÇO:
MULTIDÃO
Datas:
Inscrições seletiva: 10 de abril a 11 de maio
Resultado pré-selecionados: 16 de maio
Resultado seleção: 03 de junho
Inscrições: WhatsApp Produção (41 998470906)

SOBRE A SETRA COMPANHIA
A Setra Companhia, fundada em 2013 pelo diretor e dramaturgo Eduardo Ramos, convida artistas de distintas linguagens para a feitura dos seus processos, friccionando suas obras entre o teatro, a dança e performance. Destacam-se as obras MOMMY (2016), com a atriz Rosana Stavis, CONTOS DE NANOOK, espetáculo que recebeu 2 prêmios e nove indicações no Troféu Gralha Azul. Em 2019, a Cia estreou o espetáculo FEDRA com codireção de Michelle Moura e Maikon K. no elenco, na Mostra Oficial do Festival de Curitiba. Os últimos trabalhos da Cia foram os espetáculos de dança Monstro e Família Original 3.0, realizados na Casa Hoffmann, ambos pela Mostra Solar em 2023 e 2024.

SOBRE O AP DA 13
O AP da 13 é um coletivo e espaço multicultural fundado pelo artista Eduardo Ramos, que se dedica à fricção do teatro com a dança há mais de 10 anos. De 2013 até hoje, foram 15 espetáculos tendo como norte a proposição de novas pesquisas estéticas e dramatúrgicas, na busca conceber obras que habitem um campo que transita entre o reconhecimento e a estranheza, de modo a promover experiências novas e de extrema singularidade para quem assiste aos espetáculos da Cia. Promovendo o encontro entre artistas do teatro, dança e performance, o Coletivo se destaca pela maneira que cria mecanismos entre estas linguagens. Em 2015 estreou dois espetáculos completamente singulares: Ave Miss Lonelyhearts por Gustavo Marcasse e MOMMY em parceria com a dramaturga, Mariana Mello. Em 2017, o espetáculo Contos de Nanook a partir da construção de um universo fantástico, trata das fábulas dos inuits, indígenas do Polo Norte. Em 2019, a Cia começa suas pesquisas nas reescritas dos textos clássicos a partir do mito Fedra de Eurípedes e Amor de Phaedra da dramaturga britânica Sarah Kane, estreando o espetáculo de dança teatro Fedra em: O Fantástico Mundo de Hipólito. Espetáculo convidado para a Mostra Principal do Festival de Curitiba 2019.

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

UYARA TORRENTE LANÇA SHOW-CÊNICO COM MÚSICAS INÉDITAS EM CURITIBA


Acompanhada por artistas da música e do teatro, a atriz e cantora, idealizadora de “Vou Parir um Terremoto”, traz uma montagem sensível e humorada sobre a não-maternidade, com apresentações gratuitas no Portão Cultural e no Guairinha, entre os dias 18 e 24 de abril.

O que Maria Bethânia, Nara Leão, Linniker e Linn da Quebrada têm em comum com Uyara Torrente? Todas são cantoras e atrizes. A artista curitibana, vocalista da Banda Mais Bonita da Cidade, reconhecida por seu talento na música e nas artes cênicas, lança o show cênico “Vou Parir um Terremoto”, unindo as duas linguagens na montagem produzida pela la lettre criação. A curta temporada, com três sessões gratuitas, tem estreia nacional nos dias 18 e 19 de abril, no Auditório Antônio Carlos Kraide – Portão Cultural, com encerramento no dia 24 de abril no Teatro Guairinha, sempre às 20 horas.

Na trama, a atriz dá vida a uma personagem que enfrenta múltiplos dilemas, expressando suas dúvidas e incertezas enquanto investiga, principalmente, a condição da mulher no Brasil da atualidade. “Me encanta as contradições e complexidades que ela traz, com uma visão tridimensional, entre o “certo” e o “errado”. Ela não traz certezas e afirmações, e sim questionamentos para que possamos refletir junto ao público. Às vezes com humor e às vezes não”, conta Uyara.

A idealização do projeto nasceu em 2021, a partir de leituras e conversas entre Uyara e a escritora Lígia Souza – parceira e amiga da vida, autora do texto original do espetáculo – e a artista Nadja Naira, diretora cênica do show. Nesta montagem, as parcerias se estendem também na musicalidade, com a participação do produtor musical Vinícius Nisi, da Banda Mais Bonita, criador dos arranjos das canções do novo projeto. A coordenação geral fica a cargo de Pablito Kucarz, seu companheiro de palco desde o Teatro de Breque.

É por meio da linguagem híbrida, entre a música e o teatro, que o espetáculo acontece, tratando de assuntos relevantes. “Não é preciso levar a vida tão a ferro e fogo, é possível falar de temas como aborto, violência ou medo sem ser excessivamente dramático, por isso trazemos pra cena muitos elementos visuais do universo pop”, diz a diretora. Além disso, Nadja revela que “dirigir a Uyara é descobrir o universo da palavra e suas reverberações no corpo de uma mulher madura e de uma artista múltipla, cheia de magnetismo. Com certeza o público acostumado com a Uyara da Banda Mais Bonita vai se apaixonar novamente pela artista”, completa.

“Vou Parir um Terremoto” é ambientado num show de uma cantora pop e sua banda, formada pelas musicistas: Babi Age, na bateria, e a beatmaker e guitarrista Katze. Tudo é colorido e sintético. Ao mesmo tempo em que carrega uma estética mínima e concisa, contrasta com um texto e sonoridades barulhentas e verborrágicas, alicerçadas nas histórias reconhecíveis de tantas mulheres reais. O uso de diferentes linguagens artísticas, que se cruzam na dramaturgia e na música, criam a presença cênico-performativa instigante e potente, o que dá ainda mais força ao debate de assuntos pulsantes na sociedade atual.

As apresentações gratuitas, incluem recursos de acessibilidade, como tradução para Libras, além de transporte para grupos de mulheres em situação de vulnerabilidade, convidadas para assistir ao espetáculo. O show-cênico foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo do Governo do Estado do Paraná, com produção da la lettre criação.

Mulheridades nos tempos contemporâneos
O projeto ganhou força, com a provocação da música “Grávida” de Arnaldo Antunes, eternizada na voz de Marina Lima, refletida na condição feminina de contínua iminência de uma gravidez. “A canção desencadeou a possibilidade de discutir a não-maternidade por opção como uma forma de parto/criação de outras coisas, para além da escolha pela gestação de uma criança”, explica Ligia Souza.

O texto teatral é uma continuidade da pesquisa em dramaturgia criada por mulheres iniciada na primeira produção da companhia, Penélope. Já em “Vou Parir um Terremoto” a combinação entre textos e canções amplifica os debates sobre mulheridades tanto pautado na atualidade, inclusive temas polêmicos convidando à reflexão de questões que envolvem a mulher contemporânea cotidianamente.

Livro “Vou Parir um Terremoto”
A la lettre criação, além de produzir espetáculos, também é um selo de publicação de textos teatrais. Com a estreia de “Vou Parir um Terremoto”, mais uma publicação ganha vida, com uma tiragem de 800 exemplares. O material será distribuído gratuitamente nos teatros, durante as apresentações e, em espaços de leitura municipais e escolas da rede pública, como contribuição para os acervos permanentes para leitura e consulta pela população curitibana.

SERVIÇO:
Data: 18 e 19 de abril – sexta e sábado – às 20:00
Local: Auditório Antônio Carlos Kraide (Portão Cultural – República Argentina, 3.432, Curitiba)
Data: 24 de abril – quinta-feira – às 20:00
Local: Guairinha – Auditório Salvador Ferrante (Rua XV de Novembro, 971, Curitiba)
Entrada Franca: Retirada de ingressos a partir de 1 hora antes no local. Sujeito à lotação.
Classificação: 16 anos I Duração: 80 minutos
YouTube: @lalettreespacodecriacao
Instagram: @lalettrecriacao

SINOPSE
Entre a música e o teatro, Uyara Torrente dá vida a uma cantora que transforma o palco em um espaço de questionamento sobre a não-maternidade e os papéis femininos na sociedade. Em um show vibrante, marcado por humor e dramaticidade, a personagem enfrenta dilemas e reflexões sobre liberdade, medo e expectativas sociais. Com canções inéditas e uma estética pop, Vou Parir um Terremoto propõe um olhar potente e sensível sobre as contradições de ser mulher hoje.


Foto: Marco Novack.

Uyara Torrente
Atriz, cantora e compositora, Uyara Torrente é a fundadora e vocalista da Banda Mais Bonita da Cidade, projeto que ganhou notoriedade após o sucesso viral do vídeo “Oração”. Formada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Uyara construiu uma carreira sólida no teatro, cinema e música, participando de turnês internacionais em países como Portugal, França, Espanha e Venezuela. Como atriz, integrou diversos espetáculos teatrais, destacando-se no cenário cultural curitibano e nacional. Recentemente, lançou seu primeiro álbum solo e segue explorando a interseção entre as artes performativas e a música.


Nadja Naira

Diretora e iluminadora, atriz formada pela PUC/PR e Centro Cultural Teatro Guaíra. Em constante criação artística há mais de 30 anos, tem parcerias importantes, companhias de teatro, dança e música, recebendo prêmios como APTR, Shell e Gralha Azul. Dirigiu recentemente os espetáculos: O medo da morte das coisas, Dito e Lusco-Fusco. Como atriz, participou de diversas montagens, incluindo PRETO, PROJETO bRASIL e Descartes com lentes. Desde 2002, integra a companhia brasileira de teatro e, desde 2021 dirige os espetáculos da la lettre criação, dentre eles Penélope e Vou Parir um Terremoto.

Vinícius Nisi
Produtor musical e compositor, Vinícius Nisi é um dos co-criadores do sucesso da Banda Mais Bonita da Cidade, atuando como diretor musical e instrumentista. Formado em Produção Sonora pela Universidade Federal do Paraná, Vinícius tem uma carreira multifacetada que inclui a composição de trilhas sonoras para cinema e teatro, além de produção musical em diversos gêneros. Destaca-se por sua contribuição na trilha sonora do filme “Alice Júnior”, premiada no Festival de Cinema de Brasília. Sua atuação também abrange a produção de shows e clipes que alcançaram ampla repercussão, tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Ligia Souza
É escritora e pesquisadora. Doutora em Artes Cênicas pela USP e pós-doutora em Artes da Cena pela UNICAMP, com período de pesquisa na École Normale Supérieure e na Université Paris VIII na França. Autora de diversas obras publicadas e encenadas, trabalha com experimentações sobre questões de gênero e oralidade das palavras. Acompanhou processos artísticos na França, incluindo o trabalho do dramaturgo Valère Novarina. Idealizadora junto com Pablito Kucarz da la lettre criação, dedicada à publicação de dramaturgia brasileira contemporânea e produção de espetáculos.

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

 

O SANTO CORTE & COSTURA MUSICAL (CARÃO NO SALÃO)

O Santo Corte, salão responsável pelos cortes mais estilosos de Curitiba, completa um ano no próximo domingo 30/03, ocupando um casarão histórico na bucólica Praça Santos Andrade, em Curitiba. E para não deixar essa data passar em branco, aproveitando as coincidências cósmicas da vida, contaremos com a participação de: Michelle Michelon das tesouras afiadas do Lolitas Salon de Coiffure – que atualmente agita as cabeças de Londres – e Lisa Simpson com sua máquina de costura musical Berlinense, elas estão na cidade e vão agregar nas comemorações.

Afinal, tudo começou ali no largo da Ordem lá por 2010, quando essa turma toda se reunia trazendo a arte para a rua com desfiles, concertos, e muitas parcerias com criadores locais. Na intenção de resgatar a união das mentes mais criativas que essa cidade já teve, iremos apresentar um domingo nada convencional, onde música, costura, beleza e moda consciente se entrelaçam num espetáculo imperdível!

A casa abre às 14h com discotecagem analógica de Doka e Maçã, enquanto os cabeleireiros residentes do Santo Corte preparam modelos que irão desfilar looks especiais selecionados por Colete e Corselet, Marcos Manzutti, Chris Thainy, Agente Costura, Cherimoia Garimpo e SoraiaSo, acompanhados pelo som experimental e improvisado de Andreza Michel no baixo, Jonny na guitarra, e Lisa Simpson com seus instrumentos artesanais e máquinas de costura musical. Vem com a gente se divertir!

SERVIÇO:
O Santo Corte & Costura Musical (Carão no Salão)
Data: 30/03/2025
Horário: 14:00 às 21:00
Local: O Santo Corte. Endereço: Rua Alfredo Bufren, 323 – Centro de Curitiba.
Atrações:
Discotecagem: Maçã e Doka
Desfile às 18:00 – Colete e Corselet / Agente Costura / Marcos Manzutti / Recast Lab / SoraiSo / Cherimoia Garimpo Improviso sonoro: Lisa Simpson / Jonny Washington / Andreza Michel

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

 
crédito foto: @ocentrodecuritiba

MOSTRA NAMOSKA II ACONTECE EM MARÇO NO ESPAÇO EXCÊNTRICO MAURO ZANATTA

A segunda edição da Mostra NAMOSKÀ acontece entre os dias 26 a 30 de março no Espaço Excêntrico Mauro Zanatta, traz cinco espetáculos e promete uma experiência inovadora nas artes cênicas.

Criada pela Cia KÀ de Teatro a segunda edição tem programação inovadora, com cinco espetáculos, unindo artes cênicas, tecnologia, acessibilidade e profundas reflexões sobre a relação entre arte e cidade, acontece de 26 a 30 de março em Curitiba.

Entre os dias 26 a 30 de março acontece em Curitiba a 2ª edição da Mostra NAMOSKÀ, trazendo ao palco do Espaço Excêntrico Mauro Zanatta, cinco espetáculos produzidos pela Cia KÁ de Teatro para o público que deseja assistir uma programação inovadora, se conectar com a arte de forma profunda e refletir sobre o papel da inclusão no meio teatral, bem como vivenciar cada apresentação de maneira intensa. De acordo com Kelvin Millarch, um dos fundadores da Cia KÀ, o lema desta edição é: “isso é fazer NAMOSKÀ!”, destacando a importância da mostra como um espaço de acolhimento, reflexão e troca. Para ele, “cada indivíduo, independentemente de sua origem ou condição, terá a oportunidade de vivenciar a potência transformadora do teatro”, afirma. 

A primeira edição, realizada em 2024, conquistou o público com uma proposta audaciosa e de grande impacto social. NAMOSKÀ II retorna com destaque para as estreias de “Pandora” e “Noget’s de Sobremesa”. Segundo Kelvin, “as novas produções prometem surpreender o público com narrativas instigantes e abordagens teatrais inovadoras”. 

Além destas peças, estão na programação três espetáculos que já lotaram plateias dos teatros da cidade como o retorno de “Pilar de Fogo” um dos espetáculos mais emblemáticos da CIA KÀ, que será apresentado em uma versão inédita com o uso de hologramas, criando uma experiência teatral imersiva e tecnologicamente avançada “que vai levar o público a uma nova dimensão da arte”, afirma o diretor Kelvin Millarch. Fazem parte da programação os espetáculos “Kraken” e “ECO”, com tecnologia imersiva, quando o público pode ligar o celular durante o espetáculo e assistir a peça on-line. 

Os ingressos para a mostra NAMOSKÀ II já estão disponíveis no Sympla, buscando pelo evento e selecionando o espetáculo desejado, ou ainda pelo site da companhia: www.ciakadeteatro.com.br

CIA KÀ de Teatro e a Direção da Mostra
NAMOSKA II é organizada pela CIA KÀ de Teatro, uma companhia independente que se destaca pela abordagem inovadora e pelo compromisso com uma arte que questiona, provoca e inspira. Mesmo enfrentando desafios financeiros, a companhia segue como referência na cena teatral local ao oferecer espetáculos que despertam reflexões sobre a sociedade e a condição humana.

A direção geral da mostra é realizada por Caio Frankiu e Kelvin Millarch, fundadores da CIA KÀ de Teatro. Conhecidos por seu trabalho inovador, eles misturam diferentes linguagens artísticas e abordam temas sociais relevantes, consolidando a Mostra NAMOSKÀ como um evento cultural essencial para a cena teatral.

SINOPSES

ECO – Dia 26/03 
Classificação: 18 anos


Em um reflexo de ‘Eco e Narciso’, buscamos a verdadeira beleza além do efêmero. Questionamos a essência do ‘belo’ europeu, almejando a autenticidade brasileira. Os gregos legaram história, mas não ecoam nosso grito pela singularidade.O público ativo dentro da cena explora a reflexão: Quando ocupamos o papel de Eco? Ou de Narciso? Ou do observador que compactua com a dor.

PILAR DE FOGO – Dia: 27/03
Classificação: 10 anos


Desafiando uma sociedade sem livros, mergulho na contracultura do conhecimento proibido. Meu mundo é uma fusão de Poe, Lovecraft e Zé do Caixão, onde o horror se torna refúgio e o terror, guarda-costas. Encaro as consequências sem hesitar, desafiando o vazio de uma era desprovida de medo.

KRAKEN – Dia 28/03
Classificação: 17 anos


Num escritório, uma noite de liberdade se transforma em pesadelo, refletindo as agruras do capitalismo tardio. Uma crítica incisiva ao sistema, falho e construído na expropriação e exploração humana. O capitalismo, um ciclo de falhas e exploração.

NOGET’S DE SOBREMESA – Dia: 29/03
Classificação: 16 anos


Quando o fim do mundo é servido em uma bandeja de egos e desunião, cinco personagens disputam o último pedaço de algo que nem a destruição pode apagar. Uma comédia apocalíptica, recheada de críticas afiadas e humor ácido. O que sobra quando tudo desaba?

Prepare-se para o caos, a vingança e a sobremesa final.
“Nugget’s de Sobremesa”: O apocalipse nunca foi tão delicioso.

PANDORA – Dia: 30/03
Classificação: 16 anos 


E se a esperança não fosse um presente, mas um engano? E se aquilo que nos faz seguir em frente também nos mantivesse presos? Pandora não é uma história convencional. Aqui, o texto se desfaz, tornando-se apenas um vestígio, enquanto o corpo assume o protagonismo como principal instrumento de comunicação. Através do movimento, da presença e da intensidade de cada performance, a peça cria um espaço onde as palavras são substituídas por gestos, silêncios e sensações. Entre reflexões e liberdade poética, Pandora desafia o público a abrir sua própria caixa. O que ainda está trancado dentro de você? Você está pronto para libertar ou para se prender ainda mais?

SERVIÇO:
NAMOSKA II 
Data: 26 a 30 de março 
Local: Espaço Excêntrico Mauro Zanatta (Rua Lamenha Lins, 1429 – Rebouças, Curitiba) 
Valor: entre R$60,00 e R$40,00 (inteira) e R$30,00 e R$20,00 (meia) 
Ingressos: www.sympla.com.br/eventos?s=namoska 
Site: www.ciakadeteatro.com.br 
Instagram: @ciakadeteatro

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

MOSTRA GRATUITA SOBRE A CULTURA CAIÇARA É EXIBIDA EM PARANAGUÁ

Evento gratuito busca celebrar a produção audiovisual local e destacar a importância do incentivo à cultura

Dois filmes parnanguaras tem pré-estreia gratuita nesta segunda-feira (24), no Auditório da Instituição de Ensino Isulpar, em Paranaguá. O documentário “Mar e Fé” e o filme “Entre Fantasias”, dirigidos por Mariana Zanette, da produtora Pixirão Cine, serão exibidos para a avaliação da comunidade. Além dos longas, dois clipes produzidos pela diretora também participarão da Mostra. Uma tradutora e intérprete de libras também fará a tradução simultânea das obras para a plateia.

Os projetos foram contemplados pela Lei Paulo Gustavo nº 195/2022, conforme o disposto no Edital de Chamamento Público nº 017/2023, e foi lançado pela Prefeitura de Paranaguá, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico.

“Estamos muito felizes com essa oportunidade de levar nossas histórias para o público de Paranaguá. A Lei Paulo Gustavo tem sido fundamental para impulsionar os agentes culturais da cidade e a estreia representa o resultado de um trabalho feito com dedicação e carinho”, afirmou Zanette. “Nossa expectativa é que o público se emocione e se identifique com as narrativas apresentadas, fortalecendo ainda mais a valorização da nossa cultura”, complementou a diretora.

O secretário de Cultura e Patrimônio Histórico de Paranaguá, Ivan Lapolli Filho, também ressaltou a importância da iniciativa. “Fico muito feliz em apoiar os agentes culturais de Paranaguá, que tiveram seus projetos aprovados pela Lei Paulo Gustavo. Convidamos toda a população para prestigiar as apresentações nesta segunda-feira”, convidou Lapolli.

Os audiovisuais contaram com a participação majoritária de artistas locais e focaram na divulgação da cultura caiçara. “Poder fazer audiovisual, trabalhar com o ofício que eu gostaria de trabalhar, é realmente um grande presente. Inclusive o ‘Entre Fantasias’ é o filme que estamos rodando para ir para festivais e colocar Paranaguá no cenário do audiovisual nacional”, comentou Zanette.

Mar e Fé
O documentário acompanha a tradicional Folia do Divino na Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes e pela Romaria do Divino. A produção foi de Tainara Baságlia, Mestre Aorelio Domingues, Poro de Jesus e Mestre Aldemir Neves, Jairinho da Bandeira, Romildo do Rosário, entre outros devotos.

Entre Fantasias
A obra conta a história de Dona Marcelina, uma costureira de 65 anos apaixonada pelo carnaval, que enfrenta o desprezo dos filhos evangélicos pela ligação com a festa popular. Aproximadamente 60 pessoas do Coletivo de Audiovisual Pixirão Cine, por meio da produtora audiovisual W7films, participaram do filme.

No elenco estão presentes nomes importantes na cultura da cidade como Sueli Costa, Rogério Soares, Breno Oberdan, Luma Zanette, Malu Zanette, Wanderlem Silva, Juliana Damborowiski, a dupla Édison Venâncio, Adilson Ferreira e Bloco Macambira, Felipe Orlandino, Josué Henrique, André Marques, entre outros. De Curitiba, participam a assistente de direção e figurino, Viv Follador, e a atriz Mila Leão.

Serviço:
Pré-estreia de “Mar e Fé”, “Entre Fantasias” e videoclipes
Direção: Mariana Zanette 
Produção: Pixirão Filmes
Data: Segunda-feira (24) 
Horário:
– 19h: Exibição do documentário “Mar e Fé”                
– 20h: Exibição do filme “Entre Fantasias” 
Local: Auditório da Isulpar – R. João Eugênio, 534 – Costeira, Paranaguá 
Entrada: Gratuita

CURITIBA RECEBE A ÚLTIMA ETAPA DA TURNÊ DO ESPETÁCULO PAULISTANO SUBTERRÂNEA: UMA FÁBULA GROTESCA NO PARANÁ

Após circular por três cidades paranaenses, o solo autoral da atriz Juliana Birchal que está em turnê no Paraná, fecha temporada em Curitiba com apresentações e ações de acessibilidade, oficina formativa teatral e roda de conversa. A montagem faz reflexões sobre o papel da mulher na sociedade ao questionar o conservadorismo patriarcal usando como metáfora o ciclo de vida das cigarras, além da inspiração na obra de Lewis Carroll: As aventuras de Alice no reino subterrâneo.

De 27 de fevereiro a 1º de março de 2025, a atriz mineira, radicada em São Paulo, Juliana Birchal e sua equipe de produção que estão em turnê no Estado do Paraná, chegam em Curitiba com a apresentação do solo autoral de teatro físico “Subterrânea: uma fábula grotesca”. O espetáculo, que já passou por Londrina, Maringá e Piraquara e fecha a temporada na capital paranaense, é realizado por meio da Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz. “Trazer o espetáculo para cidades paranaenses é uma oportunidade de compartilhar com um público inédito, o que com certeza vai acrescentar muito ao nosso trabalho, além da troca com artistas locais e colocar em pauta a violência de gênero, um tema urgente”, conta a atriz.

Em Curitiba o projeto faz três apresentações gratuitas, com uma roda de conversa, no Espaço Obragem e oferece ainda, também de forma gratuita, a oficina formativa “Mascaramentos para a Criação Teatral” para artistas e estudantes, ministrada pela própria Juliana e pela provocadora cênica e produtora do solo, Jossane Ferraz, no dia 26 de fevereiro, no mesmo local. Além disso, o projeto traz ações de acessibilidade com apresentações em Libras, audiodescrição e também visita tátil ao cenário para pessoas cegas e com baixa visão, uma hora antes das apresentações, “aproximando todos os públicos da arte e também da relevância do tema que trazemos no texto”, explica a atriz.

Por meio de uma fábula, o solo de Juliana Birchal, coloca em cena uma mulher-cigarra que, para se encaixar nos papeis sociais que lhe foram atribuídos, acaba revelando as contradições e violências deste sistema, sendo ao mesmo tempo vítima e algoz. “O espetáculo questiona a perpetuação de modelos sociais e valores morais provocando o público a refletir sobre o lugar das mulheres na sociedade”, enfatiza.

Na equipe criativa de “Subterrânea: uma fábula grotesca”, Juliana conta com a direção de Lenine Martins e utiliza a técnica teatral do mascaramento para viver a personagem, uma mulher-cigarra que levanta questionamentos sobre o patriarcado ao fazer uma analogia com o ciclo de vida do inseto que passa parte da vida debaixo da terra. “A correlação com a cigarra convida o público a refletir sobre as funções e papeis exercidos pela mulher na sociedade e o afloramento do conservadorismo na contemporaneidade que acaba por justificar erroneamente uma série de injustiças comumente aceitas”, revela a atriz.

Construção do espetáculo
Do ponto de vista da linguagem, a produção parte da investigação estética da atriz sobre corpos-máscaras para dar vida à mulher-cigarra e outros insetos que participam da narrativa. De acordo com Juliana, o ciclo de vida da cigarra dialoga com a ‘mulher de bem’ que está inserida no sistema de poder. “Trata-se de uma metáfora incrível com tudo o que eu me proponho a falar sobre o conservadorismo que sempre esteve aí e que emerge de uma forma muito violenta”, complementa.

A investigação também se associa à pesquisa de Mestrado desenvolvida por Juliana na ECA/USP intitulada “Da máscara à masquiagem: o mascaramento no Théâtre du Soleil, seguido de estudo de caso do espetáculo A Era de Ouro (1975)”, no qual analisa os mascaramentos adotados pelo Théâtre du Soleil, trupe francesa com a qual Juliana realizou residência artística entre 2014 e 2016.

No palco, o público pode acompanhar exatamente o ciclo de vida da cigarra, que pelo bem da espécie, repete o próprio sistema que a reprime, mantendo assim, a ordem natural das coisas, acreditando que a sobrevivência depende do cumprimento das obrigações que o próprio sistema impõe, quando se compara que a cigarra pode viver por até 17 anos debaixo da terra e ao sair cumpre sua última metamorfose. “É nesse momento que acasala, reproduz e morre”, completa Juliana.

Criação e Inspiração de Subterrânea
Juliana Birchal foi impactada pela leitura da consagrada obra de Lewis Carroll: As Aventuras de Alice no reino subterrâneo, escrita em 1865, mais conhecida como Alice no país das Maravilhas. Foi quando em 2019, convidou a atriz Mayara Dornas para montar um espetáculo a partir daquela narrativa. “Lembro de estar muito interessada nesse mergulho que a Alice faz no mundo subterrâneo e aí comecei a pesquisar a obra e ficar curiosa sobre o que era esse salto que ela dá, para esse lugar debaixo da terra, onde a lógica parece não ter lógica”, explica.

Outro ponto de partida para a montagem foi o isolamento social vivenciado durante a pandemia da COVID-19. Diante da situação alarmante e da pulsante vontade de se expressar, a atriz transformou sua casa numa sala de experimentos, que resultou neste solo autoral. Juliana conta que a ideia do subterrâneo já havia ultrapassado a história de Alice. “De repente tudo que estávamos vivendo social e politicamente no Brasil, além de um governo de extrema direita e discursos de ódio ganhando força, começou a me trazer forte impacto, que transformei em arte”, conta. Foi nesse momento que a ideia do subterrâneo ganhou força revelando como aquilo que estava escondido se tornou visível de forma avassaladora. “Se antigamente alguém tinha receio de falar algo que pudesse soar como intolerante ou preconceituoso, naquele momento as pessoas não o tinham mais e a justificativa era a liberdade de expressão”, destaca.

O espetáculo solo de Juliana Birchal, teve estreia nacional em junho de 2023, no Teatro de Bolso do Sesc Palladium em Belo Horizonte (MG). No mesmo ano foi apresentado em Brasília (DF), durante o Festival Solos Férteis. Em 2024, chegou a São Paulo e Mato Grosso no Festival de Teatro da Amazônia Mato-Grossense em Alta Floresta.

SINOPSE:
No formato de uma fábula grotesca, o solo aborda a trajetória de uma mulher-cigarra que, uma vez nascida cigarra, deve se conformar a cumprir o seu papel: acasalar, reproduzir e morrer. Pelo bem da espécie, a mulher-cigarra reproduz o próprio sistema que a reprime, mantendo assim, a ordem natural das coisas.

FICHA TÉCNICA:
Concepção e atuação: Juliana Birchal
Direção: Lenine Martins
Dramaturgia: Juliana Birchal e Lenine Martins
Consultoria dramatúrgica: Si Toji
Provocação Cênica: Jossane Ferraz
Trilha sonora: Javier Galindo
Consultoria musical (violino): Vanille Goovaerts
Iluminação: Lucas Pradino
Cenografia, figurino e adereços: Laura Françozo
Maquiagem: Thaís Coimbra
Produção executiva: Juliana Birchal e Jossane Ferraz
Arte gráfica e identidade visual: Adriana Januário

SERVIÇO:

CURITIBA
Espetáculo – Subterrânea: uma fábula grotesca
Dias: 27 de fevereiro a 1 de março
Local: Espaço Obragem (Al. Júlia da Costa, 204 – São Francisco)
Horário: 20 horas
Ingresso: Gratuito

Roda de conversa: 28 de fevereiro – após a apresentação
*Apresentação com LIBRAS e audiodescrição: 28 de fevereiro
*Todas as apresentações terão visita tátil uma hora antes das sessões

Oficina – Mascaramentos para a Criação Teatral
Dia: 26 de fevereiro
Horário: das 9h às 12h – das 14h às 17h
Local: Espaço Obragem (Al. Júlia da Costa, 204 – São Francisco)

Inscrições: inscrições através de link na bio do perfil do instagram @subterranea.fabula.grotesca

Juliana Birchal. Foto de Vitor Vieira.

Sobre Juliana Birchal
Atriz mineira radicada em São Paulo. Os seus trabalhos se concentram em torno do teatro físico e do teatro de máscaras. Sua formação passa pela Formação Básica de Palhaço dos Doutores da Alegria (2017), graduação em Teatro (licenciatura) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008-2013) e curso Profissionalizante em Teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica do Palácio das Artes (2008-2010). Em 2024, tornou-se Mestra em Artes Cênicas pela USP com pesquisa sobre mascaramentos no Théâtre du Soleil, trupe com a qual realizou residência artística entre 2014 e 2016.

Em 2023, estreou trabalho autoral envolvendo mascaramentos intitulado “Subterrânea: uma fábula grotesca” que já se apresentou em Belo Horizonte, Brasília (Festival Solos Férteis), São Paulo, Alta Floresta (Festival de Teatro da Amazônia Mato-Grossense) e recebeu a Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz 2023 para realizar turnê em cidades do Paraná. Em sua carreira como atriz, além da experiência com Ariane Mnouchkine (Théâtre du Soleil), participou de cursos e oficinas com Eugenio Barba e Julia Varley (Odin Teatret), Renato Ferracini (LUME Teatro), Tiche Vianna e Ésio Magalhães (Barracão Teatro), entre outros. No teatro, trabalhou com a Cia. Picnic (2019-2024), O Trem Cia. De Teatro (2020), Fernando Neves (2017), grupo Espanca! (2010) e Juliana Pautilla (2010).

Fonte: Bruna Bazzo [Comunica]

TATTOO STARS 2024 REÚNE SHOWS, ENTRETENIMENTO, GASTRONOMIA E ARTE EM CURITIBA

Evento faz parte do calendário municipal e oferece diversas opções de atividades para unir a família e amigos neste final de semana

Curitiba receberá neste final de semana a segunda edição da Tattoo Stars, uma convenção de tatuagens, que reúne arte e entretenimento para toda a família. O evento faz parte do calendário do município e acontecerá entre os dias 29 de novembro a 1º de dezembro, no Centro de Eventos Positivo localizado no Parque Barigui. Esta edição reunirá mais de 200 expositores entre tatuadores, body piercers e artistas de diversas áreas. A expectativa da organização é receber mais de 5 mil pessoas nos três dias de evento.

“A Tattoo Stars é um espaço para compartilhar ideias, celebrar a diversidade de estilos e criar conexões com o fascinante universo da tatuagem”, afirma Danylo Stefan, idealizador do evento, e especialista com referência nacional e internacional em realismo preto e cinza.

A novidade deste ano são os shows musicais, com as bandas Lonesome Captain e Os Caras do Charlie Brown, e as exposições de carros antigos e motos customizadas.  A praça de alimentação conta com food trucks, que oferecem diversas opções gastronômicas, entre elas hambúrguer, hot dog, pizza, pastel, crepe francês, batata no cone e bebidas.

Os visitantes também poderão acompanhar o concurso Miss Tattoo Stars, que homenageará as três mais belas candidatas tatuadas, e o concurso de tatuagem, que premiará os dois melhores artistas de cada categoria com troféus exclusivos do escultor Ale Amorin. A Melhor Tatuagem de Sexta, de Sábado, de Domingo e do Evento ganharão uma máquina e um multicase da DKlab, patrocinadora do Tattoo Stars 2024.

Para os profissionais e aspirantes ao universo da pintura na pele, a convenção também trará artistas nacionais de destaque, como Fernando Tampa e Denis Vazios. “É uma oportunidade fantástica para Curitiba, na promoção de negócios, cultura e conexão com o público ao mercado de tatuagens. É o programa ideal para famílias e amigos curtirem juntos”, ressalta Jussara Almeida, proprietária da Verus Live Marketing, idealizadora e organizadora do evento.

Os ingressos no valor inteiro, incluindo as taxas, na sexta-feira custam R$ 22, e no sábado e domingo custam R$ 55. Quem doar um brinquedo, novo ou usado, paga meia. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo site Disk Ingressos.

Serviço:
Tattoo Stars 2024
Local: Centro de Eventos Positivo, Parque Barigui
Datas: 29, 30 de novembro e 1º de dezembro de 2024
Horário: 12h às 22h
Endereço: Alameda Ecológica Burle Marx, 2518 – Santo Inácio, Curitiba – PR
Valores dos ingressos:  sexta-feira: R$ 22,00 a inteira
Sábado e domingo: R$ 55,00 a inteira
Onde comprar: disponíveis via Disk Ingressos
Mais informações: Verus Live Marketing – 41 99767-6767 ou @tattoostarsoficial